brasil1970

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Craque disse e eu anotei - MARCELO

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O Craque disse e eu anotei - MARCELO

Conheci Marcelo numa padaria durante um café de fim de tarde. Quando me dirigia ao caixa para efetuar o pagamento o vi sentado em uma mesa. Me aproximei, identificando me e falei sobre o blog FTT . Ele imediatamente me passou seu telefone e apenas me pediu que lhe passasse o link com as materias já efetuadas. Feito isto, Marcelo viu a seriedade e a proposta das homenagens aos ex jogadores e marcamos a nossa entrevista.
Confiram !


                                                         Bruno e Marcelo Oliveira

FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS - Daquela turma do juvenil do Atletico , quais jogadores subiram com você para a equipe principal?

MARCELO - Olha foi a maioria, algo raro de acontecer. Geralmente alguns param, outros saem para equipes do interior mas ali tinhamos uma geração muito boa e eu tive o privilegio de fazer parte. No time profissional logo após tinhamos pelo menos 70% da equipe formada na base.


FTT – E foi uma safra  impressionante.

MARCELO - Foi. Eram jogadores de alto nivel pois eu considero o Reinaldo um genio, o Cerezo um craque como poucos, pois ele tinha uma dinamica de jogo maravilhosa. O Paulo Isidoro um jogador muito util que qualquer treinador gostaría de ter no time. Tinha o Getulio excelente jogador na lateral, o Marcio um zagueiro vigoroso, o Alves , João Leite, Marinho, Heleno, Danival, Campos...quer dizer a grande maioria. Aqueles que não deram certo aqui rapidamente arranjaram lugar em outros clubes do Brasil. E este time jogava um futebol moderno para a epoca. Veja que se fosse um meio campo atual teriamos o Cerezo e o Angelo que marcavam e saíam para o jogo. O Paulo Isidoro e o Danival eram jogadores que tambem sabiam marcar muito bem e tinham boa tecnica. Eu chegando no Reinaldo mais na frente. Teríamos apenas que adaptar ao preparo fisico de hoje em dia.


FTT - E não era facil ser titular neste meio campo?

MARCELO - Realmente não era. Veja que no campeonato brasileiro de 1977 chamamos a atenção de todo Brasil pois nosso time tinha a melhor defesa, o melhor ataque e o artilheiro (Reinaldo). Não perdemos um jogo sequer. No primeiro turno o Paulo Isidoro foi titular e eu entrava no decorrer das partidas. Já no segundo turno eu é que fui titular com o Paulo Isidoro entrando no meio das partidas. Depois o Barbatana me colocou de ponta esquerda e o Paulo Isidoro no meio e foi um periodo muito bom pois acabei convocado para a seleção brasileira.


Nelinho, Piazza, Amaral, Getulio, Raul e Vanderlei Paiva;
Agachados: Roberto Batata, Marcelo, Campos, Danival e Romeu

FTT – Na copa América de 1975 a seleção brasileira foi formada praticamente por jogadores do Atlético e Cruzeiro. Vocês inclusive venceram a Argentina duas vezes , uma em BH e outra em Rosario. Foi um belo time este mineiro.
MARCELO – Foi uma ótima seleção e me parece que tinham apenas quatro jogadores de fora. Me lembro aqui do Ivo Wortman um excelente volante do América RJ. Veio o Luiz Pereira , o Amaral e o Roberto Dinamite (vieram ainda Miguel e Geraldo). O time era Raul, Nelinho, Luiz Pereira, Piazza e Getulio. No meio o Vanderlei Paiva, o Danival e eu. Na frente o Roberto Batata, Campos e Romeu. Depois jogou também o Dinamite, Palhinha pois eu joguei somente uma parte da competição já que  acabei sendo convocado para a seleção brasileira que disputou o panamericano no México. E nós acabamos ganhando lá a medalha de ouro.


FTT – E como foi o ambiente . Ficavam separados os grupos de jogadores do Atlético e do Cruzeiro ou se integraram todos?
MARCELO – A rivalidade sempre foi muito grande mas por parte dos torcedores e da imprensa. Nós jogadores nos demos muito bem , ficamos alojados na Toca da Raposa e o técnico era o Oswaldo Brandão. Criamos uma amizade muito grande com o Eduardo, o Nelinho que posteriormente acabou jogando no Atlético e de quem sou grande amigo até hoje. Raul foi um grande amigo tambem. A rivalidade ficava fora. Muito antes pelo contrario,ali todos torciam pelo sucesso do companheiro de seleção.

FTT – Nos esclareça uma coisa. A seleção veio jogando e ganhando exclusivamente com jogadores mineiros. Depois na terceira partida passaram a jogar na zaga Amaral e Luis Pereira mas o resto do time era formado de mineiros. Continuaram invictos. Porque logo na final Oswaldo Brandão colocou em campo o Miguel e Roberto Dinamite do Vasco e o Geraldo do Flamengo?
MARCELO – Não sei ao certo o que ocorreu. Talvez pelo fato do Brandão ser o técnico da seleção principal também ele desejasse observar alguns destes jogadores atuando. A seleção vinha atuando bem, não havia nenhuma fragilidade que levasse a colocar reforços de fora. Porem não houve nenhuma contestação por parte dos jogadores que receberam muito bem os que chegaram de fora.

FTT – E o Geraldo do Flamengo ?

MARCELO – Eu não cheguei a jogar com ele nesta seleção porque como eu disse, saí na fase final para participar do Panamericano mas joguei com ele na seleção de Cannes em 73. Tinha eu, o Pintinho, o Rondinelli, o Geraldo. Ahh, o Geraldo brincava com a bola. Era um jogador que jogava brincando,  dono de uma técnica excepcional. Infelizmente teve aquele problema e faleceu cedo.


FTT - E você acabou sendo campeão do Panamericano em 75?
MARCELO - Fomos. A final foi contra o Mexico os donos da casa. Nosso time era muito bom e praticamente todos jogadores foram idolos em seus clubes. Ganhamos a medalha de ouro .

Tecão, Carlos, Rosemiro, Carlinhos, Tiquinho, Marcelo, Claudio Adão, Alberto Leguelé, Batista e Edinho


FTT – Na final do mineiro de 1976 a final foi contra o Cruzeiro de Raul, Nelinho, Palhinha, Roberto Batata, Zé Carlos, Piazza e cia .O  Atlético venceu por 2x0. Se lembra deste jogo e quem fez os gols?
MARCELO – Claro. Foi sem duvida ali, que nós começamos a quebrar a hegemonia do Cruzeiro. Eles tinham um time maravilhoso que vinha desde a década de 60 com alguns remanescentes daquela época e outros que surgiram nos anos 70 como o Eduardo, Joãozinho, Palhinha e o prorpio Nelinho. Eu fiz gols nos dois jogos das finais e o Reinaldo fez o outro gol deste jogo. Jogamos um futebol brilhante que não apenas venceu mas que encantou. Era um time jovem, rápido, de boa tecnica e que tinha uma identificação muito grande com a torcida porque quase todos foram criados dentro do clube. Nesta época era diferente pois nós tínhamos o sonho de jogar no time principal e de lá ir a seleção brasileira. Hoje, talvez o sonho maior do jovem jogador é ir para a Europa.


FTT - O Atletico fez uma excursão a Asia em 1977. Dos 12 jogos você fez 10 gols. Foi o seu momento de ascensão no Atletico?

MARCELOFoi. Eu vinha tendo um conflito com o Barbatana, ele me tirou do time e em vários jogos nem no banco ele me deixou. Houve então um protesto da torcida e uma revolta minha também. Ele era um técnico muito duro, autoritário mas também muito competente. Veio 77 e resolvi que seria titular. Fizemos um primeiro amistoso do ano e eu fiz 3 gols. No segundo contra o Nacional do Uruguai eu fiz mais dois e então saímos para a excursão. Eu amadureci um pouco mais e  também  sabia que a concorrência no Atlético era muito forte e eu deveria me doar ao Maximo. Diferentemente do que ocorre hoje em dia quando um jogador novo mal começa fazer sucesso e já vai embora naquela época tinham muitos bons jogadores a disposição do treinador.


O ano de 1977 foi o melhor na carreira de Marcelo. Aqui ele reencontra um velho rival, Dirceu Lopes agora no Fluminense.

FTT – E o ano foi bom mesmo pois você acabou sendo convocado para a seleção principal.
MARCELOFoi . E não era fácil ser convocado porque o treinador da seleção naquela época tinha vários grandes jogadores a disposição para cada posição.




FTT – Então teve um grande  jogo contra a Alemanha. Você entrou no segundo tempo. Se lembra desta partida?
MARCELO Me lembro bem pois era um jogo preparatório para o Mundialito de Cáli do qual eu também participei. Nós fizemos dois amistosos sendo um contra a seleção carioca em que eu fiz um gol e este contra a Alemanha. Me lembro que entrei e fiz boas jogadas pela esquerda e acabamos empatando a partida em 1x1.

A escalação da seleção brasileira para esta partida

1 - Leão [Palmeiras]
2 - Zé Maria I [Corinthians]
3 - Luís Pereira [Atlético Madrid]
4 - Amaral I [Guarani]
6 - Rodrigues Neto [Botafogo]
5 - Toninho Cerezo [Atlético-MG]
8 - Zico [Flamengo]
10 - Rivellino [Fluminense] - cap
7 - Gil [Botafogo]
(21 - Marcelo) [Atlético-MG]
9 - Roberto Dinamite [Vasco]
11 - Paulo César Caju [Botafogo]

FTT – Depois, ainda em 77  contra a Iugoslávia a seleção teve 4 jogadores do Atlético . Você se lembra quais?

MARCELOLembro muito bem. Tenho uma foto deste time guardada com muito carinho. Neste jogo eu joguei de ponta direita, o Paulo César Caju de ponta esquerda. Jogou ainda o Paulo Isidoro, o Reinaldo e o Cerezo. A partida terminou 0x0 no Mineirão e é claro que pelos jogadores convocados a torcida do Atlético foi maioria absoluta. Reinaldo fez grandes jogadas mas por infelicidade não fez nenhum gol
Brasil x Iugoslavia no Mineirão - Ze Maria, Leão, Marinho Chagas, Luis Pereira, Toninho Cerezo e Edinho.
Agachados: Nocaute Jack, Marcelo, Paulo Isidoro, Reinaldo, Rivelino e Paulo Cesar Caju.

FTT – Você jogou com os dois maiores artilheiros na historia do Atlético: Dario e Reinaldo. Me fale um pouco dos dois e de sua adaptação ao estilo de cada um.
MARCELOForam dois grandes jogadores, dois grandes ídolos mas cada qual com seu estilo e sua característica. O Dario eu joguei com ele em 74 e depois em 78 . Usava lançar as bolas em profundidade para ele porque ele tinha muita velocidade .  Eu também alçava muitas bolas na área  porque ele era muito bom de cabeça. Já o Reinaldo a gente fazia tabelas, jogadas curtas e se entendia muito bem. Era um jogador de altíssimo nível. Tinha facilidade pra driblar, para antever a jogada e eu tive o privilegio de jogar com ele. A gente jogou muito tempo junto na base e então tínhamos realmente um grande entrosamento. Eu tinha que me virar para acompanhar ainteligencia do Reinaldo.


FTT –  Minas Gerais teve nesta época 5 volantes sensacionais: Vanderlei Paiva e Toninho Cerezo no Atlético , Piazza e Zé Carlos no Cruzeiro e Pedro Omar no América. Quais eram os mais geniais?
MARCELO – Cinco grandes jogadores. Características diferentes mas tods muito bons. Acho que o Cerezo se destacou mais porque era técnico, dinâmico e criou uma nova fase dos volantes pois ele se movimentava muito em campo. O Piazza pela liderança e era um exímio marcador. Me impressionava porque muitas vezes eu jogava de lado e pensava que ele não iria chegar e quando assustava o Piazza tava dando o bote e sem falta, sempre na bola, limpamente. Zé Carlos era técnica pura. Extremamente técnico e que marcava muito bem tambem. Ele não errava passes, tanto curto quanto longos. O Pedro Omar bem equilibrado entre a técnica e a raça e por fim o Vanderlei o famoso carregador de piano que marcava muito bem mas sai para o jogo e chutava muito bem fazendo seus gols.


FTT – Porque você saiu do Atlético?
MARCELO – O principal motivo foi a indefinição entre eu e o Paulo Isidoro pois acabava que jogava um , hora jogava outro e acabava que nenhum realmente aparecia tanto e acabamos não indo nenhum dos dois a Copa de 78 apesar de termos jogado muito bem o Mundialito e estarmos cotados para ir a Copa. O Atlético então se interessou em trazer um jogador com outro estilo e eu aproveitei o interesse do Botafogo em me levar. Vi que eu teria mais chances. Não foi fácil largar o Atlético pois eu cresci ali mas fui alçar novos vôos.


MARCELO VAI PARA O BOTAFOGO

FTT – No Botafogo você jogou com Mendonça. Era um jogador diferenciado?

MARCELO – Mendonça era um excepcional jogador que batia na bola como poucos. Não somente em bolas paradas mas durante o jogo mesmo. Jogador que deixou seu nome marcado na historia do Botafogo.

Botafogo 1979 - Gaucho, Ze Eduardo, Rocha, Serginho, Paulo Sergio e Perivaldo.
Agachados: Edson, Mendonça, Mirandinha , Marcelo e Ziza.


FTT – E este Botafogo teve um grande meio campo com Rocha, Mendonça e você?
MARCELO – Teve. A principio quando eu cheguei ainda não tinha o Rocha mas ele chegou logo depois. Então era o rocha , o Mendonça e eu e na frente tínhamos o Renato Sá, Mirandinha e Ziza com quem joguei no Atlético.

                                                      Botafogo de 1981 - Marcelo é o ultimo agachado a direita.


FTT – Na semifinal do Brasileiro de 81 você fez o gol da vitória do Botafogo sobre o São Paulo na primeira partida. Foi o primeiro de dois grandes jogos. 
 
MARCELO – O time do Botafogo não era um time espetacular, maravilhoso mas era um time muito bem montado. Taticamente ele cumpria muito bem o esquema. Nós jogávamos o primeiro tempo com um time e no segundo tempo sempre tinhamos uma estratégia diferente . Jogava o Jerson e o Mirandinha para explorar os contra ataques. Neste jogo , com o Maracanã lotado , o Rocha deu um chute cruzado e eu acompanhei. O Valdir Peres não conseguiu segurar firme e eu aproveitei e fiz o gol da vitória. Fomos então para São Paulo com a condição de empatar o jogo.

FTT – Porem no segundo jogo , aliás um jogaço a vitória o São Paulo por 3x2. O tricolor tinha uma verdadeira seleção brasileira. (Valdir Peres, Getulio, Oscar, Dario Pereyra, Marinho Chagas, Everton, Renato, Serginho e Zé Sergio)
MARCELO – O time deles era muito forte, maravilhoso. Porem o resultado me pareceu injusto porque o juiz não agüentou a pressão e logo após o intervalo expulsou um jogador nosso logo aos 10 minutos e deu um pênalti inexistente no Serginho. Estávamos ganhando o jogo por 2x0 com gols do Jerson e Mendonça e o São Paulo acabou virando e se classificando para a final.

A SAIDA DO BOTAFOGO PARA O NACIONAL DO URUGUAI

FTT – E do Botafogo você foi para o Nacional do Uruguai?
MARCELO – Fui e foi uma experiência maravilhosa. Joguei com grandes jogadores lá como o Victorino, Rodolfo Rodriguez, Blanco, Moreira, Victor Espárrago veterano da seleção de 70. Fiquei no Nacional por um ano. Foi muito bom apesar do estilo deles ser de mais marcação, mais pegada mas me adaptei bem ao futebol uruguaio.
FTT – E a rivalidade entre Nacional e Peñarol?
MARCELO – É bem parecida com Atlético e Cruzeiro . O Peñarol mais popular e o Nacional mais da elite. Disputei a final do campeonato uruguaio contra eles e perdemos com um gol de Morena. Eles também tinham um timaço e jogava lá o Jair que foi campeão aqui pelo Inter.

                                                      Marcelo no Nacional do Uruguai.


FTT – Cite os cinco melhores jogadores que você viu atuar , seja a favor ou contra.

MARCELO – Eu teria até bem mais para indicar tamanha a quantidade de grandes jogadores nesta época mas eu diria pela ordem dos que eu joguei e convivi que seriam: o Reinaldo que para mim foi o maior após o Pelé, o Rivelino, Toninho Cerezo por tudo que ele representava para o time de futebol, Tostão que eu achava um gênio e o Lola. Eu peguei o Lola pouco tempo no Atlético mas este pouco tempo que peguei eu procurava até imita-lo. Tentava fazer suas jogadas. Foi um jogador que não teve tanta projeção nacional mas tinha uma técnica muito apurada e teve a carreira prejudicada por causa da contusão na perna.


FTT – Quem foi seu grande treinador?

MARCELO – Olha eu tive bons treinadores. O Barbatana foi um que apesar de ser muito rigoroso e rígido sabia trabalhar com os jogadores e por isto mesmo surgiram tantos jogadores naquela época no Atlético. Mas o grande treinador mesmo foi o Tele Santana que me levou para o profissional e é nele em quem me espelho até hoje. Eu tenho minha linha de trabalho mas tem conceitos do Tele que eu trago até hoje e procuro usa-los . Acho que ele juntava bem a parte de campo e tatica com a profissional e pessoal tambem. Dos atuais gosto muito do Levir Culpi com quem trabalhei no Atlético .

MARCELO OLIVEIRA TREINADOR

FTT – E então começou sua carreira de treinador no Atlético.
MARCELO – Eu tive um convite do Barbatana pra dirigir o Junior do Atlético mas na época preferi me afastar e fui mexer em um ramo totalmente diferente ficando longe por quase 10 anos. Depois fui convidado para fazer um programa esportivo na TV e que acabou fazendo muito sucesso. Foi então que vi que sentia saudades do futebol. Resolvi então fazer um curso de capacitação para Técnico e que me permitiu coordenar melhor minhas idéias. Rever alguns conceitos e então voltei ao Atlético para treinar o juvenil. Foi uma coisa impressionante pois eu havia dito a minha família que gostaria de chegar a ser técnico do profissional. Era o ano de 2001 e em 2002 eu já dirigia pela primeira vez o time profissional do Atlético.
FTT – Você acha que faltou um maior apoio do Atlético para você continuar o seu trabalho que era bom?

MARCELO – Não foi o Atlético mas especificamente o Alexandre Kalil. Ele podia ter me deixado começar o ano com um trabalho programado mas não deixou. Só me chamava para apagar incêndio. Teve uma pesquisa na Radio Itatiaia em que a torcida queria que eu continuasse e tive 76% de aprovação,a própria imprensa me deu muita força mas o Alexandre Kalil não quiz. Preferiu trazer outros técnicos de fora que infelizmente não deram certo que foram o Leão, Celso Roth e Luxemburgo.


FTT – O Técnico que é prata da casa tem mais dificuldades em relação ao que vem de fora?
MARCELO – Eu acho que o técnico nascido em Minas tem muito mais dificuldade e não apenas o técnico. Acho que o artista em geral tem esta dificuldade. Muitas vezes ele tem de sair e voltar para ser reconhecido.

                                        Marcelo Oliveira comandou o Paraná em 2010.

FTT – Você já foi jogador e é técnico. Jogador derruba treinador?

MARCELO – Olha eu estou no futebol a 36 anos e nunca vi um grupo de jogadores deliberadamente derrubar um técnico. Fazer campanha contra. O que pode ocorrer é um jogador que não está sendo aproveitado querer jogar o grupo contra o treinador. Pode sim acontecer de determinado jogador que não está bem ou não gosta do método do trabalho daquele treinador fazer corpo mole, não se empenhar pelo time. Se ele tem uma pequena contusão que ele pode jogar ele fica fora e não se empenha nos treinamentos e nos jogos. Finge que joga.

                                                           Bruno e Marcelo Oliveira

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Encontros eternizados - REINALDO & JOÃO BOSCO


Os dois craques com os instrumentos de trabalho invertidos. Reinaldo com o violão que consagrou o  amigo João Bosco e o sambista com a bola que encantava o Brasil pelos pés magicos de Reinaldo.

Revista do Dia - GAZETA ESPORTIVA 1958


A Revista Gazeta Esportiva tras em sua edição de Março de 1958 o jogador do Atletico Mineiro, Tomazinho. Neste ano o jogador ajudou o Galo a conquistar o campeonato mineiro e foi um dos seus destaques.

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