quinta-feira, 5 de maio de 2011
O Craque disse e eu anotei - RAFAEL
Obtive
o telefone do Rafael Cammarota através do meu amigo Matheus Trunk que
trabalha na Alltv. Contatei-me com ele e marcamos a entrevista. O Rafael
é uma pessoa que fala o que pensa, sendo que tem uma história rica
dentro do futebol, pois passou por boas equipes, sendo que o quarto onde
guarda as suas lembranças é uma prova disso. Confiram a matéria.
FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS: O seu começo como goleiro foi no Corinthians?
RAFAEL CAMMAROTA: Comecei como Amador, depois fui pra Ponte Preta e voltei para o Corinthians. Saí vendido e voltei comprado.
FTT: Quando
você começou a jogar no Corinthians no final dos anos 60 e início da
década de 70, chegou a treinar com o Luiz Morais, o Cabeção?
RAFAEL:
Sim, eu treinei com ele. Cheguei ao Corinthians em 1969, levado pelo
Haroldo Campos. Eu estudava no colégio Paes Leme, considerado a boate de
São Paulo, porque ficava na esquina da rua Augusta com a Paulista,
sendo que existe hoje um grande banco lá. Jogava futebol de salão na
linha e no gol. E o Doutor Haroldo me convenceu a fazer um teste no
Corinthians. De 159 garotos, ficaram três e eu. Tive o prazer de
trabalhar com o Cabeção, Luizinho Pequeno Polegar, José Castelli (Rato) e
o Dino Pavão. Tinha um carinho muito grande por eles. Estas pessoas
foram os meus ídolos, peguei o final de carreira do Cabeção e do
Luizinho.
Rafael Cammarota o primeiro a esquerda no começo da carreira no Corinthians.
FTT: Você teve alguma referência como goleiro?
RAFAEL:
Espelhei-me bastante no Ado. Gostava de vê-lo jogar, era canhoto como
eu e vinha do Paraná. Tinha um goleiro italiano que gostava muito de ver
jogar, que era o Dino Zoff.
FTT: Com quais jogadores você jogou nas Divisões de Base do Corinthians?
RAFAEL:
Joguei com o Nílton, Ojeda, Wladimir, Laércio, Minervino e o Cândido.
Eu acho que em termo de jogadores com qualidade técnica, nossa época tivemos
muitos mais frutos em termos de atletas que começaram no Amador do que
hoje. Atualmente pra se revelar um grande jogador é difícil achar. E
quando se consegue, já está nas mãos de algum empresário.
FTT: Você começou a jogar nos Profissionais em 1974. Por sinal, ficou pouco tempo.
RAFAEL:
Pra subir, demorei cinco anos, passando por Juvenil A e B,
Extra-Amador, Aspirante e Profissional. Hoje você vê garotos com 17 anos
já militando entre os Profissionais.
FTT: Depois desta passagem pelo Corinthians, você foi jogar na Ponte Preta.
RAFAEL:
Fui emprestado pra Ponte Preta na troca do Galli e do Mosca. Foi aí que
realmente começou a minha carreira, porque a Ponte foi um grande
celeiro de goleiros, além do Guarani nesta época. Jogar na Ponte Preta
foi uma escola pra mim.
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FTT: O Waldir Peres tinha acabado de ir pro São Paulo.
RAFAEL:
Eu até peguei carona com ele em um corcelzinho azul. Vim de Campinas
pra cá e ele acertando com o São Paulo. Na Ponte Preta já tinha o Moacir
jogando, mas ele estava suspenso à nível jurídico. O Carlos ainda não
tinha começado, porque estava nos Juvenis.
FTT: O que você tem a dizer sobre o grande goleiro Carlos?
RAFAEL:
Grande amigo e companheiro, tanto ele como o Moacir. Vemos-nos até
hoje. Morei de baixo da arquibancada da Ponte Preta quase quatro anos.
Nós falávamos que um dia seríamos grandes e chegaríamos à Seleção
Brasileira. Dos três o único que não chegou foi o Moacir, mas capacidade
e qualidade pra isso ele tinha.
FTT: A Ponte Preta formou uma bela equipe que foi Vice-Campeã Paulista. Como jogava este esquadrão?
RAFAEL:
Jogava por música. A capital do futebol brasileiro passou a ser
Campinas, por causa do Guarani e da Ponte Preta. As duas equipes
sobrevivem até hoje desta rivalidade, como Coritiba e Atlético ou
Botafogo e Comercial. Tem que existir as grandes rivalidades no futebol.
O time da Ponte de 1973 a 1977 não tinha pra ninguém. Não perdemos a
decisão para o Corinthians, mas por coisas extra-futebol. Se fosse pela
bola mesmo, mereceríamos ser Campeões Paulistas.
Ponte Preta x Corinthians 1977 |
FTT: Depois
da passagem pela Ponte Preta, começou uma nova fase no futebol
paranaense, do qual foi o grande momento da sua carreira, iniciando no
Grêmio de Maringá.
RAFAEL:
Eu não ia para o Grêmio de Maringá, pois meu empresário estava me
levando pro Londrina, sendo que não conhecia o Norte do Paraná. A minha
carreira começou ali depois de um acidente que tive, com sete fraturas
no rosto e risco de perder a visão do olho esquerdo. O empresário me
levou para o Norte paranaense e o treinador era o Paulo Leão. Eu ia para
o Londrina e quando chegamos de manhã, ele me disse que era uma cidade
bonita com muitos prédios, sendo que não os vi. Eu perguntei onde
estavam os prédios e me disseram que tinha serração. Quando tomamos o
café no hotel, consegui ver que não era Londrina, mas Maringá. O Paulo
Leão queria ver se eu acertaria por aqui e acabei ficando.
FTT: No Maringá você foi no final dos anos 70. O que tem a dizer desta passagem?
RAFAEL:
Fiquei em Maringá quase quatro anos. Foi o reinício da minha carreira.
Para os médicos de Campinas, eu não jogaria mais futebol, por causa de
um acidente que tive, pois a metade do meu rosto no lado esquerdo é
platina, devido a um choque que tive com o Dario, o Dadá Maravilha. Foi
algo que me marcou bastante, pois diziam que eu ia voltar com medo. Eu
dizia que goleiro não pode ter medo. Corri o risco de ter dupla visão,
de longe vendo dois e de perto ver um. Isso não existe pra goleiro,
tanto é que num jogo no final do ano fomos jogar contra o Taubaté, sendo
que o Muricy estava com a gente, além do Pedro Rocha, Tião e Adão.
Tínhamos um time excelente. Eu estava com 62 pontos no rosto e era noivo
da minha esposa. Larguei o meu carro em frente ao barracão de zinco,
que nem existe mais, na Avenida Ibirapuera. Falei pra ela buscar o
carro, pois quero ver se de longe vou ver dois carros e de perto ver um.
Graças a Deus não ocorreu nada de mais, estourei somente quatro pontos e
tirei aquela dúvida que tinha. Tive na minha carreira sete contusões
dificílimas e saí bem de todas.
A VOLTA PARA O CORINTHIANS
FTT: Depois do Grêmio Maringá você voltou para o Corinthians, pegando o começo da Democracia Corintiana.
RAFAEL:
O que disse a 30 anos atrás, digo novamente hoje, “que a Democracia era
boa pra três”. São coisas que passaram. Se fosse atualmente, ficaria na
minha, pelo que penso no momento. Na época pela idade que tinha, pelo
caráter e por impetuosidade, pois falava as coisas sem medir as
consequências, me prejudiquei um pouco. Hoje pensaria duas vezes, porque
o Corinthians é o meu time de coração, estava onde queria, voltei
porque quis, conseguindo provar o meu valor, mas infelizmente briguei
com as pessoas erradas.
RAFAEL VOLTA AO PARANÁ, DESTA VEZ NO FURACÃO
FTT: Então você saiu do Corinthians, voltou para o Paraná e desta vez pro Atlético.
RAFAEL:
Tinha propostas do Flamengo, Palmeiras e Santos. O Adílson Monteiro
Alves não queria me emprestar pra nenhum desses clubes, alegando que o
meu problema não era físico ou técnico, mas disciplinar. O Palmeiras
queria uma troca com o Gilmar, sendo que depois nos encontramos em 1985,
ele pelo Bangu e eu no Coritiba. Escolhi o Atlético porque me dei muito
bem no Paraná, sendo ídolo e conquistando títulos.
FTT: Justamente nesta época do Atlético jogavam o Assis e o Washington.
RAFAEL:
Era o Casal 20. Eles começaram em 1982. O Hélio Alves foi buscar o
Washington no Internacional e o Assis no interior de São Paulo. Tinha o
Capitão, Nivaldo, Jair Gonçalves e o Roberto Costa. Era um time duro do
goleiro ao ponta-esquerda. Tínhamos dois ou três jogadores pra mesma
posição. De 81 a 85, no Paraná, não tinha pra ninguém. O Atlético foi o
terceiro do Brasil com 70 clubes, somente perdendo para o Flamengo no
Rio de Janeiro e ganhando em Curitiba. Em termos de time e de camisa,
tanto o Atlético como o Coritiba eram fortes na época.
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FTT: O Atlético também tinha um goleiro muito bom, que era o Roberto Costa.
RAFAEL: Jogamos juntos durante três anos. Tinha também o Joceli, que morreu em Santo André.
Rafael Cammarota e Mauricio Sabará segurando o poster com o Atletico PR campeão de 1983.
FTT: Uma passagem muito boa pelo Atlético Paranaense, indo depois para o Coritiba.
RAFAEL:
Neste meio houve uma negociação com a Portuguesa de Desportos,
envolvendo o Jorge Luiz, Nivaldo e eu. Em 1984 era classificatório o
Campeonato Brasileiro, com o Atlético Paranaense não se classificando.
Fomos emprestados pra Portuguesa, sendo que o seu presidente era o
Oswaldo Teixeira Duarte. Chegando aqui em São Paulo tínhamos que ficar
com o mesmo salário do Atlético. Ele disse uma coisa que eu não gostei,
falando que o Atlético do Paraná era um time pequeno e a Portuguesa era
grande. Disse à ele que estava enganado, porque em termos de estado e
time, é um grande time do futebol paranaense e com uma grande torcida.
Se for pra mim ficar com o mesmo salário, eu volto pra Curitiba. Só
ficaram o Jorge Luiz e o Nivaldo. Houve interesse do Hélio Alves e do
Angelino que eu galgasse a minha ida pro Coritiba.
RAFAEL VAI PARA O RIVAL EGANHA O BRASILEIRO
FTT: O
futebol paranaense você conhece como poucos, tendo a felicidade de
participar do Atletiba, jogando em ambos os lados. É um clássico forte
como os demais do futebol brasileiro?
RAFAEL:
Era e é até hoje. Eu acho que em termos de Atlético Paranaense, a
cobrança é bem maior. Você perder um Atletiba, fatalmente no dia
seguinte terá dispensa de jogador e briga. O Atlético é
o Corinthians no Paraná. Tem um Corinthians Paranaense que não dá pra
comparar com o de São Paulo. Já o Coritiba é o Palmeiras. A rivalidade é
muito grande, mas a diferença é que você jogando no Coxa contra o
Atlético é um jogo mais normal, existindo a rivalidade, mas com menos
cobranças. A torcida atleticana cobra mais que a do Coritiba, que é mais
pacífica e entendedora.
FTT: Chega
provavelmente o grande momento da sua carreira, quando é contratado
pelo Coritiba, time do qual foi Campeão Paranaense em 1986 e Brasileiro
no ano de 1985, provavelmente o título mais importante da história do
clube. Como foi a sua passagem pelo Coxa?
RAFAEL: Deixei o meu nome escrito na história. Faço parte do museu do Coritiba. É o maior título do clube e graças a Deus ajudei a
conquistar. Fiz parte de um grupo excelente, uma família e pena que as
grandes festas deles no mês de agosto não vão ter mais, pois quem fazia
veio a falecer. Minha passagem do Atlético para o Coritiba foi
tumultuada, pois em termos de torcidas, não queriam que eu fosse para o
Coxa. Muita gente me dizia que essas saídas de um clube pra outro nunca
deu certo. Lembrei do Zé Roberto, que jogou nos dois, jogando tão bem
como eu. Pra mim é balela, porque joguei 25 anos no futebol. o que joga
não é a camisa, mas a pessoa. Vestia a camisa de outro clube da mesma
forma que vestia a do Atlético, com amor, garra e determinação, honrando
o uniforme que vestia.
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FTT: No
Coritiba você fez parte de um time muito bom, que tinha o goleiro Jairo
que é recordista de partidas pelo Coxa, Lela, Índio e muitos outros.
RAFAEL:
O ataque era formado por Lela, Índio e Edson. Já o meio-de-campo jogava
com Amarildo, Almir e Tóbi. Lá atrás tinha eu, André, Gomes, Heraldo e
Dida. No início o capitão era o Heraldo, sendo depois o Gomes, que era o
único que tinha sido Campeão Brasileiro, pelo Grêmio.
FTT: Neste
Campeonato Brasileiro você foi eleito o melhor goleiro da competição.
Teve uma partida histórica no Mineirão, contra o Atlético Mineiro, nas
semifinais, que você pegou tudo.
RAFAEL:
Foi num domingo, pois decidimos o título numa quarta-feira à noite, no
Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte enfrentamos 75 mil pagantes. Por
coincidência era aniversário do Nelinho, que batia mal na bola
(risos...). Era um Rogério Ceni da época. Nós entramos em campo debaixo
de vaias. Tinha uns 5 mil torcedores do Coritiba. Disse que este
parabéns pra você seria pra nós no final do jogo. Eles tinham certeza
que iriam ganhar. Encontrei com o Reinaldo aqui em São Paulo e ele me
disse que tinha certeza que perderíamos pra eles no Mineirão, se não
fosse eu, sendo que respondi que “se não fosse o time do Coritiba”.
Naturalmente eu trabalhei mais, pois o Coxa mais se defendeu do que
atacou. A força individual do Atlético era superior à do nosso time,
pois sabíamos das nossas limitações, porque o técnico Ênio Andrade
conversava bastante conosco, tínhamos liberdade pra conversar com ele
cara a cara, aprendi muito com o Ênio e que em termos de futebol
entendia bastante.
No video o gol da partida em Curitiba e uma defesa de puro reflexo de Rafael no Mineirão.
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FTT: Foi
0 a 0 no Mineirão, chegando a grande final contra o Bangu, sendo que os
outros times fortes no campeonato eram o Flamengo, Grêmio, Sport e São
Paulo.
RAFAEL:
Em Coritiba ganhamos do Atlético Mineiro por 1 a 0 com o Jairo no gol,
sendo que o único jogo que fiquei de fora por conta do cartão amarelo,
além de uma partida contra o Cruzeiro com o Gérson no meu lugar. O time
jogou 36 partidas e atuei em 34. A equipe do Flamengo tinha Zico, Adílio
e Andrade. Eu sonhei com esses caras antes do jogo. Ganhamos deles no
Maracanã com um gol do Amarildo, sendo que o goleiro deles era o Fillol.
O Coritiba não foi campeão por acaso, pois como o Bangu, penamos pra
chegar à final. E era separado, com os vinte maiores e os vinte maiores.
O Bangu saiu do menor e uniu na final pra saber quem era o campeão do
Brasil. O Flamengo não quis depois jogar com o Sport em Recife.
Rafael ergue a taça de campeão brasileiro de 1985. O titulo mais importante na historia do Coritiba .
FTT: A final do Campeonato Brasileiro foi provavelmente o maior jogo da história do Coritiba e talvez da sua carreira, Rafael.
RAFAEL:
Não posso dizer que foi, pois também fiz grandes partidas em outras
equipes. Fui vice-campeão da primeira Copa do Brasil pelo Sport,
perdendo para o Grêmio na final, em 1989. Só não ganhamos por causa de
erro da arbitragem, o que existe até hoje. Empatamos em 0 a 0 na Ilha e
perdemos por 2 a 1 em Porto Alegre, um resultado contestado. Em termos
de título, o que me marcou bastante foi a conquista do Campeonato
Brasileiro, mas na questão de performance nos outros 14 clubes, sempre
mostrei um bom trabalho, inclusive na Seleção Brasileira.
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FTT: Fale desta final contra o Bangu.
RAFAEL:
Primeiro precisamos passar do Atlético Mineiro. Que foi o nosso grande
trunfo. Pensavam que iríamos chegar a Minas e o Atlético iria atropelar,
pois já estava bom demais para o Coritiba. Mas conseguimos segurar os 0
a 0, sendo que já tínhamos vencido por 1 a 0 em Curitiba. Ficamos até
terça-feira em Belo Horizonte, nos concentrando na Toca da Raposa. O
Bangu jogava com o Brasil de Pelotas no Maracanã, ganhando por 3 a 1.
Nós empatamos com jogadores de nível de Seleção Brasileira. Eles
contavam que o Coritiba seria uma presa fácil dentro do Maracanã. Não
era só a torcida do Bangu, mas do Rio de Janeiro contra o Coxa.
Torcedores nossos eram somente 10 mil, mas tinha mais de 2 milhões e
meio em Curitiba torcendo pra gente. Eu acho que o estado todo naquela
noite torceu pra nós, porque era o Paraná contra o Rio. Foi um grande
jogo. Saímos do hotel Copacabana Plaza as 5 horas da tarde. Eu ainda
brinquei com o Senhor Ênio, dizendo que “o jogo era às 21h40min, tendo
que sair agora”! Ele falou que eu iria ver o trânsito que iríamos pegar.
Chegamos no estádio às 8 horas da noite. O Bangu chegou às 21:35, tendo
que os jogadores dele sair do ônibus e ir a pé para o Maracanã.
Entramos em campo e ficamos esperando 35 minutos por eles, tanto é que o
jogo acabou à 1 e meia da manhã. Foi um sufoco geral, com o Coritiba
mais marcando do que jogando. O intuito mesmo era levar para os pênaltis
e levamos. A equipe do Bangu teve muito mais volume de jogo. O Ênio
armou o time pra tentar ganhar em esporádicos contra-ataques com o Lela,
Edson e Índio. Fica difícil, porque o Bangu em termos individuais tinha
grande s jogadores.
Rafael salvando o Coritiba na finalissima contra o Bangu no Maracanã.
FTT: O
Coritiba foi Campeão Brasileiro e você foi escolhido como o melhor
goleiro da competição. Chega 1986 e no final deste ano é convocado pra
Seleção Brasileira que se classifica para o Panamericano de 87.
RAFAEL:
Fui convocado para a principal, mas não pude me apresentar. É uma
história engraçada. Fizeram um jogo amistoso entre Coritiba e Atlético,
que era pra dar a maior renda do estado, com o Campeão Brasileiro e o
Paranaense. Iríamos entregar a faixa de Campeão Paranaense pra eles
e receberíamos a de Campeão Brasileiro deles. Só que esqueceram que a
rivalidade é grande e choveu o dia inteiro. Eles esperavam que ia dar
uma renda estrondosa , mas deu 2 mil pagantes. O que eu implorei pra não
ter aquele jogo, pra marcar outra data, mas
eles
queriam jogar. No gol do Atlético, o Dé estava impedido, com todo o
mundo correndo pra cima do bandeira. Se não me engano, expulsaram o
Gomes e depois teve o cai cai, comigo participando. E quando cheguei em
casa, minha esposa disse que perdi a Seleção Brasileira, pois eu sabia
que seria convocado , porque o Telê Santana havia dito, sendo que os
goleiros eram o Carlos, eu, Paulo Vítor e Gilmar (Bangu). Estava
suspenso a nível estadual, mas jogava a Libertadores. A nível de Seleção
Brasileira, se você for convocado, servirá o seu país. Uma coisa
regional não pode impedir algo nacional. O Telê disse que não foi por
motivo técnico ou físico, mas jurídico. Acabei não sendo convocado e no
meu lugar entrou o Leão, que foi a última Copa do Mundo dele, reclamando
depois por ser o terceiro goleiro. Em vez de ser
o Gilmar do Bangu convocado, foi o do São Paulo, que depois acabou
sendo cortado. Acabei convocado para o Pré-Olímpico. A convocação pra
Copa foi na sexta-feira e na segunda eu fui absolvido. Convocaram-me
para o Pré-Olímpico, jogando com Dunga e Dida. Eu era o vovô deles.
Nosso treinador era o Jair Pereira e fizemos uma grande campanha no
Chile.
Rafael e suas diversas faixas de campeão nos times paranaenses: Gremio Maringá, Atletico e Coritiba
Mauricio Sabará e rafael Cammarota com um poster do goleiro nos tempos de Coritiba.
FTT: Você sonhava em ir pra Copa do Mundo de 1990?
RAFAEL:
Sonhava e tinha condições, pois ainda estava bem. Mas a grande chance
que tive foi em 1985, mas por causa de um Atletiba, fiquei de fora. Hoje
você sendo Campeão Brasileiro se tem grandes pretensões. O Coritiba foi
campeão sem gastar um tostão, porque a premiação que nos foi prometida
não foi paga. Eu não tenho medalha de Campeão Brasileiro. O Evangelino,
que Deus o tenha em bom lugar, teve a brilhante idéia de vender as
nossas medalhas para os sócios do Coritiba. E na festa que teve em
Coritiba eu falei para que nos devolvessem estas medalhas, pois elas nos
pertencem. Não existe você não ganhar a medalha. Aquela euforia que
estava no Maracanã, queríamos pegar o troféu e fazer a festa, porque as
luzes foram apagadas, deixando apenas uma torre acesa. Não houve nem
entrega de faixas. Deram o troféu em nossas mãos e tchau. Estávamos com o
ordenado atrasado. Hoje é diferente. Naquela época era normal atrasar o
pagamento. Achavam que atrasando, o cara jogava mais. Pelo contrário,
isso atrapalha o atleta dentro do campo, porque ele tem água, luz,
telefone e família pra sustentar. Naquela época se usava esta tática,
atrasar o pagamento, que ele joga.
FTT: Depois do Coritiba você jogou também pelo Sport.
RAFAEL:
Disputei a Taça do Nordeste, que ganhamos. Aí veio a Copa do Brasil,
onde o Sport chegou à final contra o Grêmio, em 1989. O juiz Aragão nos
prejudicou. Empatamos em 0 a 0 na Ilha, com muitos erros de arbitragem
no meu modo de entender. Lá em Porto Alegre, a coisa pegou, porque o
Olímpico estava lotado, com o Mazzarópi fazendo gol contra após um
cruzamento de bola, jogando ela pra dentro do gol. O Grêmio empatou. E o
segundo gol foi feito pelo Cuca, em uma falta que não existiu. Cobraram
ela rapidamente, com o Cuca entrando e fazendo o gol. Este jogo foi no
domingo e na quarta-feira jogamos contra eles pelo Campeonato
Brasileiro, ganhando de 2 a 0 do Grêmio no Olímpico, com eles gozando a
gente dizendo que não valia mais nada. Mas o verdadeiro campeão, na
minha opinião, deveria ser o Sport, por tudo aquilo que fizemos na primeira Copa do Brasil.
O time do Sport Recife , vice campeão da Copa do Brasil 1989
.
FTT: Pra finalizar, eu vou falar do grande clube da sua carreira, que foi o Coritiba, que acabou de ser Campeão Paranaense neste ano de 2011, sendo que está mais de 20 partidas só ganhando.
Rafael salvando mais uma na final contra o Grêmio |
FTT: Depois do Sport você jogou em quais clubes?
RAFAEL:
Joguei em 13 clubes. Voltei para o Atlético Paranaense em 1991, que
estava na Segunda Divisão e subimos pra Primeira. Retornei ao Coritiba
em 92, da mesma forma, voltando também pra Divisão Principal. Aí vim
para o Santo André. Estive no São José entre 1988 e 1989, sendo
Vice-Campeão Paulista perdendo duas finais para o São Paulo, sendo que
tenho muitas saudades do time da Águia do Vale. Joguei também no
Fortaleza, Ferroviária, Paulista de Jundiaí e meu último clube foi o
Brasil de Pelotas, com 40 pra 41 anos, em 1995. Aí quis parar. Comecei a
minha nova carreira em uma Escolinha de Futebol, virei treinador de
goleiros e em 2006 me firmei como técnico de futebol.
FTT: Por sinal você teve uma passagem famosa pelo Atlético Catarinense.
RAFAEL:
Fui pro Atlético através de um convite do Teodoro, que era empresário
de futebol, empresariando atualmente somente cantores sertanejos. Fiz
uma boa campanha na Barbarense, onde fiquei um ano e meio. Me transferi
para o União de Mogi e depois para o Atlético Catarinense, onde fiz uma
boa campanha de 6 jogos, tínhamos que ganhar 5 pra ir à final, sendo que
perdemos a classificação para o Tubarão, que subiu pra Primeira Divisão
e permanecemos na Segunda.
FTT: Pra finalizar, eu vou falar do grande clube da sua carreira, que foi o Coritiba, que acabou de ser Campeão Paranaense neste ano de 2011, sendo que está mais de 20 partidas só ganhando.
RAFAEL:
Fez 22. Eu disse em uma rádio de Curitiba, que é um mérito muito
grande, mas não dá pra fazer comparações. O time de 1971 a 1976, no
Paraná, não tinha pra ninguém. De 85 a 89 também foi um grande time.
Cada um na sua época. Não deixamos de aclamar o que o Coritiba fez neste
ano, pois é o mesmo time que havia caído em 2009. Foi um time montado
pelo Nei e espero que no Brasileirão tenha a mesma performance e iremos
agora equiparar com o Palmeiras em termos de Copa do Brasil, acredito
que será um grande jogo, espero que vença e vá as finais. Se um time
conseguiu tantas partidas invictas, foi campeão, chegou a hora de
mostrar que é grande.
REPORTAGEM: Maurício Sabará Markiewicz.
FOTOS: Estela Mendes Ribeiro.
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RHUMELL, 2005: A CAMISA QUE ERA PRA SER E NÃO FOI
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Era o ano de 2005. O Bahia terminava uma duradoura parceria com a Penalty, fornecedora nacional que fazia as camisas do time desde 95. Parceria essa que, apesar de vitoriosa nos seus bons tempos, terminava de maneira decadente e vexatória, com uniformes pouco inspirados e verdadeiros "molambos" em campo, já que o contrato tinha terminado no fim de 2004 e o time estreou em 2005 ainda sem uma nova fornecedora, obrigando a equipe a jogar suas primeiras partidas com camisas remendadas do ano anterior. Essa história nós já contamos num post de dezembro de 2009, quando da chegada da multinacional italiana Diadora.
Nesse meio tempo, o Bahia negociava com outra empresa nacional, a Rhumell, que já tinha fornecido uniformes ao Bahia nos idos de 95 (coincidentemente, antes da entrada da Penalty).
A negociação parecia ter tudo pra dar certo e finalmente o Bahia teria roupa nova para jogar o ano de 2005. Inclusive, as camisas e todo o material de apoio (camisas de treino, concentração, etc) já estavam prontos e o clube até já havia recebido um grande lote para uso dos jogadores. Porém, inexplicavelmente (ao menos para nós torcedores), o clube romperia unilateralmente o contrato, conforme nota veiculada no site oficial do clube, onde dizia que o Bahia achou por bem não prosseguir com as negociações. A decisão parece ter sido acertada, pois àquela altura a Rhumell, já praticamente falida, respondia a vários processos e intervenções judiciais, o que a curto e médio prazo poderia vir a trazer problemas para o Tricolor. Nos bastidores, dizia-se que a empresa errou o tom de azul do escudo; por outro lado, também especulava-se que o motivador da rescisão era mesmo financeiro, pois os valores do contrato não eram satisfatórios e o clube teria achado coisa melhor (leia-se Diadora). Mas tudo isso não passava de especulação e boatos.
O fato é que, como já foi dito, muitas camisas já tinha sido fabricadas. O que fazer com esse lote? O jeito foi "queimar" o estoque no comércio local. As tradicionais lojas de material esportivo da Rua do Corpo Santo, no Comércio, passaram a vender uma camisa nova e inédita, mas que já chegava "morta" ao mercado. Já o Bahia, passou a usar as camisas já recebidas como moeda de troca, pagando a pequenos prestadores de serviço do Fazendão com os natimortos uniformes.
Falando da camisa em si, a branca era simples porém bonita; punhos e barra azul, e uma gola em azul e vermelho davam o tom da camisa, que estampava o famigerado patrocínio Muriel; já a listrada, era semelhante à camisa atual da Lotto, só que com as mangas vermelhas ao invés de azul; porém, esta tinha um gosto duvidoso, principalmente por conta da elipse que continha o logotipo da Muriel. Ambas tinham o mesmo corte, incluindo uma espécie de manga "raglan", que descia da gola até as axilas.
Enfim, não sei se caso esta camisa fosse lançada, agradaria a todos. Hoje, pensando melhor e analisando as camisas e a situação em que o time se encontrava à época, talvez devamos agradecer pelo Bahia não ter fechado o contrato com a Rhumell.
Era o ano de 2005. O Bahia terminava uma duradoura parceria com a Penalty, fornecedora nacional que fazia as camisas do time desde 95. Parceria essa que, apesar de vitoriosa nos seus bons tempos, terminava de maneira decadente e vexatória, com uniformes pouco inspirados e verdadeiros "molambos" em campo, já que o contrato tinha terminado no fim de 2004 e o time estreou em 2005 ainda sem uma nova fornecedora, obrigando a equipe a jogar suas primeiras partidas com camisas remendadas do ano anterior. Essa história nós já contamos num post de dezembro de 2009, quando da chegada da multinacional italiana Diadora.
Nesse meio tempo, o Bahia negociava com outra empresa nacional, a Rhumell, que já tinha fornecido uniformes ao Bahia nos idos de 95 (coincidentemente, antes da entrada da Penalty).
A negociação parecia ter tudo pra dar certo e finalmente o Bahia teria roupa nova para jogar o ano de 2005. Inclusive, as camisas e todo o material de apoio (camisas de treino, concentração, etc) já estavam prontos e o clube até já havia recebido um grande lote para uso dos jogadores. Porém, inexplicavelmente (ao menos para nós torcedores), o clube romperia unilateralmente o contrato, conforme nota veiculada no site oficial do clube, onde dizia que o Bahia achou por bem não prosseguir com as negociações. A decisão parece ter sido acertada, pois àquela altura a Rhumell, já praticamente falida, respondia a vários processos e intervenções judiciais, o que a curto e médio prazo poderia vir a trazer problemas para o Tricolor. Nos bastidores, dizia-se que a empresa errou o tom de azul do escudo; por outro lado, também especulava-se que o motivador da rescisão era mesmo financeiro, pois os valores do contrato não eram satisfatórios e o clube teria achado coisa melhor (leia-se Diadora). Mas tudo isso não passava de especulação e boatos.
O fato é que, como já foi dito, muitas camisas já tinha sido fabricadas. O que fazer com esse lote? O jeito foi "queimar" o estoque no comércio local. As tradicionais lojas de material esportivo da Rua do Corpo Santo, no Comércio, passaram a vender uma camisa nova e inédita, mas que já chegava "morta" ao mercado. Já o Bahia, passou a usar as camisas já recebidas como moeda de troca, pagando a pequenos prestadores de serviço do Fazendão com os natimortos uniformes.
Falando da camisa em si, a branca era simples porém bonita; punhos e barra azul, e uma gola em azul e vermelho davam o tom da camisa, que estampava o famigerado patrocínio Muriel; já a listrada, era semelhante à camisa atual da Lotto, só que com as mangas vermelhas ao invés de azul; porém, esta tinha um gosto duvidoso, principalmente por conta da elipse que continha o logotipo da Muriel. Ambas tinham o mesmo corte, incluindo uma espécie de manga "raglan", que descia da gola até as axilas.
Enfim, não sei se caso esta camisa fosse lançada, agradaria a todos. Hoje, pensando melhor e analisando as camisas e a situação em que o time se encontrava à época, talvez devamos agradecer pelo Bahia não ter fechado o contrato com a Rhumell.
CAMISA RETRÔ 1994
Seguindo
o planejamento de lançar camisas alusivas a momentos históricos
protagonizados pelo Tricolor de Aço, a Lotto presenteou a sua torcida no
dia 20/02/2001, justamente num BA-vi, com a reedição de um uniforme
marcante e, de alguma forma, pitoresco: a famosa camisa de Raudinei. O
padrão usado na época, fabricado pela Proonze, não era uma inovação.
Gola pólo branca, ausência de punhos, listras verticais azuis e
vermelhas bem largas intercaladas por estreitas listras brancas. Parecia
uma novidade, mas para os mais atentos ou para os aficionados pela
historia das camisas do Bahia era uma lembrança de outro padrão já usado time no ano de 69. Com aquela camisa, o zagueiro Nildo "Birro Doido" salvou, em plena Fonte Nova,
o que teria sido o milésimo gol de Pele. O curioso é que no filme "Pelé
Eterno", o protagonista cita um fato que não existiu, segundo as
milhares de pessoas presentes ao estádio naquela tarde de domingo: que o
zagueiro tricolor teria sido vaiado após salvar o gol sofrido dias mais
tarde pelo argentino Andrada no Maracanã... curioso o Sr. Edson Arantes
do Nascimento "criar" essa fantasia e reproduzí-la ate hoje...
Camisa usada em 69, no jogo contra o Santos, que seria o do 1000° gol de Pelé (fotos: Flog do Bahia)
Mas
voltemos a 1994. Novamente, numa tarde de domingo, decidia-se o
campeonato baiano daquele ano. Depois de perder os dois primeiros turnos
para Camaçari e Vitória, o Bahia contrata o então pouco conhecido
treinador Joel Santana, que, numa virada sensacional, vence o terceiro e
quarto turnos. No quadrangular final, apos acirrada disputa, só Bahia e
seu eterno rival têm chance de erguer a taça e o Bahia, por ter um
ponto a mais, joga pelo empate. O primeiro tempo termina 1 x 0 para o
adversário e a torcida tricolor vê o titulo que tinha quase nas mãos se
esvair... seria um desperdício, depois da revolução promovida pelo hoje
internacional "Papai Joel". Eis que aos 46 minutos do segundo tempo,
depois de um chutão vindo da defesa, passado meio perdida pela cabeça de
um, pelo pé de outro, a bola encontra o pé esquerdo de Raudinei que,
infiltrado entre os zagueiros, manda para a rede de Roger! A torcida do
Bahia, que ameaçava ir embora, explode em êxtase, enquanto que a torcida
do rubro nego de Canabrava debanda cabisbaixa!
Quis
o destino, ou o marketing do Tricolor, que a camisa que rememorava este
jogo fosse usada justamente num BA - Vi. Com a presença do "pé quente"
Raudinei no estádio de Pituaçu, triunfo do Bahia por 2 x 0. Uma
curiosidade: em 1994, alem de ter perdido os dois primeiros turnos, o
Bahia tomou duas goleadas do time de Canabrava, tendo sido usada como
"bode expiatório" a camisa branca da época, sendo "aposentada". Naquele
ano, em todos os demais encontros com o rubro negro, ambos entraram com
camisas escuras: o Bahia de tricolor e o outro de vermelho e preto,
gerando alguma confusão visual. Desta vez, prevaleceu o bom senso o
adversário vestiu branco. Deu azar????
Quanto
ao uniforme em si, ficou muito bonito, idêntico ao original, só que com
tecido mais leve característico dos uniformes atuais. Chama atenção,
que como o padrão feito pela fornecedora de 1994, o calção fugia do
tradicional azul royal e aparecia em azul marinho com uma faixa
horizontal branca, fazendo um bom contraste com a camisa que manteve o
tom de azul corriqueiro. Até ao fonte utilizada nas numerações ficou bem
semelhante à numeração usada pela Proonze à época.
Como
ressalva, apenas a cor do logotipo da Lotto, que poderia ser branco
mesmo, já que a original de 94 usava logotipo da fornecedora nesta cor.
Não que o dourado não tenha caído bem, mas essa cor foi usada na camisa
retrô de 1936 porque a original da ápoca não tinha, por razões óbvias,
nenhuma marca de fabricante; porém, nessa, dava pra ser branco. Outra
coisa: poderia ter ali um patrocínio da OAS escrito numa fonte "cursiva"
semelhante ao logo da Coca-Cola... aí, sim, a camisa ficaria
perfeita!!! Mas são detalhes mínimos que, de forma alguma, tiram a
beleza desta peça.
Na
nossa modéstia opinião, um dos maiores acertos da historia recente das
camisa do Tricolor, que infelizmente, está fadada a ser usada apenas em
um jogo. Ponto para a Lotto que conseguiu seguir fielmente o original,
dando um toque de personalidade e modernidade. A camisa repercutiu
positivamente mesmo entre não-torcedores do Bahia, e entre
colecionadores de camisas de futebol de um modo geral. Veja a
repercussão no blog "Minhas Camisas", o maior site brasileiro sobre
camisas de futebol, clicando aqui.
Não
posso deixar de citar, modéstia à parte, que eu e Arilde tivemos nossa
humilde participação na concepção dessa camisa, já que a nossa
consultoria com dados e fotos serviram de inspiração para a atual
fornecedora do uniforme do Tricolor de Aço.
Camisas em ação no Bahia 2x0 Vitória em 20/02/2011
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