Em pé: Bragatini, Paulo Maurício, Édson Silva, Amadeu, Válder, Zé
Preta, Marquinhos e Pavão. Agachados: Wilton, Zé Júlio, Alberto Leguelé,
Tadeu Macrini, Carlinhos, Paulinho, Xaxá e Zé Roberto.
Crédito:
www.bavi.com.br
Esquadrão do Vitória Campeão Baiano de 1980.
Final
do século XIX, e dois jovens da aristocracia baiana estão de volta de
seus estudos na Europa, mais especificamente, na Inglaterra.
Influenciados pelo esporte britânico, os irmãos Artur e Artêmio Valente
desembarcam em Salvador e trazem na bagagem a paixão pelo futebol. Surge
daí a idéia de fundar um clube, uma das cinco primeiras agremiações
brasileiras fundadas especificamente para a prática do esporte bretão.
Em
13 de maio de 1899, a dupla se reúne com outros 17 jovens em um casarão
no Corredor da Vitória, em meio a uma festa de queijos e vinhos, para
discutir os estatutos do clube. Surge assim o Club Cricket Victoria.
O
nome fazia referência ao esporte inicial praticado pelo clube: o
cricket, uma espécie de futebol onde podem ser utilizadas também as
mãos. Apenas um ano após sua fundação, ainda sob o nome original, a
agremiação passou a praticar o futebol. Ao contrário do futuro maior
rival, de origem mais humilde, o Victória tinha um grupo formado por
representantes da elite baiana da época. Artêmio Valente foi eleito o
primeiro presidente.
A primeira partida da história do clube foi
contra um combinado de marinheiros de navios ingleses atracados no porto
de Salvador, no dia 22 de maio de 1901. E logo na estréia, uma vitória
por 3x2 que começaria a justificar o nome escolhido pelos rapazes do
Corredor da Vitória. Os uniformes ainda traziam as cores branca e preta
devido às dificuldades em conseguir o padrão verde-e-amarelo, real
desejo dos representantes do time. Somente seis meses depois, o time
tornou-se rubro-negro. Ainda em 1901, com a inclusão dos esportes
náuticos, o clube passou a chamar-se Esporte Clube Vitória.
Profissionalismo
A
estréia profissional do Vitória aconteceu em 13 de setembro de 1903,
quando o rubro-negro bateu o São Paulo-Bahia, time formado por
integrantes da Colônia Paulista, por 2x0. A primeira partida do time na
Liga de Futebol da Bahia – que ajudou a fundar – aconteceu no dia 1º de
julho de 1904. E foi justamente uma derrota para o Club Internacional de
Cricket, por 2x1. O primeiro título demorou ainda mais quatro anos e
veio acompanhado. O time ganhou os campeonatos baianos de 1908 e 1909,
sagrando-se bicampeão.
Mas o amadorismo empurrou o time para um longo
jejum de títulos. Foram 44 anos até que o Vitória voltasse a conquistar
um campeonato baiano, em 1953, ano em que adotou o profissionalismo. A
década de 50 ainda traria as conquistas regionais de 1955 e 1957.
O
time ainda era inconstante, e a prova disso é que só voltou a vencer um
Campeonato Baiano em 1964, seis anos depois. Em 1965 veio o segundo
bicampeonato da história. A equipe ficou de fora do primeiro Campeonato
Brasileiro, disputado em 1971, mas entrou na disputa no ano seguinte,
quando voltou a ser campeão baiano. O rival Bahia ganharia todos os
outros títulos da década de 70 no estado.
Virada
No
final da década de 80, o clube preparava o caminho para uma profunda
reestruturação no seu futebol. Os anos 90 marcam a “era Paulo Carneiro”,
inicialmente auxiliado pelo fiel escudeiro Newton Motta - que
estruturou a formação de jogadores pelo clube – depois, com pulso firme,
sozinho à frente do Vitória e do Vitória S.A.
No dia 25 de agosto de
1991, o clube inaugurou o estádio Manoel Barradas, conhecido como
Centro de Treinamentos da Toca do Leão, ou simplesmente como Barradão. A
partida inaugural foi um amistoso contra o Olímpia (Paraguai), que
terminou empatada por 1x1.
Coincidentemente, a partir daí o Vitória
começaria a hegemonia no futebol baiano. A partir da década de 90, o
time conquistou 11 títulos regionais, contra apenas seis do maior rival,
o Bahia. Estão inclusos aí, o tricampeonato inédito de 1995, 1996 e
1997; e o tetracampeonato, também inédito, de 2002, 2003, 2004 e 2005. O
clube também foi três vezes campeão do Campeonato do Nordeste
(1997,1999 e 2003).
Antes, porém, o rubro-negro baiano viu escapar
por entre os dedos o que seria seu primeiro título brasileiro. Depois de
desbancar os favoritos Flamengo, Corinthians e Santos na penúltima fase
da competição de 1993, o time encarou o todo-poderoso Palmeiras na
final do Campeonato Brasileiro. Na primeira partida, disputada na Fonte
Nova no dia 12 de dezembro, vitória do alviverde paulista por 1x0, gol
do capetinha Edílson.
Apesar de jovens talentos como Dida, Paulo
Isidoro, Roberto Cavalo, Alex Alves e Claudinho, o time também não foi
páreo para a equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, na
partida de volta, no Morumbi. Com um elenco formado por grandes craques
como Edílson, Evair, Edmundo, Antonio Carlos, Roberto Carlos e Zinho, o
Palmeiras venceu por 2x0, gols de Evair e Edmundo, e deixou o Vitória
com o vice-campeonato.
Estrelas
O
Vitória ainda disputaria seu primeiro campeonato internacional em 1995,
quando esteve na Copa Conmebol. Dois anos depois, associou-se ao banco
Excel-Econômico, que viabilizou a vinda de jogadores de renome como o
tetracampeão Bebeto e o também atacante Túlio, com passagens pela
Seleção Brasileira.
Desde então, o Vitória conseguiu atrair outros
jogadores conhecidos do torcedor brasileiro, como o veterano meia
Mazinho. A aposta no sérvio Petkovic, então encostado no Real Madrid, da
Espanha, foi acertada. Depois de um grande Campeonato Brasileiro pelo
rubro-negro baiano, o meia-atacante teve passagens destacadas por
Flamengo e Vasco. Desde então a torcida do Leão busca sem sucesso um
jogador para chamar de ídolo.
Queda
No
ano passado, o clube voltou à Série B do Campeonato Brasileiro, mesmo
com um time que contou com estrelas como Edílson e Vampeta, além de bons
jogadores como o meia Cléber e o centroavante Obina. Muitos culparam a
política de venda de jogadores do presidente Paulo Carneiro pelo
fracasso na elite do futebol brasileiro. Em meio ao campeonato, o clube
se desfez de toda a sua defesa titular. Os laterais Pedro e Paulo
Rodrigues foram afastados. E os zagueiros Adailton e Nenê, além dos
volantes Vampeta e Dudu Cearense acabaram negociados.
Vários técnicos
passaram pelo clube, sem sucesso. O time acabou rebaixado junto com
Criciúma, Paraná e Grêmio. A política para 2005 foi de investimento nos
pratas da casa e em jovens promessas. As únicas contratações de peso
foram dos atacantes Marcelo Ramos e Zé Roberto (já dispensados) e de
Alex Alves.
Títulos do Vitória
Campeão
Baiano 23 vezes1908 e 1909 (Bicampeão), 1953, 1955, 1957, 1964 e 1965
(Bicampeão), 1972, 1980, 1985, 1989, 1990, 1992, 1995, 1996 e 1997
(Tricampeão), 99 e 2000 (Bicampeão), 2002, 2003, 2004 e 2005
(Tetracampeão).
Campeão do Norte-Nordeste1976
Campeão da Copa do Nordeste 3 vezes1997, 1999 e 2003.
Campeão da Copa Repescagem CBF1989
Campeão do Torneio Maria Quitéria1996
Campeão do Torneio da Uva/Parmalat1994
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Em pé: Bragatini, Paulo Maurício, Édson Silva, Amadeu, Válder, Zé
Preta, Marquinhos e Pavão. Agachados: Wilton, Zé Júlio, Alberto Leguelé,
Tadeu Macrini, Carlinhos, Paulinho, Xaxá e Zé Roberto.
Crédito:
www.bavi.com.br
Esquadrão do Vitória Campeão Baiano de 1980.
Final
do século XIX, e dois jovens da aristocracia baiana estão de volta de
seus estudos na Europa, mais especificamente, na Inglaterra.
Influenciados pelo esporte britânico, os irmãos Artur e Artêmio Valente
desembarcam em Salvador e trazem na bagagem a paixão pelo futebol. Surge
daí a idéia de fundar um clube, uma das cinco primeiras agremiações
brasileiras fundadas especificamente para a prática do esporte bretão.
Em
13 de maio de 1899, a dupla se reúne com outros 17 jovens em um casarão
no Corredor da Vitória, em meio a uma festa de queijos e vinhos, para
discutir os estatutos do clube. Surge assim o Club Cricket Victoria.
O
nome fazia referência ao esporte inicial praticado pelo clube: o
cricket, uma espécie de futebol onde podem ser utilizadas também as
mãos. Apenas um ano após sua fundação, ainda sob o nome original, a
agremiação passou a praticar o futebol. Ao contrário do futuro maior
rival, de origem mais humilde, o Victória tinha um grupo formado por
representantes da elite baiana da época. Artêmio Valente foi eleito o
primeiro presidente.
A primeira partida da história do clube foi
contra um combinado de marinheiros de navios ingleses atracados no porto
de Salvador, no dia 22 de maio de 1901. E logo na estréia, uma vitória
por 3x2 que começaria a justificar o nome escolhido pelos rapazes do
Corredor da Vitória. Os uniformes ainda traziam as cores branca e preta
devido às dificuldades em conseguir o padrão verde-e-amarelo, real
desejo dos representantes do time. Somente seis meses depois, o time
tornou-se rubro-negro. Ainda em 1901, com a inclusão dos esportes
náuticos, o clube passou a chamar-se Esporte Clube Vitória.
Profissionalismo
A
estréia profissional do Vitória aconteceu em 13 de setembro de 1903,
quando o rubro-negro bateu o São Paulo-Bahia, time formado por
integrantes da Colônia Paulista, por 2x0. A primeira partida do time na
Liga de Futebol da Bahia – que ajudou a fundar – aconteceu no dia 1º de
julho de 1904. E foi justamente uma derrota para o Club Internacional de
Cricket, por 2x1. O primeiro título demorou ainda mais quatro anos e
veio acompanhado. O time ganhou os campeonatos baianos de 1908 e 1909,
sagrando-se bicampeão.
Mas o amadorismo empurrou o time para um longo
jejum de títulos. Foram 44 anos até que o Vitória voltasse a conquistar
um campeonato baiano, em 1953, ano em que adotou o profissionalismo. A
década de 50 ainda traria as conquistas regionais de 1955 e 1957.
O
time ainda era inconstante, e a prova disso é que só voltou a vencer um
Campeonato Baiano em 1964, seis anos depois. Em 1965 veio o segundo
bicampeonato da história. A equipe ficou de fora do primeiro Campeonato
Brasileiro, disputado em 1971, mas entrou na disputa no ano seguinte,
quando voltou a ser campeão baiano. O rival Bahia ganharia todos os
outros títulos da década de 70 no estado.
Virada
No
final da década de 80, o clube preparava o caminho para uma profunda
reestruturação no seu futebol. Os anos 90 marcam a “era Paulo Carneiro”,
inicialmente auxiliado pelo fiel escudeiro Newton Motta - que
estruturou a formação de jogadores pelo clube – depois, com pulso firme,
sozinho à frente do Vitória e do Vitória S.A.
No dia 25 de agosto de
1991, o clube inaugurou o estádio Manoel Barradas, conhecido como
Centro de Treinamentos da Toca do Leão, ou simplesmente como Barradão. A
partida inaugural foi um amistoso contra o Olímpia (Paraguai), que
terminou empatada por 1x1.
Coincidentemente, a partir daí o Vitória
começaria a hegemonia no futebol baiano. A partir da década de 90, o
time conquistou 11 títulos regionais, contra apenas seis do maior rival,
o Bahia. Estão inclusos aí, o tricampeonato inédito de 1995, 1996 e
1997; e o tetracampeonato, também inédito, de 2002, 2003, 2004 e 2005. O
clube também foi três vezes campeão do Campeonato do Nordeste
(1997,1999 e 2003).
Antes, porém, o rubro-negro baiano viu escapar
por entre os dedos o que seria seu primeiro título brasileiro. Depois de
desbancar os favoritos Flamengo, Corinthians e Santos na penúltima fase
da competição de 1993, o time encarou o todo-poderoso Palmeiras na
final do Campeonato Brasileiro. Na primeira partida, disputada na Fonte
Nova no dia 12 de dezembro, vitória do alviverde paulista por 1x0, gol
do capetinha Edílson.
Apesar de jovens talentos como Dida, Paulo
Isidoro, Roberto Cavalo, Alex Alves e Claudinho, o time também não foi
páreo para a equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, na
partida de volta, no Morumbi. Com um elenco formado por grandes craques
como Edílson, Evair, Edmundo, Antonio Carlos, Roberto Carlos e Zinho, o
Palmeiras venceu por 2x0, gols de Evair e Edmundo, e deixou o Vitória
com o vice-campeonato.
Estrelas
O
Vitória ainda disputaria seu primeiro campeonato internacional em 1995,
quando esteve na Copa Conmebol. Dois anos depois, associou-se ao banco
Excel-Econômico, que viabilizou a vinda de jogadores de renome como o
tetracampeão Bebeto e o também atacante Túlio, com passagens pela
Seleção Brasileira.
Desde então, o Vitória conseguiu atrair outros
jogadores conhecidos do torcedor brasileiro, como o veterano meia
Mazinho. A aposta no sérvio Petkovic, então encostado no Real Madrid, da
Espanha, foi acertada. Depois de um grande Campeonato Brasileiro pelo
rubro-negro baiano, o meia-atacante teve passagens destacadas por
Flamengo e Vasco. Desde então a torcida do Leão busca sem sucesso um
jogador para chamar de ídolo.
Queda
No
ano passado, o clube voltou à Série B do Campeonato Brasileiro, mesmo
com um time que contou com estrelas como Edílson e Vampeta, além de bons
jogadores como o meia Cléber e o centroavante Obina. Muitos culparam a
política de venda de jogadores do presidente Paulo Carneiro pelo
fracasso na elite do futebol brasileiro. Em meio ao campeonato, o clube
se desfez de toda a sua defesa titular. Os laterais Pedro e Paulo
Rodrigues foram afastados. E os zagueiros Adailton e Nenê, além dos
volantes Vampeta e Dudu Cearense acabaram negociados.
Vários técnicos
passaram pelo clube, sem sucesso. O time acabou rebaixado junto com
Criciúma, Paraná e Grêmio. A política para 2005 foi de investimento nos
pratas da casa e em jovens promessas. As únicas contratações de peso
foram dos atacantes Marcelo Ramos e Zé Roberto (já dispensados) e de
Alex Alves.
Títulos do Vitória
Campeão
Baiano 23 vezes1908 e 1909 (Bicampeão), 1953, 1955, 1957, 1964 e 1965
(Bicampeão), 1972, 1980, 1985, 1989, 1990, 1992, 1995, 1996 e 1997
(Tricampeão), 99 e 2000 (Bicampeão), 2002, 2003, 2004 e 2005
(Tetracampeão).
Campeão do Norte-Nordeste1976
Campeão da Copa do Nordeste 3 vezes1997, 1999 e 2003.
Campeão da Copa Repescagem CBF1989
Campeão do Torneio Maria Quitéria1996
Campeão do Torneio da Uva/Parmalat1994
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