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O futebol ´vintage´
Por Leonardo Capibaribe
Na moda, é comum usar o termo vintage para falar de peças antigas que atravessam os tempos e chegam aos dias de hoje com o mesmo charme. Na web, a tendência é confirmada pelos torcedores
Nas arquibancadas, multiplicam-se bandeiras e faixas com jogadores de dez, 20 e até 50 anos atrás. Nas ruas, viraram febre as camisas retrô, produzidas pelos fabricantes atuais com base em modelos usados no passado. Algumas razões explicam esse sucesso. Para os amantes do futebol, poder ter o uniforme do time que foi campeão no passado é uma emoção única, e a moda retrô é uma das vertentes que conseguem levar isso ao torcedor.
Já se imaginou vestindo a camisa que o seu ídolo no futebol usou há anos em uma decisão de Copa do Mundo, quando ainda nem se sonhava com toda tecnologia que rodeia a confecção dos uniformes atuais? O Zona Cyber dessa semana mostra que isso é completamente possível, basta você navegar na internet e buscar lojas especializadas nesses serviços de vendas dos uniformes que seu sonho poderá se realizar em segundos!
Emoções revividas
Os sonhos não tem idade. Tendo em vista isso, quem nunca teve vontade de possuir a lendária camisa 10 da seleção canarinho vestida pelo Rei Pelé em 1970? Ou a camisa da seleção da Holanda da época do carrossel holandês a todo vapor em 1974?
Com modelos bem modernos, o “retrô” está proporcionando reviver todo esse período em que os grandes mestres da bola se eternizaram e deixaram grandes saudades pelos gramados de todo mundo. A moda retrô tem como proposta resgatar roupas que fizeram sucesso há muito tempo e reintegrá-las ao atual momento com toques bem modernos, seja nas mangas mais apertadas que delineiam o físico do usuário, como no colarinho justo que dá elegância maior quando vestida.
Torcida aprova
A linha retrô também agrada aos torcedores que não gostam de publicidade no uniforme. É o que diz André Alencar, engenheiro de Telecomunicações, com relação aos modelos mais antigos que dão um ar mais saudosista ao futebol e consequentemente arremete a um tempo em que os jogadores se importavam unicamente em jogar futebol e dar a alegria a torcida. “Elas me levam ao tempo em que os ídolos existiam e eram identificados com o seu clube. Hoje não vejo mais isso. Naquela época, se você falasse em Roberto Dinamite, falava também em Vaco da Gama, se falasse em Zico, falava também em Flamengo. Eu encaro a moda retrô como uma forma inteligente de protesto com os interesses atuais dos futebol”, afirma.
Ídolos em faixas
Assim como as camisas retrô, também fizeram sucesso bandeiras e faixas nos estádios, com desenhos de velhos ídolos. O movimento de volta ao passado começou por volta de 2007, com cânticos parecidos com os usados em outros tempos, mas ganhou força de vez no ano de 2010.
Foram homenageados ídolos de décadas atrás, como Garrincha e o time santista de 1962, ou de um passado nem tão distante assim, caso do vascaíno Juninho. A onda se espalhou de tal forma que chegou a dirigentes como o colorado Fernando Carvalho, do Internacional/RS, técnicos (o então na época gremista Luiz Felipe Scolari) e até compositores (Cartola, no Fluminense, e Lupicínio Rodrigues, no Grêmio).
A tendência também ganhou o mundo. Em meio ao clima da Copa, a marca esportiva Nike lançou a coleção True Colors, que traz releituras de uniformes oficiais das seleções de futebol de seis nações, assinadas por diferentes artistas contemporâneos.
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