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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

historia do palmeiras

Nasce o Palestra Itália (1914-1942)

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"Cruz de Savóia", primeiro distintivo utilizado pelo Palestra Itália em 1915
O clube Sociedade Esportiva Palmeiras foi fundado em 26 de Agosto de 1914 pela colônia italiana da cidade de São Paulo, sob o nome Sociedade Esportiva Palestra Itália (em italiano Società Sportiva Palestra Italia). A sua fundação se deu pela presença de dois times italianos no Brasil, no caso o Pro Vercelli e o Torino, impulsionando assim quatro jovens italianos a criar um time para a colônia italiana, eram eles; Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vincenzo Ragognetti e Ezequiel Simone, funcionários das Indústrias Matarazzo (que contaram com o apoio da fábrica para fundar o clube). A ata de fundação por sinal, é redigida em italiano. O primeiro presidente é Ezequiel Simone, que fica apenas dezenove dias no cargo.
A imensa maioria dos sócios fundadores eram italianos e descendentes; havia um português, inclusive eleito diretor, mas nenhum deles era filiado a qualquer outra entidade futebolística, com exceção do Luigi Cervo, que fora sócio e jogador do Internacional.
Entre agosto de 1914 a janeiro de 1915 o Palestra tratou de organizar a sua primeira apresentação para a cidade e principalmente para a colônia italiana residente em São Paulo. O grande baile de inauguração aconteceu nos salões da "Germânia" - localizado na rua "Dom José de Barros" e alugado na época por 300 mil réis - com uma festa realizada no dia 9 de janeiro, um sábado.

[editar] As primeiras partidas

Nos primeiros meses, o futebol era praticado somente como atividade recreativa entre os associados, em um campo alugado na Vila Mariana. Esse campo ficava situado onde hoje localiza-se a Vila Clementino, muito próximo da atual área do Parque do Ibirapuera. Em 24 de Janeiro de 1915 o Palestra disputa o seu primeiro amistoso, contra o Savóia, de Sorocaba (que hoje é chamado Clube Atlético Votorantim, pois a equipe tinha sua sede no atual município de Votorantim, à época distrito de Sorocaba) e vence por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. O escudo adotado é a Cruz de Savóia.
Em 1915 o Palestra só jogou partidas amistosas, até que no início de 1916, aproveitou-se de uma situação de dificuldade da Associação Paulista de Esportes Atléticos, que na época era quem comandava o futebol dos grandes clubes paulistas, causada pela desativação do Velódromo, local onde eram disputadas as partidas do campeonato. Os dirigentes palestrinos articularam um apoio das Indústrias Matarazzo, para remover e transportar as arquibancadas do Velódromo para a Chácara da Floresta, pertencente à A. A. Palmeiras, e assim obteve apoio para seu ingresso na Liga da elite do futebol paulistano.
A estréia no campeonato aconteceu no dia 13 de Maio, na própria "Chácara Floresta", em partida contra a Associação Atlética Mackenzie College, empatando em 1 a 1. A escalação do time foi a seguinte: Fabrini; Grimaldi e Ricco (o capitão); Fabbi II, Bianco e De Biase; Gobbato, Valle II, Vescovini, Bernardini e Cestari.
Em 1917 a camisa muda sua aparência, saindo a faixa horizontal branca existente até então, e o escudo passa a ser um círculo com as iniciais P e I, no lugar da Cruz de Savóia. A equipe se reforça, e o Palestra conquista o primeiro vice campeonato. O ano marca também o primeiro confronto contra aquele que se tornaria seu maior rival, o Corinthians, em duas partidas, duas vitórias, 3 a 0 e 3 a 1. Dois anos depois, em 1919, o Palestra volta a ser vice-campeão.

[editar] As primeiras conquistas

Equipe do Palestra Itália campeã paulista de 1920
Em 26 de Abril de 1920, o Palestra adquire 150 mil metros quadrados do terreno pertencente à Companhia Antarctica Paulista, incluindo o estádio do Parque da Antarctica, então formado por arquibancadas de madeira.
No final do mesmo ano, 1920, o Palestra conquista seu primeiro título, numa final dramática contra o poderoso Paulistano, tetra-campeão paulista de 1916 a 1919. As duas equipes terminaram empatadas em pontos, obrigando a realização de uma partida extra, vencida pelo Palestra por 2 a 1, com gols de Martinelli e Forti, quebrando a hegemonia do rival.
Entre os anos de 1921, 1922 e 1923 o Palestra é vice-campeão três vezes seguidas do campeonato paulista. Em 1926 o Palestra consegue de novo o título com uma campanha indiscutível, 9 partidas, 9 vitórias, 33 gols, tendo Heitor como artilheiro com 18 gols. Em 1927 nova conquista, e o primeiro bicampeonato.
O início da década de 1930, é marcado pela Revolução de 32, que provocou a paralisação do campeonato por quatro meses, onde os clubes cederam suas Sedes para servirem de alojamento e enfermarias para as tropas paulistas. No futebol o período é marcado pela introdução do profissionalismo, e pela supremacia absoluta do Palestra não só pelos campos paulistas, mas também do restante do País.
Em 1932 o Palestra conquista o "Paulista" de forma invicta, e com a melhor campanha da história da competição: 11 jogos, 11 vitórias, 48 gols pró e apenas oito gols contra. No ano seguinte o Palestra comemora em dobro, bicampeão paulista e da primeira edição do torneiro Rio-São Paulo. 1933 marca também a inauguração do Estádio Palestra Itália, então o maior de São Paulo, e um dos únicos do País em concreto armado. No ano seguinte, 1934 o clube chega ao tri-campeonato paulista.
Nos anos de 1935 e 1936, o Palestra começa a se tornar conhecido fora do país ao disputar amistosos contra o Boca Juniors, Estudiantes, Huracán e Velez da Argentina, além do Espanyol, de Barcelona.
Em 1940 o Palestra tem a honra de inaugurar o estádio do Pacaembu, goleando o Coritiba por 6 a 2 na partida de estréia e vencendo o Corinthians por 2 a 1 no domingo seguinte, tornando-se Campeão da Taça Cidade de São Paulo, primeiro Campeão do Estádio do Pacembú. 1941 marca a estréia do maior ídolo do clube na década de 1940, o goleiro Oberdan Cattani, junto com Waldemar Fiúme; Oberdan domina o gol palestrino por quinze anos.

[editar] O Palestra torna-se Palmeiras

O Palestra Itália foi forçado a mudar de nome por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Após manter uma posição de neutralidade ao longo dos três primeiros anos do conflito, em 28 de janeiro de 1942 o Brasil rompeu relações diplomáticas com os Países do "Eixo" (Alemanha, Itália e Japão), sinalizando a posição que formalizaria em 31 de agosto do mesmo ano, quando declarou guerra a estes Países, alinhando-se com os "Aliados", (EUA, Inglaterra, França, e outros países).
Na tentativa de atenuar a situação, em março a diretoria do clube passa a utilizar o nome de "Palestra de São Paulo". A troca não chega a ser formalizada, e a medida tem pouco ou nenhum efeito, já que o costume da imprensa e dos torcedores nesta época era o uso apenas da palavra Palestra, que continuava existindo, assim como suas cores inalteradas, que faziam referência à Itália.
A situação agravou-se com o decreto-lei de 17 de junho de 1942, exigindo que as agremiações esportivas que tivessem nomes estrangeiros mudassem suas denominações, e finalmente em 31 de Agosto o governo brasileiro declarou formalmente o estado de Guerra contra os Países do "Eixo".
Duas semanas depois, na noite do dia 14 de setembro de 1942, a diretoria do Palestra reuniu-se em sessão extraordinária para discutir a exigência dos militares, de mudança total do nome, a despeito de Palestra ser uma palavra grega. Após horas de discussão e resistência, e da sugestão de nomes como Piratininga e Paulista, decidiu-se finalmente por Sociedade Esportiva Palmeiras, em parte pela preservação da letra P nos escudos e símbolos do clube, e em parte em homenagem à Associação Atlética das Palmeiras, clube então extinto mas que sempre manteve excelente relacionamento com o Palestra Itália, tendo fornecido apoio decisivo em diversas ocasiões de litígio com dirigentes do futebol paulista.
A cor vermelha foi retirada, mantendo-se apenas o verde e branco, e no escudo foi removida a letra I, manténdo-se apenas a letra P sobre o fundo verde. Atendidas as exigências das autoridades, o Palmeiras entrou em campo no domingo seguinte para decidir o título do campeonato contra a equipe do São Paulo, trazendo duas novidades:
Para evitar os protestos e vaias contra a equipe, planejados por vários dias pelos torcedores da equipe rival, o "alvi-verde imponente" surgiu com seu vice-presidente, o capitão do Exército Adalberto Mendes liderando a equipe que entrou em campo carregando uma bandeira brasileira. Após alguma indecisão e silêncio, o estádio aplaudiu de pé os jogadores, deixando a rivalidade apenas para a disputa nos gramados. A outra novidade, percebida apenas anos depois, foi a troca da camisa dos goleiros, que eram brancas desde 1914 e que a partir de então passaram a ser azuis, numa sutil homenagem às raízes italianas, através do uniforme da Seleção daquele País, que faz referência às cores reais da Casa de Sabóia.
Por todos estes ingredientes, esta foi uma final épica, marcada pela garra e determinação dos jogadores do Palmeiras, que em sua primeira exibição impuseram 3 a 1 no rival que ainda abandonou o campo aos 19 minutos do segundo tempo quando havia um penalti a ser batido pela equipe alvi-verde. O Palestra Itália morreu líder em 14 de setembro de 1942, e o Palmeiras nasceu campeão uma semana depois, no dia 20 de setembro.

[editar] 1943-1969, O começo de uma nova era

Em 1944 o Verdão conquista mais uma vez o Paulistão. Em 1947 além de conquista de mais um título o que marca o ano é a ascensão de um jovem treinador que faria história no futebol brasileiro, Osvaldo Brandão. Em 1949 o Palmeiras vai à Europa pela primeira vez. Disputa um torneio na Espanha contra o Barcelona (empate de 1 a 1) e Kobenhavn (perde de 4 a 3) e fica em terceiro lugar. No ano de 1950, chamado de o Ano Santo, o Palmeiras conquista de novo o título em cima do São Paulo, em partida que ficou conhecida como o jogo da lama. 1950 recebeu o título de Ano Santo em função do IV centenário da morte de São João de Deus, e de um Congresso Eucarístico realizado na capital do País; "Jogo da lama" devido ao fato do gramado do Pacaembu estar enlameado na disputa da partida final.

[editar] Copa Rio

Copa Rio de 1951
Em 1951, o "Verdão" conquista a Copa Rio, contra a Juventus de Turim. O jogo decisivo foi realizado no dia 22 de Julho de 1951 no estádio do Maracanã com um empate de 2 a 2, já que na primeira partida o Palmeiras havia vencido por 1 a 0. Para se ter uma idéia da importância desse título, a equipe campeã desfilou em carro aberto pela cidade do Rio de Janeiro. Outro fato importante foi a escolha de Jair da Rosa Pinto como o melhor jogador do torneio. A equipe foi recebida em São Paulo na estação Roosevelt de trem por milhares de paulistas. A edição do tradicional jornal esportivo brasileiro A Gazeta Esportiva deu como título na primeira página o seguinte:
Palmeiras Campeão do Mundo
A Gazeta Esportiva
Já a Rádio Panamericana, atual Rádio Jovem Pam, também considerou o Palmeiras Campeão do Mundo. A competição foi a primeira tentativa de organizar-se um campeonato de abrangência mundial, antes mesmo de se organizar a Taça Libertadores e a Liga dos Campeões. Na sua primeira edição, a FIFA acompanhou atentamente o torneio, indicando os árbitros e organizando-o em parceria com a CBD, sob o comando do secretário geral e vice-presidente da entidade, Ottorino Barassi; Este, por sinal, acompanhou a final, entregando as medalhas e o troféu.
[editar] Fifa reconheceu o título como mundial e voltou atrás depois
Desde 2001, dirigentes do Palmeiras trabalhavam para que o título da Copa Rio de 1951 fosse reconhecido como o primeiro Mundial de Clubes da história.[1] O clube paulista preparou um dossiê para fazer lobby junto a Fifa com o pedido do reconhecimento.[2][3]
No final de março de 2007, dirigentes do Palmeiras apresentaram um fax, que havia sido encaminhado e assinado pelo então secretário-geral da Fifa, Urs Linsi, que atestava que a primeira edição da Copa Rio tinha sido o primeiro Mundial de Clubes de futebol da história.[1][4] O clube brasileiro comemorou o reconhecimento e chegou a anunciar festejos para comemorar a chancela da Copa Rio como o primeiro mundial oficial.[5][6]
Com a repercussão da decisão da FIFA, outros clubes brasileiros pediram à Fifa o mesmo reconhecimento como "campeão mundial" para alguns títulos em torneios internacionais que disputaram, como o Fluminense (Copa Rio 1952) e o Santos (Recopa Internacional de 1968).[7]
Com receio de provocar uma onda de pedidos de outros clubes do mundo sobre o mesmo tema, a Fifa voltou atrás da decisão sobre a Copa Rio 1951, não assumiu que o torneio disputado no Brasil era o primeiro campeonato mundial de clubes e anunciava que o Comitê Executivo da entidade decidiria sobre o assunto.[4]
Em 26 de abril de 2007 o jornal O Estado de S. Paulo veiculou em seu site a notícia[8] de que a Fifa alertou que a decisão final sobre o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como um título mundial só seria definida após reunião no dia 27 de maio. "Ainda não há uma decisão formal", afirmou na ocasião Andreas Herren, porta-voz da Fifa em Zurique. "O caso foi debatido internamente pela administração da Fifa. Mas a conclusão foi a de que, por sua importância e complexidade, deve ser levado ao Comitê Executivo", disse o porta-voz.
Finalmente em dezembro de 2007 a Fifa endossou que o Corinthians, clube que conquistou o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA 2000, era o primeiro campeão mundial reconhecido pela entidade.[9][nota 1], o que fez também que as Copas Intercontinentais disputadas entre os clubes campeões da Copa Libertadores da América e da Copa dos Campeões da Europa também não fossem reconhecidas pela entidade máxima do futebol mundial. Os dirigentes do Palmeiras não recorreram da decisão da Fifa.[10]

[editar] Depois da Copa Rio

No mesmo ano de 51 o Palmeiras vence o Torneio Rio-São Paulo. No período de 1952 até 1958 o Palmeiras não ganha nenhum título. Já em 1959 o Palmeiras volta a ser campeão paulista, vence o Santos de Pelé no último jogo, esse campeonato foi intitulado pela imprensa da época como o Supercampeonato Paulista,[11] devido ao equilibrio e força de ambos os elencos, Palmeiras e Santos disputaram a liderança rodada a rodada, o Santos venceu o primeiro turno e o Palmeiras o segundo; o título foi decidido em três partidas, dois empates e uma vitótia palestrina, 2 a 1, título considerado histórico até os dias atuais. No mesmo ano o escudo muda novamente, agora, o P ganha o nome Palmeiras ao seu redor, o mesmo até os dias atuais.

[editar] Década de 1960 - A primeira "Academia de Futebol"

Começa a década de 1960 e o Palmeiras seria o único time paulista a rivalizar com o Santos de Pelé. Em 1960 o Palmeiras ganha o seu primeiro título nacional, a Taça Brasil (o Campeonato Brasileiro da época), goleando o Fortaleza por 8 a 2. Com esta histórica conquista o Palmeiras conquista o direito de disputar pela primeira vez a Taça Libertadores no ano seguinte. Em 1961, em sua primeira participação na Libertadores, o Palmeiras chega à final contra o Peñarol do Uruguai, perdendo o título com uma derrota e um empate. Em 1963 o Palmeiras é novamente campeão paulista com grande destaque para o atacante Julinho Botelho. O ano de 1965 é histórico para o Palmeiras; no dia 7 de Setembro no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, o Palmeiras entra em campo com a camisa da Seleção Brasileira para enfrentar o Uruguai e vence por 3 x 0 com gols de Julinho Botelho, que encerra a carreira no fim da temporada, Rinaldo e Tupãzinho, além disso conquista o Torneio Rio-São Paulo. Em 1966 novamente o Palmeiras conquista o Paulista em cima do Santos de Pelé. O ano seguinte é um dos melhores da década para o Palmeiras, o Verdão ganha a Taça Brasil e o recém - criado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o chamado Robertão, uma outra espécie de competição nacional. Em 1968 o Palmeiras de novo chega a final da Libertadores, agora perdendo para o Estudiantes da Argentina. A década se encerra como começou, conquista de títulos, o Robertão (título nacional) e o tradicional Troféu Ramón de Carranza, na Espanha.

[editar] 1970-1992

[editar] Década de 1970 - A Segunda "Academia de Futebol"

Começa a década de 1970, uma das melhores da história do Palmeiras. Comandados por Leão, Luís Pereira, Dudu, Ademir da Guia, entre outros, o Palmeiras começa a montar a equipe que dominaria o cenário nacional na primeira metade da década. Em 1971 o atacante Leivinha, na época na Portuguesa é contratado após longa negociação. Ele se tranformaria em um dos maiores artilheiros do clube com 105 gols. O ano de 1972 é histórico, o Palmeiras conquista os títulos das 5 competições que participou, entre elas o Campeonato Paulista, o último campeão invicto referente ao campeonato paulista até os dias atuais, e Brasileiro, triunfos em cima do São Paulo e do Botafogo do Rio, respectivamente. No ano seguinte vem o bicampeonato brasileiro, contra o São Paulo, além do time paulista, o quandragular final ainda era composto por grandes times da época, o Cruzeiro e o Internacional do RS. Em 1974 o Verdão conquista um dos títulos mais comemorados de sua história; em uma final diante do Corinthians, que na época estava amargando um jejum de vinte anos sem ganhar nenhum título, o Palmeiras vence por 1 a 0 com gol de Ronaldo. Este título causou grandes estragos no rival palmeirense, o Corinthians se desestruturou, e o então presidente Vicente Matheus ainda se viu obrigado a negociar um dos maiores jogadores da história corintiana; Roberto Rivellino.[12]

[editar] Último título da "geração Ademir" e começo de um jejum

Em 1976 o Palmeiras ganha mais um "Paulista", o último da geração Ademir da Guia, considerado o melhor jogador da história do clube, apelidado de o "Divino", ele abandonou o futebol no ano seguinte, depois de 16 anos de glórias. Este título contou com Dudu comandando a equipe do banco de reservas, inclusive a partida final é até os dias atuais a recordista de público na história do Palestra Itália, mais de 40 mil pessoas. Em 1977, Ademir resolve abandonar o futebol, depois de 16 anos de glórias na equipe palestrina, inclusive, vale ressaltar que Ademir nos jogos finais renunciou à posição de titular absoluto. No ano de 1978, o Palmeiras chega à final do Campeonato Brasileiro comandado por jogadores como Jorge Mendonça, mas perde para o Guarani do então jovem atacante Careca. Em 1979, mesmo fazendo grandes campanhas tanto no "Paulista" como no "Brasileiro", ambas sob o comando de Telê Santana, o time não consegue chegar ao título, o time ficou conhecido na época como o "Verdão Maravilha". Um fato curioso a ser destacado nesse ano é que Vicente Matheus conseguiu no "tapetão" o adiamento das finais do Campeonato Paulista, muitos alegam que essa atitude prejudicou o time palestrino.[13] No período de 1980 até 1985 o Palmeiras não conquista nenhum título de importância histórica, é considerada a pior fase da história do clube. No ano de 1985 ocorre um jogo considerado histórico, a partida entre Palmeiras e São Paulo termina empatada em 4 a 4 no estádio do Pacaembu, além do placar anormal, houve duas cobranças de pênaltis perdidas, um para cada lado. Em 1986 o time volta a disputar uma final do campeonato paulista, mas é derrotado pela surpreendente Internacional de Limeira; nesse mesmo campeonato, o Palmeiras derrota o seu arqui-rival, o Corinthians, por 5 a 1. Em 1987 o jovem goleiro Zetti entra para a história ao ficar 1.239 minutos sem tomar gol defendendo o Verdão. Em 1989 o time conquista a Taça dos Invictos (23 partidas sem perder) sendo o seu treinador Leão.

[editar] 1992-2000, a era Parmalat

No começo da década de 1990 o Palmeiras segue sem títulos, mas em abril de 1992, a diretoria assina um inédito contrato de parceira para a gestão do futebol com a multinacional italiana Parmalat e anuncia profundas mudanças, entre elas a camisa, que ganha listras brancas e o verde fica mais claro. Inicialmente, alguns craques são contratados, entre eles o meia Zinho e o lateral Mazinho, que se juntaram a jogadores, como o volante César Sampaio e o atacante Evair. Com a equipe ainda em formação e se acostumando aos novos tempos, o Palmeiras foi vice-campeão do Campeonato Paulista de 1992. Na virada de 1992 para 1993, outros craques são contratados, como o zagueiro Antonio Carlos, além de revelações do futebol que trariam muitas alegrias ao torcedor alviverde, como o lateral-esquerdo Roberto Carlos e os atacantes Edmundo e Edílson. Com a postura ousada da Parmalat, de fazer contratações caras para a época, o Palmeiras caminhava para o retorno aos títulos.

[editar] O fim do jejum

O ano de 1993 é histórico para a Sociedade Esportiva Palmeiras. O Verdão foi campeão paulista, do Torneio Rio-São Paulo, 27 anos depois de sua última disputa, contando com o time reserva, já que os titulares estavam servindo a seleção, e do "Brasileirão". Na final do Paulistão, no dia 12 de Junho, o Palmeiras comandado por Vanderlei Luxemburgo vence o Corinthians no tempo normal por 3 a 0 e na prorrogação faz 1 a 0, totalizando 4 a 0, sendo campeão paulista após dezesseis anos. Na final do Campeonato Brasileiro, derrota com facilidade o Vitória, tanto em Salvador (1 a 0) como em São Paulo (2 a 0), e conquista seu terceiro título da competição. Em 1994, de novo, é campeão paulista e brasileiro. No Campeonato Paulista, que foi disputado por pontos corridos, o Palmeiras terminou seis pontos à frente do segundo colocado, mesmo com a ausência de Edmundo, suspenso por indisciplina pelo treinador Luxemburgo. Já no Brasileirão, o Palmeiras vence o Corinthians - essa foi a primeira final de Campeonato Brasileiro disputada pelos dois eternos rivais. O ano marcou também o retorno da equipe à Taça Libertadores da América. O Palmeiras foi eliminado pelo São Paulo nas oitavas-de-final, mas a trajetória alviverde na competição ficou marcada pela histórica goleada, por 6 a 1, aplicada sobre o Boca Juniors, da Argentina, na primeira fase, em partida realizada no Estádio Palestra Itália. Em 1995, o Corinthians pôs fim à série de derrotas em decisões para o Palmeiras, conquistando o Campeonato Paulista daquele ano em cima do arquirrival, que já não contava com Luxemburgo no comando da equipe e com muitos jogadores das campanhas de 1993 e 1994. Três dias antes, na Libertadores, o Palmeiras, do técnico Carlos Alberto Silva, foi eliminado pelo Grêmio, comandado por Luís Felipe Scolari nas quartas-de-final. A equipe saiu de campo sob aplausos da torcida após mais uma exibição histórica, pois, por pouco, não devolveu a goleada imposta pela equipe gaúcha em Porto Alegre: o Grêmio havia vencido o primeiro jogo por 5 a 0 em uma noite em que o Palmeiras teve Rivaldo expulso; em São Paulo, o Palmeiras goleou os gaúchos por 5 a 1, mas a equipe rival se classificou pelo saldo de gols.

[editar] O "Super Verdão" de 96 e a chegada de Felipão

Em 1996, depois de uma nova reformulação no elenco e de novo comandado por Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras ganha o Campeonato Paulista de forma incrível, em trinta partidas, só uma derrota, marcando 102 gols. Uma campanha desse nível não acontecia desde a época do Santos da era Pelé. Além disso, chega pela primeira vez à final da Copa do Brasil, mas perde para o Cruzeiro de Marcelo Ramos. O time histórico de 1996 tinha craques como o goleiro Velloso, Djalminha, Luisão, Rivaldo, Cafu, o lateral esquerdo Júnior, Muller, entre outros. Em 1997, o Palmeiras faz má campanha no quadrangular final do Campeonato Paulista, sendo derrotado por Corinthians, São Paulo e Santos. Já sob o comando do técnico Felipão, chega à decisão do Campeonato Brasileiro contra o Vasco da Gama. Apesar de empatar os dois jogos das finais por 0 a 0, perde o título por conta da melhor campanha da equipe do Rio de Janeiro na primeira fase. Em 1998, o Palmeiras vence pela primeira vez a Copa do Brasil, em uma revanche contra o Cruzeiro, o título viria no penúltimo minuto na decisão no Morumbi, com um gol praticamente sem ângulo marcado pelo atacante Oséas. Também conquista a primeira Copa Mercosul na final com o mesmo Cruzeiro, com um gol marcado pelo paraguaio Arce na partida decisiva.
Luiz Felipe Scolari, o Felipão

[editar] Taça Libertadores da América

O ano de 1999 é memorável para a história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Em uma campanha histórica, o Verdão de Felipão vence nos pênaltis a Libertadores, principal competição do futebol do continente, em uma final com o Deportivo Cali da Colômbia no Palestra Itália, com grande destaque para o goleiro Marcos, escolhido o melhor jogador da competição. Durante a competição o Palmeiras eliminou times como Vasco (campeão do ano anterior), Corinthians e River Plate, entre outros. O capitão da equipe nessa histórica conquista foi César Sampaio. Outro destaque foi a participação de Paulo Nunes. Além dos gols e passes para seus companheiros, ele se destacou pelas comemorações engraçadas e até mesmo provocativas de seus gols. O ano também ficaria marcado por um dos jogos mais emocionantes da história alviverde, pela Copa do Brasil. Na ocasião, com uma vitória por 4 a 2 obtida nos minutos finais, o Palmeiras eliminou o Flamengo e se classificou para as semifinais, quando foi superado pelo Botafogo nos pênaltis.

[editar] Depois da conquista da América, o fim da "Era Parmalat"

Em novembro de 1999, o clube é vice-campeão mundial, perdendo para o Manchester United em Tóquio. O zagueiro Júnior Baiano e o goleiro Marcos são criticados pelas falhas no gol do Manchester. Além disso, o ataque também foi criticado pelas inúmeras chances de gol desperdiçadas durante a partida, principalmente no segundo tempo. No ano de 2000, o Palmeiras conquista o vice-campeonato da Libertadores, perdendo para o Boca Juniors da Argentina. Nas semifinais, em dois jogos épicos, o alviverde elimina o arquirrival Corinthians. Na segunda e decisiva partida, o goleiro Marcos defendeu o pênalti cobrado pelo ídolo corintiano Marcelinho Carioca. A defesa, que entrou para a história do futebol brasileiro, valeu a classificação palmeirense à final. No início da temporada, o Palmeiras conquista o torneio Rio-São Paulo, com uma goleada contra o Vasco de Edmundo e Romário por 4 a 0. Na metade do mesmo ano, com uma equipe de garotos e já com a diminuição expressiva de investimentos da Parmalat, o alviverde vence a Copa dos Campeões, que lhe garantiu o direito de disputar a Libertadores do ano seguinte. Em 2001, já sem a Parmalat, consegue chegar à semifinal da Libertadores, mas perde novamente para o Boca Juniors, nos pênaltis, após uma infeliz atuação do árbitro paraguaio Ubaldo Aquino na primeira partida, na Argentina, em La Bombonera.

[editar] 2002-2007

[editar] Segunda divisão e o retorno à elite

Em 2002, o clube foi rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro devido à péssima campanha no campeonato daquele ano, mesmo contando com uma equipe bastante forte, pelo menos no "papel", já que, na prática, isso não resultou em bons resultados. A última e derradeira partida ocorreu na Bahia na derrota para o Vitória. Em 2003, o Palmeiras disputou e venceu o campeonato da segunda divisão com larga folga em relação aos seus adversários, retornando à primeira divisão no ano seguinte. Nessa equipe campeã da "Série B", o Palmeiras fez uma grande reformulação no seu elenco e apostou as suas fichas em garotos revelados pelo clube, entre eles Vágner Love. Em 2004, o clube obteve a quarta colocação no campeonato brasileiro e retornou à Libertadores da América, disputa em que é o clube brasileiro com o maior número de participações, além de quatro finais disputadas. No ano de 2005 o Verdão fica novamente em quarto lugar no "Brasileirão" e garante vaga na primeira fase de repescagem da Libertadores de 2006, onde passa com folga pelo Deportivo Táchira da Venezuela, tendo garantido assim, mais uma participação na fase de grupos da competição. Nas oitavas-de-final, o Palmeiras foi eliminado pelo segundo ano consecutivo pelo São Paulo, após dois jogos equilibrados e uma atuação considerada infeliz do trio de arbitragem comandado por Wilson Souza de Mendonça, que de certa maneira "ajudou" a decidir o confronto anotando um pênalti inexistente em cima de Júnior após "armar" de forma involuntária um contra-ataque a favor da equipe do Morumbi. No mesmo ano de 2006, faz boa campanha no Campeonato Paulista, mas termina na terceira posição, devido a ausência de seu melhor jogador até então, Juninho Paulista. No campeonato brasileiro realiza uma das piores campanhas da história palestrina, contudo, consegue escapar do rebaixamento.

[editar] Em busca do retorno às glórias

Após um final de 2006 turbulento, o Palmeiras começa o ano de 2007 renovado, buscando um melhor planejamento para voltar a lutar efetivamente por títulos.
Encerrada a fraca campanha no campeonato brasileiro, o presidente Affonso Della Monica decidiu promover uma grande reformulação no departamento de futebol do clube, mesmo já estando no final de seu primeiro mandato. Essa reformulação iniciou-se com o afastamento do então diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, considerado como uma personalidade egocêntrica e geradora de conflitos como o que marcou a saída do elogiado treinador Tite. Sua substituição por Gilberto Cipullo, homem forte do clube nos "anos dourados" da Parmalat, foi seguida pela contratação do técnico Caio Júnior e a dispensa de diversos jogadores que não agradavam a torcida, sendo alguns deles com salários considerados altos para a difícil situação financeira do clube, tais como Juninho Paulista e Marcinho. Para superar algumas perdas, o Palmeiras investiu na contratação de alguns jogadores elogiados pela crítica na última temporada, tais como o zagueiro Edmílson, os volantes Pierre e Martinez, além dos atacantes Florentín e Cristiano.
Com um elenco mais enxuto e buscando planejar a colheita de bons resultados em um maior prazo, o Palmeiras de 2007 é um time em formação, mas que já espera pela crescente pressão dos torcedores para a conquista de títulos importantes (que não aparecem desde 2000).
No campo político, Della Monica conseguiu se reeleger para mais dois anos de mandato dentro do clube em 22 de janeiro, derrotando Roberto Frizzo e colocando em xeque o futuro político do ex-presidente Mustafá Contursi, aliado do rival. Para vencer as eleições, Della Monica contou com o apoio de outros nomes importantes da era Parmalat, como Seraphim Del Grande e Luiz Gonzaga Beluzzo (relegados ao ostracismo durante os anos em que Contursi dirigiu o clube), e de uma maioria significativa de torcedores, esperançosos com a volta de administradores que antes eram considerados como símbolo da boa organização que marcou a gloriosa década de 1990 do alviverde.

[editar] 2008-2009

Em 2008, o Palmeiras fecha acordo com a Traffic e troca de patrocinador. Com a saída da Pirelli, entra a montadora automotiva Fiat, que patrocina a parte da frente e as costas das camisetas. O Palmeiras também fechou contrato com um patrocinador para as mangas do fardamento: as tintas Suvinil. Com a parceria da Traffic, o Palmeiras passou a investir mais em jogadores, já que tinha a sua disposição cerca de R$ 40 milhões. O clube contratou o técnico Wanderlei Luxemburgo, entretanto, este não foi pago pela Traffic.[14] Com um time renovado e liderado pelo meia chileno Valdívia em grande fase, o Palmeiras conquistou, no dia 4 de maio, após um jejum de 12 anos na competição, o Campeonato Paulista de 2008, vencendo a Ponte Preta por um resultado agregado elástico de 6 a 0 (1 a 0 e 5 a 0).[15] Alguns dias antes de ganhar o título, o clube é eliminado da Copa do Brasil pelo Sport após empatar, no Palestra Itália, por 0 x 0 e ser goleado por 4 x 1, na Ilha do Retiro. No Campeonato Brasileiro de 2008, a equipe de Luxemburgo, despontou como uma das favoritas ao título, mas, já sem contar com o Valdívia, encerrou a competição na quarta colocação, que garantiu classificação para a primeira fase da Taça Libertadores da América do ano seguinte.
Em 2009, o alviverde iniciou a temporada com grandes mudanças, dispensando vários jogadores e contratando jovens revelações. A maior delas foi o atacante Keirrison, que marcou 13 gols nas 10 primeiras partidas que realizou com a camisa do Palmeiras, agora, patrocinada pela Samsung. A equipe alviverde surpreendeu a imprensa especializada no Campeonato Paulista com a melhor campanha na primeira fase, mas foi eliminada nas semifinais pelo Santos. Na Libertadores, o Palmeiras oscilou com apresentações que mostraram a inesperiência dos jovens atletas nos jogos em casa, mas se superou em diversas apresentações na casa dos adversários, especialmente nos jogos contra o Colo Colo, do Chile, quando buscou uma classificação para as oitavas-de-final nos últimos minutos de jogo, e contra o Sport Recife, já nas oitavas, quando eliminou a equipe pernambucana nos pênaltis, com três defesas do goleiro Marcos. O Palmeiras foi desclassificado nas quartas-de-final pelo Nacional, depois de empatar por 1 a 1 em casa e por 0 a 0 no campo da equipe uruguaia. No Campeonato Brasileiro, já sob o camando do técnico Muricy Ramalho, o alviverde liderou a competição durante 17 rodadas, mas não conseguiu manter o desempenho na reta decisiva e sequer se classificou para a Copa Libertadores, ficando na quinta colocação e frustrando sua torcida.

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