O Craque disse e eu anotei - BASILIO
O
Basílio eu conhecia pessoalmente quando ele participou de uma homenagem
também feita ao Marcelinho Carioca, por intermédio do jornalista Celso
Unzelte. Mas nunca havia conversado com ele. Através da apresentação do
meu amigo Jayme, pude conversar com ele e ficamos de marcar uma
entrevista. Basílio é presidente da Associação Cooperesportes Craques de
Sempre (http://www.craquesdesempre.com.br/),
que tem como objetivo auxiliar as crianças a se tornarem grandes
cidadãos, passando as suas experiências. Fui muito bem recebido pelo
herói do Corinthians de 1977, me passando com muita emoção e humildade a
sua história. Confiram a matéria
Basilio um herói corintiano.
FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS: Basílio,
fale sobre este título de 1977. O que ele significou pra você? E se
depois da invasão de 76 vocês perceberam que alguma coisa estava mudando
no Corinthians?
BASÍLIO:
Você praticamente já respondeu, depois de 76, naquela invasão que
tivemos no Maracanã, já nos deu um alerta de que estávamos próximos de
alguma coisa e, dentro daquilo que os torcedores e profissionais que
trabalhavam no Corinthians queriam e isso acabou acontecendo até dentro
de uma naturalidade, porque no momento mais difícil que tivemos, após
uma derrota em pleno Pacaembu, onde nossa diretoria chutou até a porta
do vestiário quando entramos lá. Mas nós tínhamos um comandante que
tinha um perfil e tranquilidade e perseverança pra terminarmos um
campeonato com dignidade e, principalmente, com a esperança de nos
classificarmos. E foi isso que acabou acontecendo, pois depois desta
derrota que tivemos para o Guarani, dali pra frente só foi alegria,
buscar aquilo que nos classificaria.
FTT: E este comandante é o saudoso Oswaldo Brandão?
BASÍLIO: Isso, não
tenho palavras que digam sobre esta pessoa maravilhosa, com a sua
comissão técnica, o professor Teixeira, João Avelino, são pessoas de
suma importância que nós tivemos dentro deste grupo. Nós nos
respeitávamos, tinha brigar, não vão pensar que tudo era rosa, existiam
espinhos também, mas tudo dentro de um respeito e uma hierarquia,
daquilo que o Sr. Oswaldo Brandão implantava no projeto que o
Corinthians se dedicou quando o contratou.
FTT: Como foram estas três últimas partidas no Morumbi?
BASÍLIO:
No primeiro jogo eu praticamente exerci uma função totalmente diferente
como lateral, tendo que acompanhar o Odirlei em todos os setores do
campo, sendo que no lado esquerdo o Adãozinho fazia normalmente esta
função. Isso foi também no segundo jogo. No terceiro não, pois depois da
punição do Odirlei, eu tive mais tranquilidade pra poder trabalhar. Mas
na primeira partida ganhamos com um gol de cara do Palhinha, um time
que foi aplicado e determinado, saímos com um resultado favorável, não
falando da equipe da Ponte Preta que, pra mim, “nunca vi um time tão
perfeito como o da Ponte daquela geração”!
Basilio e a homenagem do clube a ele no museu do
Corinthians.
FTT:
Tem aquela injustiça de que a Ponte Preta merecia ser a campeã daquele
ano e não o Corinthians, mas nas vezes que vejo o jogo final, observo
que o Corinthians dominou o terceiro jogo. Acho que aquele título não
tinha como não ser do Corinthians.
BASÍLIO:
Eu falo e repito para as pessoas, porque eu tive o privilégio de
assistir todinho na íntegra, junto com o Dicá e o Tobias, fomos na TV
Bandeirante, assistimos desde a entrada no campo, as entrevistas,
pegamos tudo. O resultado de 1 a 0 foi muito pouco perante o que o
Corinthians jogou, não desmerecendo jamais o time da Ponte, como eu
acabei de citar, um time que nunca vi jogar com tanta perfeição, não só
na defesa, meio-de-campo e ataque. Só que naquela noite existia uma
palavra para nós: superação. E todos nós a colocamos dentro de cada um
que estava aí, dos que estavam no banco e até aqueles que nos estavam
assistindo, então por isso é que nós fomos vitoriosos com méritos,
porque volto a dizer que 1 a 0 foi pouco perante o que o Corinthians
errou de oportunidades e as defesas feitas pelo Carlos. Basilio e Mauricio Sabará
FTT: Citei
o Oswaldo Brandão, citamos alguns jogadores, mas há também o presidente
Vicente Matheus. Qual é a sua lembrança do também saudoso Matheus?
BASÍLIO: Eu
estava deixando o Sr. Vicente por último porque também ia falar. Citei o
que ele fez de ruim, porque eu falo até no filme 23 Anos em 7 Segundos,
pois ele que entrou chutando porta, estava muito revoltado pelo
investimento que fez e o time praticamente buscando ter uma esperança de
classificação acaba perdendo dentro de casa. A diferença aumenta mais
em relação ao primeiro colocado, que era o São Paulo. Jamais vamos
desmerecer a capacidade de um homem íntegro como o Sr. Vicente. Hoje no
futebol está difícil, não vemos o caráter de um homem simples e humilde,
mas que soube como vencer na vida e a sua gestão dentro do Corinthians
como presidente eu os tenho que enaltecer, não somente pelas conquistas
que tivemos com ele, mas daquele homem que também sabia ser rude, que
cobrava na hora certa, mas que também poderia se considerar um Paizão,
pois era uma pessoa maravilhosa, com um lindo coração, principalmente
tendo ao seu lado a Dona Marlene, o seu irmão Isidoro Matheus, Aloísio,
Benê Ramos (auxiliar de preparação física), Sr. Paulo (roupeiro),
Miranda, Rezinho, Sr. Rocco (massagista). É muito gostoso e gratificante
estar fazendo esta matéria e lembrar destas pessoas que fizeram parte
importante desta conquista.
FTT: O que mudou na sua vida depois deste gol?
BASÍLIO:
Olha, depois desta conquista, mudou tudo na minha vida, não somente em
relacionamento com as pessoas, mas em reconhecimento. Eu jamais
imaginaria quando o Lucas Neto na entrevista no vestiário falou pra mim
se eu sabia que iria entrar para a história. Eu jamais tinha idéia desta
dimensão. Brinquei com ele falando do Tio Patinhas e do Fantasma, que
eram os gibis da época, brincando como resposta pra ele. Mas não
imaginava que seria esta dimensão que está sendo, porque vão se
completar 33 anos e o carinho que as pessoas tem comigo, estou sendo
reverenciado pelas pessoas, não somente torcedores do Corinthians, são
também do São Paulo, Palmeiras, Santos e Portuguesa. As pessoas tem
carinho por mim. Eu falo para os meus filhos e netos para que elas
respeitar todo este carinho.
ao Corinthians contra a Ponte Preta.
http://www.youtube.com/watch?v=lGQqPRDMfVA
FTT: Basílio,
você citou uma coisa interessante, que conseguiu entrar para a
história, mas eu já vi em muitas entrevistas suas você comentar que o
Oswaldo Brandão teve uma visão ou um sonho e disse que você seria o
autor do gol do título. Fale sobre esta história.
BASÍLIO: É
assim, como o Zé Maria e eu estávamos em tratamento intensivo, teríamos
que fazer uma avaliação e, na noite que antecedeu isso, conversávamos e
disse para o Zé que agora era a hora da decisão, do filé, roemos todinho
este osso e vamos ficar de fora, mas tenho fé que amanhã vamos
melhorar. Nossa preocupação fica em cima da avaliação que você tem que
fazer pelo preparador físico, pois ele vai exigir de você o máximo. Às
vezes se você não tem uma lesão, acaba até sentindo outra. Mas Deus foi
tão grande que, pela manhã, quando fomos acordados pelo Sr. Oswaldo
Brandão. Por ser kardecista, gostar de ler Alan Kardec, vemos a fé de um
homem que trouxe a maior notícia do mundo. Fico até arrepiado quando
falo, dizendo que não iríamos fazer avaliação, entrarão para o jogo e
não sentirão nada. Você, neguinho (era eu), vai fazer o gol que vai nos
dar o campeonato. Eu ainda falei pra ele, que faça o Tobias de mão na
área adversária, que seja validado e saiamos de lá como campeões,
independentemente de quem fará o gol. Aí você começa a analisar até
quando vai a fé de um ser humano, ele por estar em uma situação difícil,
com problemas familiares, soube separar as coisas e nos dando esta
linda notícia. Nestes dias estava até preocupado, querendo lembrar qual
era o número do meu quarto que dormia, quando este homem nos deu esta
notícia. E vou te dizer mais, logo em seguida no Campeonato Brasileiro,
fui jogar e senti a minha lesão. Fui um predestinado, principalmente com
as palavras de apoio do Sr. Oswaldo Brandão, portanto fico pensando
como este homem era iluminado, pois todas as conquistas que teve, o
carinho dos torcedores de outros times que trabalhou, como o Palmeiras,
São Paulo e fora do Brasil, sempre se dando bem no seu trabalho. Uma
pessoa iluminada e de caráter.
Basilio na Portuguesa contra Mirandinha no Corinthians |
FTT: Como foi a sua chegada no Corinthians em 1975? Sua missão era substituir o Rivellino?
BASÍLIO:
Eu estive duas vezes dentro do Corinthians, conversando com os
diretores, deixando tudo acertado. Os diretores da Portuguesa
descobriram e, sempre em época de Carnaval, acertando o meu contrato e,
quando voltei a treinar, o meu material foi recolhido, que era pra eu me
trocar e ir conversar com o presidente que estava me aguardando, tomava
umas duras, com a condição de ser multado, mas sempre o jogador acaba
chorando e se lamentando, sendo que os dirigentes tinham um coração
maravilhoso, entendiam o meu lado. Mas o Corinthians tentou negociar e
justamente o próprio Rivellino queria que eu fosse pra lá, o que nunca
acabou acontecendo. E nesta em que eu fui contratado, já tinha acertado
um contrato com o Santos. Como o presidente da Portuguesa tinha me
liberado, eu fui conversar com o diretor do Santos, deixando tudo
encaminhado e acertado. À noite em que o meu pai me encontrou e veio
falar comigo, dizendo que eu tinha que conversar com o Sr. Matheus, que
estava me esperando. Respondi à ele que não podia, pois acertei com o
Santos, que o presidente liberou o Xaxá e eu, sendo que da minha parte
está tudo acertado e já estou com o cheque. Então o meu pai disse pra eu
tratar de devolvê-lo, porque o Sr. Oswaldo Teixeira Duarte falou que se
eu não acertar com o Corinthians, ele reformaria o contrato com a
Portuguesa. Aí eu fui lá à noite, na casa do Sr. Vicente. O meu
empresário era o meu pai, tinha plena confiança nele, pois jamais iria
fazer algo de errado, me prejudicar, pelo contrário, sempre procurando
ter os pés no chão, entendendo o lado do clube, o meu e da família. Tudo
chegava à um bom senso, acertando o contrato normalmente e, de repente,
foi o que aconteceu, acertei naquela madrugada, sendo que acordei cedo,
tomei a minha ducha, esfriei a cabeça, fui procurar o diretor do
Santos, sendo que ele já sabia e tinha entendido tudo, me desejou boa
sorte e fui me apresentar no Corinthians. Era uma geração gostosa, sendo
que muitos dirigentes deveriam aprender com estas pessoas. Não é
simplesmente pensar no “eu”, pois acho que o clube, a bandeira e a
instituição são maiores do que todos, sendo que de repente eles não vêem
desta forma, pois se tentar prejudicar um atleta, ficará muito feliz,
pois às vezes não tem uma participação no que está sendo distribuído, na
questão de contratação e renovação.
Basilio exibe orgulhoso a sua foto ao lado do presidente corintiano Lula.
FTT: Basílio, sabemos que a sua história bem ligada ao Corinthians mas, como você falou, a Portuguesa deve ser um time que você tem um carinho muito grande. Fale também deste período.
BASÍLIO: Joguei quase dez anos na Portuguesa. Era o clube que mais revelava jogadores e tive lá a minha grande oportunidade. Se eu pudesse atualmente trabalhar como dirigente de um clube, ou até do próprio Corinthians, gostaria de trazer algumas coisas que eu passei, como conhecer a família do atleta, passar à ela sobre o que ele iria fazer no futuro. Eu sempre fui recebido com o maior carinho, os dirigentes da Portuguesa foram à minha casa, viram que eu me destacava nas categorias de Base, acertaram um contrato de gaveta (próprio da época), perguntavam ao meu pai se morávamos de aluguel, se tínhamos terreno, uma casa ou moradia para nós. Então, diante daquele contrato que acabava de assinar, aquelas pequenas luvas que tinha, eles me orientaram para colocar o dinheiro em uma poupança, ou juntar um pouco mais para dar de entrada em um apartamento ou uma casa. Eles orientavam o atleta, não era só dinheirinho entrar e ir para uma loja comprar um carro importado. Muito pelo contrário, fui orientado a me basear por aquilo que eu tinha, pois os meus pais sempre se sacrificaram pra poder ajudar meu irmão, minha Irmã e eu, com colégios pagos, todas as dificuldades, mas os dirigentes diziam que teríamos todas as condições e privilégios para acomodar a nossa família. E hoje posso estar passando pra vocês sobre aquilo que o garoto se inicia atualmente, para não pensar na Europa, mas primeiramente vencer aqui, pra depois ter a sua independência financeira. Não pense lá na frente, mas no momento, aproveitando a vitrine que o clube está dando, independente qual seja, pois ele te abriu as portas, te dando este espaço, aproveite com todo o carinho, sendo que a Portuguesa era desta forma.
FTT: E o título de 79 do Corinthians?
BASÍLIO: Foi um título bacana, porque a inteligência do Sr. Vicente Matheus em paralisar um campeonato, pois se naquele momento fôssemos à uma final contra o Palmeiras, acho que não atingiríamos nossos objetivos, porque eles estavam em um momento maravilhoso. Aí o homem se aproveitou de uma situação, paralisou o campeonato, enquanto que o Palmeiras foi para as férias, nós continuamos treinando, voltando antecipadamente, nos levando a classificar e decidimos novamente com a Ponte Preta e mais uma vez fomos campeões. De 77 pra cá tudo se transformou. Foi um renascimento e uma esperança para o Corinthians, parece que o próprio clube teve um ensinamento, as coisas precisariam ser feitas dentro de um planejamento, o clube cresceu, vieram ótimas contratações, o torcedor respondendo nas arquibancadas. O Corinthians desta forma é desta forma, pois quando vamos falar este nome que é muito forte, a sensibilidade que eu tenho à ele mexe muito comigo e com os meus familiares.
FTT: Por que você saiu do Corinthians?
BASÍLIO: Eu saí do Corinthians em 1981 porque estava havendo uma reformulação e aqueles que haviam tido algumas conquistas e já não faziam parte daquele projeto. O clube estava certo, tem que ser ambicioso pois “rei morto, rei posto”, tinha novidades e contratou excelentes jogadores que chamavam a atenção. Como disse antes, de lá pra cá tudo se transformou de uma maneira positiva, de 1977 a 2010 o número de conquistas foi muito grande.
FTT: O que você achou do Corinthians na Libertadores em 2010
BASÍLIO:
Foi uma pena e grande lamentação que eu tenho. Não adiantou procurar
culpados, porque se formos analisar friamente, caso tenham havido erros,
foram por parte do Corinthians, pois o planejamento foi bom, só que na
prática deixaram de observar que estavam vindo coisas das quais sabíamos
que não iriam se identificar com a camisa do Corinthians, o que acabou
acontecendo. Mas eu tenho certeza que vai se classificar novamente na
Libertadores, que é o sonho de todos nós corintianos.
Maurício, só tenho a agradecer à
esta entrevista, pois me emociono muito quando falo do Corinthians, me
inflamo porque é coisa do nosso coração. Fico feliz por estar fazendo
esta matéria com você e obrigado por sua paciência. O mais importante é
poder passar o que vivemos na história. Eu sou sempre acostumado a falar
que o Corinthians depois de 77 teve várias gerações, a Democracia
Corintiana com o Sócrates, o Xodó Neto como nosso primeiro
Brasileirão,
depois tivemos todas as conquistas por intermédio do Marcelinho que
cansou de ganhar títulos e agora o Ronaldo Fenômeno que com pouco tempo
também faz parte desta história. E gostaria que tudo isso fosse
preservado com o maior carinho.
REPORTAGEM: Maurício Sabará Markiewicz.
FOTOS: Estela Mendes Ribeiro.
Encontros eternizados - FAGNER, SOCRATES E TELE
Encontro histórico entre o cantor Fagner , Socrates e
o tecnico Tele Santana. A seleção brasileira se apresentaría
em Fortaleza e em um treino recebeu a visita do cantor
cearense que fazia grande sucesso na época.
O Brasil acabaría vencendo este amistoso contra o Uruguai
realizado no estadio Castelão em 27.09.1980 pelo placar de 1x0.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Propaganda 1966 - Gillete
Propaganda das laminas de barbear Gillette
com o time do Cruzeiro em 1966. O time era
a sensação do momento no Brasil pois acabava
de ganhar a Taça Brasil desbancando o poderoso
time do Santos que até então era o penta campeão
brasileiro.
E venceu jogando muito com uma goleada por 6x2
em Belo Horizonte e 3x2 em São Paulo.
Um time formado por jovens jogadores onde a maior
estrela era o craque Tostão então com 19 anos.
Esquadrão Inesquecivel - NAUTICO 1967/68
Vice campeão brasileiro em 1967.
No
início dos anos 60 o Náutico sobrou em Pernambuco. A equipe foi
hexacampeã sem adversários no Estado. O time era tão bom que os
jogadores foram chamados de "Os Intocáveis". Até hoje nenhum outro time
pernambucano conseguiu repetir a façanha dos alvirrubros. Não era para
menos. Craques como Bita, Lala, Elói e Nado eram praticamente deuses da
torcida.
Durante esse período, despontou o maior artilheiro do clube em todos os tempos, Bita. Sílvio Tasso Lassalvia, o Bita foi artilheiro do pernambucano três vezes (entre 64 e 66) e comandou o “ataque das 4 letras”, ao lado de Nado, Nino e Lala. No total, marcou 221 gols em 319 partidas com a camisa vermelha e branca. A equipe jogava por musica. Conquistou ainda o tri-campeonato da Copa Norte , foi vice-campeão da Taça Brasil em 1967 e campeão estadual invicto em 1964 e 1967. Em 1966, venceu o Sport Recife na final do estadual por sonoros 5 a 1. A maior goleada registrada em uma final pernambucana.
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão e Ivã; Miruca, Ladeira, Nino e Lalá. Técnico: Duque
Finais:
CNC: Lula; Fernando, Mauro, Fraga e Clóvis; Ivã e Salomão (Paulo Alves); Miruca, Ladeira, Nino e Lalá.Ténico: Duque.
Durante esse período, despontou o maior artilheiro do clube em todos os tempos, Bita. Sílvio Tasso Lassalvia, o Bita foi artilheiro do pernambucano três vezes (entre 64 e 66) e comandou o “ataque das 4 letras”, ao lado de Nado, Nino e Lala. No total, marcou 221 gols em 319 partidas com a camisa vermelha e branca. A equipe jogava por musica. Conquistou ainda o tri-campeonato da Copa Norte , foi vice-campeão da Taça Brasil em 1967 e campeão estadual invicto em 1964 e 1967. Em 1966, venceu o Sport Recife na final do estadual por sonoros 5 a 1. A maior goleada registrada em uma final pernambucana.
Bita é até hoje o maior artilheiro do Náutico.
Artilheiro do Campeonato Pernambucano
Artilheiro do Campeonato Pernambucano
1964 (24 gols), 1965 (22 gols) e 1966 (20 gols).
Artilheiro Taça Brasil em 1965 e 1966, com 9 e
10 gols respectivamente
A TAÇA BRASIL 67
O
Nautico somente disputou a fase norte contra o America CE e venceu o
dois jogos ganhando o direito de entrar na edição nacional da Taça
Brasil. Pegou então nas quartas de finais o Atletico Mineiro que já
formava o time que viria a ser campeão brasileiro 4 anos depois, em 71.
Neste time atuavam Humberto Monteiro, Grapete, Vanderlei Paiva, Tião,
Lola e Buião. Pois o Alvirubro não tomou conhecimento e eliminou o Galo
Carijó.
Fase Nordeste :Final: América-CE 0-1 Nautico ; Náutico 1x0 America-CE
Quartas de finais :
22/11
Náutico 3x0 Atlético Mineiro
Local: Ilha do Retiro - Recife (PE)
Renda: NCr$ 39.490,00
Público: calculado em 14.400
Renda: NCr$ 39.490,00
Público: calculado em 14.400
Juiz: Romualdo Arpi FilhoGols: Ladeira, Salomão e Bita (CNC)
CNC: Lula (Valter Serafim); Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Ivã e Salomão; Miruca, Bita, Ladeira e Lalá.Técnico: Duque
CAM:
Luisinho; Humberto, Edmar, Dilsinho e Varlei; Mário eSantana; Willian,
Beto (Lola), Bianchini e Pelado.Técnico: DequinhaObs: Atlético atuou com
time misto.
29/11
Atlético Mineiro 2x0 Náutico
Local: Mineirão - Belo Horizonte (MG)
Renda: NCr$ 63.440,00
Público: 23.327
Juiz: Almicar Ferreira
Gols: Amaury e Mauro (contra) (CAM)
CAM: Hélio;Canindé, Grapete, Dilsinho e Décio; Vanderlei e Adilsom (Amauri); Buião, Laci, Ronaldo e Tião.Técnico: Freitas Solich
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Ivã e Salomão; Miruca, Bita, ladeira e Lalá. Técnico: Duque
01/12
Atlético Mineiro 2x2 Náutico (Prorrogação: 0x0)
Local: Mineirão - Belo Horizonte (MG)
Renda: NCr$ 82.440,00
Público: 31.714
Juiz: Ethel Rodrigues
Gols: Amaury e Buião (CAM) – Miruca e Nino (CNC)
CAM: Hélio; Canindé, Dilsinho, Grapete e Décio (Varlei); Vanderlei e Amauri; Buião, Lola, Laci e Tião.Técnico: Freitas Solich.
CNC: Lula, Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Paulo Choico (Salomão) e Ivã; miruca, Nino, ladeira e Lalá.Técnico: Duque
Obs: Helio defendeu um pênalti, e na prorrogação o Naútico bateu um outro pênalti na trave...
Semifinais:
Nas
semifinais o Nautico pegou simplesmente o campeão do ano anterior, o
Cruzeiro de Tostão, Natal, Piazza e cia. O time mineiro que havia
encantado o pais ao vencer o Santos de Pelé por 6x2 até que começou bem a
serie , vencendo a primeira partida no Mineirão por 2x1 num jogo muito
disputado. Porem na egunda partida em Recife , Miruca e Lalá estavam
impossíveis e ajudaram o Timbu a conseguir uma vitória por 3x0 com
relativa facilidade.Na terceira e decisiva partida o Náutico segurou o
empate e pelo saldo de gols ganhou o direito a disputar a finalissima. O
adversário seria o Palmeiras que nas semifinais eliminou o Grêmio.
06/12
Cruzeiro 2x1 Náutico
Local: Mineirão - Belo Horizonte (MG)
Renda: NCr$ 92.980,00P
Público: 32.601
Público: 32.601
Juiz: Claudio Magalhães
Gols: Hilton Oliveira 22', Miruca 84' e Natal 85'
CEC:
Raul; Pedro Paulo, Vítor, Procópio e Neco; Wilson Piazza e Dirceu
Lopes; Natal, Tostão, Evaldo (Davi) e Hilton Oliveira.Técnico: Orlando
Fantoni
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão e Ivan; Miruca, Nino (Rafael), Ladeira e Lalá.Técnico: Duque
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão e Ivan; Miruca, Nino (Rafael), Ladeira e Lalá.Técnico: Duque
13/12
Náutico 3x0 Cruzeiro
Local: Ilha do Retiro - Recife (PE)
Renda: NCr$ 107.848,00
Público: 38.074
Juiz: Antônio Viug
Gols: Miruca (p) 17' e 61' e Lalá 30'
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão e Ivã; Miruca, Ladeira, Nino e Lalá. Técnico: Duque
CEC:
Raul; Pedro Paulo, Vitor (Vavá), Procópio e Neco; Wilson Piazza e
Dirceu Lopes; Natal, Zé Carlos, Tostão e Hilton Oliveira.Técnico:
Orlando Fantoni
15/12
Náutico 0x0 Cruzeiro (prorrogação: 0x0)
Local: Ilha do Retiro - Recife (PE)
Renda: Cr$ 89.707,00
Público: 24.200
Juiz: José Mário Vinhas
CNC: Lula; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão e Ivã; Miruca, Ldeira, Nino e Lalá. Técnico: Duque.
CEC:
Raul; Pedro Paulo, Vicente, Procópio e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes;
Natão, Evaldo, Tostão e Hilton.Técnico: Orlando Fantoni
Homenagem no ano do Centenario a este timaço
Finais:
Pentacampeão
pernambucano, o Náutico disputava a primeira final nacional de sua
história contra o Palmeiras, a “Academia”, que já havia conquistado a
outra competição nacional daquele ano (o Torneio Roberto Gomes Pedrosa).
Após uma vitória alviverde na Ilha (3 x 1), e um triunfo timbu no
Pacaembu (2 x 1), a “negra” da Taça Brasil foi disputada no Maracanã,
numa noite chuvosa.A vitória palmeirense por 2 x 0, porém, adiou – até
hoje – o sonho do título nacional do Náutico. Mas não foi suficiente
para apagar uma geração tão brilhante, que seria hexacampeã pernambucana
na temporada seguinte.
20/12
Náutico C 1x3 Palmeiras
Náutico C 1x3 Palmeiras
Local: Ilha do Retiro - Recife (PE)
Renda: Cr$ 91.510,00
Público: 20.000
Juiz: Arnaldo César Coelho.
Público: 20.000
Juiz: Arnaldo César Coelho.
Gols: Nino 17', César 23', Zequinha 37' e Lula 46'
CNC: Lula; Fernando, Mauro, Fraga e Clóvis; Ivã e Salomão (Paulo Alves); Miruca, Ladeira, Nino e Lalá.Ténico: Duque.
SEP:
Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Zequinha;
César, Tupãzinho e Ademir da Guia e Lula.Técnico: Mario Travaglini.
27/12
Palmeiras 1x2 Náutico
Local: Pacaembu - São Paulo (SP)
Renda: Cr$ 98.663,00
Público: calculado em 28.000
Juiz: Arnaldo César Coelho
Gols: Ladeira 8', Nino e Tupãzinho 81'
Expulsões; Servílio e Fraga 31'; Baldochi e Ladeira 62'
SEP:
Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Zequinha;
César, Tupãzinho, Servílio e Lula (Ademir da Guia).Técnico: Mario
Travaglini.
CNC: Lula (Valter); Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivã; Miruca, Ladeira, Nino e Lalá (Limeira).Técnico: Duque.
29/12
Palmeiras 2x0 Náutico
Local: Maracanã - Rio de Janeiro (GB)
Renda: Cr$ 43.537,75Público: 16.577
Juiz: Armando Marques
Gols: César Maluco 7' e Ademir da Guia 79'
SEP:
Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Zequinha;
César, Tupãzinho, Ademir da Guia e Lula.Técnico: Mário Travaglini.
CNC:
Valter; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivã; Miruca, Ladeira
(Paulo Choco), Nino e Lalá SE Palmeiras e C Náutico C classificados para
a Taça Libertadores de América de 1967. SE Palmeiras campeã da Taça
Brasil de 67.
O HEXA É LUXO
Em
21 de julho de 1968, há exatos 38 anos o Náutico conquistou o título
até hoje inédito no futebol de Pernambuco, o HEXA CAMPEONATO. O
campeonato de 1968 foi disputado em três turnos e, o que parecia já
estar ganho, já que o time alvirrubro conquistou os dois primeiros
turnos, se transformou numa grande “dor-de-cabeça” para a nação
alvirrubra. O Sport, no último turno, acabou ganhando um jogo contra a
equipe alvirrubra, tirando do Náutico uma invencibilidade de 35 jogos em
Campeonatos Pernambucanos, num período de um ano e sete meses, levando o
terceiro turno a ser decidido em uma partida extra, que teve como
vitorioso o time rubronegro, pelo placar de 1 a 0, levando o campeonato a
uma melhor-de-três. A primeira, no Eládio de Barros Carvalho, teve como
resultado uma vitória timbu por 1x0, garantida pelo gol de Ramos; a
segunda partida, porém, teve como ganhador o time de Sport, que
derrotou, na Ilha do Retiro, o Náutico por 3 a 2, sendo os gols do time
rubronegro marcados por Valter, Acelino e Zezinho e os do time
alvirrubro por Nino e Ivan.
Miruca substituiu muito bem a Bita e de muito
trabalho a defesa do Sport.
Mas,
a grande decisão, disputada nos Aflitos, levando o estádio a comportar
um dos seus maiores públicos, teve como vitorioso, é claro, o time
alvirrubro. O jogo começou nervoso, tendo, no tempo regulamentar, ficado
no empate de 0 x 0; assim sendo, a decisão ficou para a prorrogação, e,
foi na segunda etapa desta, aos dois minutos, que Ede arrancou pela
esquerda, passou pelos adversários e cruzou a bola para Ramos, que
mandou uma bomba no canto esquerdo do goleiro Miltão, do Sport. Esse foi
o gol que o Náutico precisava para conquistar um dos títulos mais
invejados pelos seus adversários: o HEXA CAMPEONATO. Todos os 68 heróis
do HEXA CAMPEONATO Ao longo dos seis campeonatos conquistados, diversos
jogadores vestiram a camisa do glorioso Clube Náutico Capibaribe. Ivan,
Nino e Clóvis foram os únicos que atuaram em todos os anos das
conquistas.
1963 Valdemar, Lula, Zé Luiz, Gernan,
Zequinha, Evandro, Gilson Costa, Clóvis, Coronel, Salomão, Ivan,
Paulinho, Nado, Bita, China, Rinaldo Miro, Lala, Nino, Dão.
1964
Lula, Sílvio, Nelson, Gernan, Gena, Gilso Costa, Olavo, Rubens Caetano,
Zequinha, Fraga, Clóvis, Toinho, Salomão, Ivan, Rossi, Benedito,
Paulinho, Geraldo, Bita, Coutinho, Nado, Elcy, Nino, Lala, Miro.
1965
Lula, João Adolfo, Joélcio, Gena, Mauro, Zequinha, Gilson Costa, Gilson
Saraiva, Toinho, Clóvis, Cacá, Deda, Pires, Ivan, Didica, Nado, Bita,
Nino, Lala, Elcy, Naldo.
1966 Lula, João Adolfo, Carlos
Viana, Aloísio Linhares, Gena, Breno, Fraga, Mauro, Gilson Saraiva,
Clóvis, Gilson Costa, Toinho, Valdinooho, Didica, Zé Carlos, Ivan,
Naldo, Bita, Nino, Lala, China, Miruca, Aloísio Costa.
1967
Lula, Valter Serafim, Aloísio Linhares, Gena, Valdemir, Mauro, Fraga,
Limeira, Clóvis, Fernando, Zé Carlos, Rafael, Tadeu, Salomão, Ivan,
Miruca, Paulo Choco, Edgar, Nino, Lala, Lulu, Aloísio Costa, Iaponã,
Bita, Ladeira.
1968 Lula, Aloísio Linhares, João Adolfo,
Walter Serafim, Gena, Mauro, Matias, Fraga, Limeira, Clóvis, Toinho,
Fernando, Benedito, Jardel, Rafael, Ivan, Tadeu, Miruca, Roberto,
Jaílson, Nino, Lala, Didica, Tico, Rato, Ramos, Ede, Bita.
sábado, 10 de julho de 2010
Encontros eternizados - LUIS SUAREZ & DI STEFANO
Barcelona x Real Madrid em 1957.
O espanhol Luis Suarez é considerado por muitos
o maior jogador espanhol de todos os tempos. Foi
o vencedor do premio dado pela revista francesa
Balon D'or ao melhor jogador do mundo em 1960.
Já Di Stefano venceu no ano anterior 1959 e 57.
Luis Suarez em 122 partidas pelo Barcelona fez 61
gols numa media de 1 gol a cada duas partidas.
Já o craque argentino Di Stefano fez 486 jogos e
507 gols, uma marca impressionante.
Travaram grandes clássicos entre 1954 a 61.
terça-feira, 6 de julho de 2010
O Craque disse e eu anotei - BADECO
Badeco gentilmente concedeu uma entrevista contando
um pouco da sua brilhante historia.
FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS: O que você tem a falar sobre a sua passagem pela Portuguesa de Desportos?
BADECO:
Foi um momento único na minha carreira de jogador de futebol. Eu vinha
do América do Rio e no começo fui criticado no futebol paulista. Depois
fui me adaptando, até porque eu sou catarinense e tenho que me adaptar
ao que é o futebol. Fomos campeões paulistas divididos com o Santos e,
em 75, fui vice em outra disputa de pênaltis com o São Paulo. Só o fato
de ter um título junto com o Pelé já é muito bom.
FTT:
Esta final de 73 foi muito polêmica. Teve aquele erro nas contagens do
juiz Armando Marques. É um título que você, como grande jogador da
Portuguesa que foi, guarda com muita recordação?
BADECO:
Guardo porque ficou na história. Fatos que acontecem, que você está
presente naquele momento, fui feliz, mesmo sabendo que foi dividido, mas
é um título, tanto que as duas forças se igualavam, mesmo o Santos
tendo alguns talentos individuais melhores, tínhamos também um time
coeso, bom, certinho, saía na hora certa, ficamos invictos no segundo
turno ganhando do Santos por 1 a 0. Neste time tinha o Enéas, Basílio,
Wilsinho, Xaxá e o Cabinho que foi jogar no México. A nossa equipe era
muito boa.
Time campeão em 73:
Em pé: Pescuma, Zecão, Badeco, Isidoro, Calegari e Cardoso;
agachados estão Xaxá, Enéas, Cabinho, Basílio e Wilsinho
FTT: Fale sobre o vice-campeonato paulista de 1975.
BADECO:
Existem muitas facetas no futebol. O São Paulo foi muito inteligente
naquele momento, pois neste jogo que vencíamos por 1 a 0, o Muricy foi
expulso e tínhamos perdido pra eles na quinta. Fomos para a prorrogação,
sendo que o São Paulo alegava outro jogo, que poderia colocar outro
jogador, ficando aqueles quinze minutos naquele discussão,
consequentemente você esfria o corpo e para retornar demora pra você
esquentar o seu corpo. Esta eu considero a grande jogada do São Paulo,
porque naquele momento estávamos melhores.
Em pé: Mendes, Zecão, Badeco, Calegari, Santos e Cardoso
Agachados: Antonio Carlos, Enéas, Tatá, Dicá e Wilsinho
FTT: Sua carreira está muito ligada à Portuguesa. O seu início foi no futebol catarinense?BADECO:
Sou de Joinvile. Comecei no América desta cidade. Meu pai também foi
jogador. Tive grandes momentos lá. Depois fui para o Corinthians, onde
fiquei somente onze meses. Nem dava muito pra jogar, pois na minha
posição de volante jogavam o Dino Sani e o Nair. O grupo era muito bom,
com o Rivellino, Flávio, Ney, Jair Marinho, Maciel, Ditão, Clovis,
Silva, Bataglia e o Gilson Porto. Era um time fenomenal. Mas o Palmeiras
e o Santos eram superiores,
levando o Corinthians a ficar
muito tempo atrás de um título. Eu fui trocado pelo falecido Eduardo
para o América do Rio. O técnico do América era o Evaristo de Macedo e
como já tinham jogado em Joinvile, ele lembrou-se de mim e indicou a
minha contratação.
FTT: Como foi a sua passagem pelo América do Rio?
BADECO: Foi uma passagem boa. Joguei cinco anos lá. Atuei com o Edu, Tadeu Ricci, Alex, Paulo Cesar, Jeremias e Almir Pernambuquinho. Era um excelente time que joguei.
Os quatro primeiros no Rio iam para as finais e nós desbancamos o
Botafogo de Gérson e Jairzinho. Ficamos em terceiro lugar e o Fluminense
em quarto. Houve aquela manobra e colocaram o Botafogo. E no nosso
primeiro jogo os enfrentamos. Nós ficamos chateados, pois tínhamos
vencido eles. Dificilmente ganhávamos deles e perdemos por 1 a 0. O
América tinha um bom time, mas não tinha força. Eram sempre campeões o
Flamengo, Fluminense ou Vasco.
America RJ 1968
Em pé: Rosan, Alex, Badeco, Aldeci, Leon e Djair
Em pé: Rosan, Alex, Badeco, Aldeci, Leon e Djair
Agachados: Bataglia, Almir, Edu, Tadeu e Gilson Porto.
FTT: Achei interessante você citar a Portuguesa e o América, que eram grandes times, vendo que hoje não tem mas esta força.
BADECO:
O meu filho até brincou comigo, dizendo sobre estes times (exceto o
Corinthians). O América de Joinvile nem existe mais. A Portuguesa passa
por aqueles momentos, subindo e descendo. O América do Rio melhorou um
pouco com o Romário. A equipe do Juventude está na terceira divisão. É
triste você ver o time que jogou estar nesta situação. Queiram ou não,
as pessoas te associam àquele clube.
FTT: Badeco, você chegou a jogar pela Seleção Brasileira?
BADECO: Não joguei. Eu
tive a felicidade de estar na despedida do Eusébio e jogar com grandes
jogadores, como Gordon Banks, George Best, Neeskens e Bob Charlton.
Eu quebrei o braço em Recife e perdi a chance de ir pra Seleção
Brasileira em 74, pois estava em grande fase. São coisas da vida e temos
que aceitar os desígnios de Deus.
Quanta fera reunida numa mesma partida
FTT: Você fez parte de uma geração maravilhosa, jogando com grandes jogadores. Houve algum que era mais complicado para enfrentar?
BADECO: Houve uma pessoa que me perguntou quem eu havia marcado. Marquei Pedro Rocha, Ademir da Guia, Rivellino (e olha que ainda não falei do Pelé! Risos...), Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Silva! Acho que fui um bom jogador (risos...), pois marquei todos esses caras! Portanto esta é a análise que eu faço. Mas teve um jogador que tive dificuldades em marcar, que era o Jorge Mendonça. Jogava muito no canto do campo, não era um jogador centrado, te puxava para o lado do campo, me dando trabalho, já que eu era volante.
FTT: Houve algum médio-volante que tenha te inspirado ou aquele que você admirou?
BADECO: Tiveram bastante. Via muitos jogarem. Vi Zequinha e Chinesinho, uma dupla fantástica que acompanhei quando tinha dezesseis anos. Gostei de ver jogar Lorico e Paiva. Eu vim substituir o Lorico na Portuguesa. Admirava muito o Dino Sani e o Nair. Tinham muitos grandes volantes. Cito também o Clodoaldo e o Chicão. As pessoas perguntam se tenho saudades e como seria se eu jogasse agora. Cada um tem a sua época. Meu pai dizia que nós não jogávamos nada comparando à época dele.
FTT: Quais foram os outros times que você atuou após a sua brilhante fase da Portuguesa?BADECO: Fui para o Comercial de Campo Grande e Juventude de Caxias do Sul. Este último não estive em grande fase, por causa do tendão de Aquiles, mas guardo grandes recordações pela assistência que me deram, mas lamentando a atual fase do time. Poderia até iniciado a carreira de treinador lá, mas não o fiz por ter feito um concurso para a Polícia Federal. Fui delegado e me aposentei. O futebol não efêmero. Uma hora você para e se pergunta o que vai fazer, portanto tem que se fazer alguma coisa para não ter problemas no futuro.
BADECO: Houve uma pessoa que me perguntou quem eu havia marcado. Marquei Pedro Rocha, Ademir da Guia, Rivellino (e olha que ainda não falei do Pelé! Risos...), Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Silva! Acho que fui um bom jogador (risos...), pois marquei todos esses caras! Portanto esta é a análise que eu faço. Mas teve um jogador que tive dificuldades em marcar, que era o Jorge Mendonça. Jogava muito no canto do campo, não era um jogador centrado, te puxava para o lado do campo, me dando trabalho, já que eu era volante.
FTT: Houve algum médio-volante que tenha te inspirado ou aquele que você admirou?
BADECO: Tiveram bastante. Via muitos jogarem. Vi Zequinha e Chinesinho, uma dupla fantástica que acompanhei quando tinha dezesseis anos. Gostei de ver jogar Lorico e Paiva. Eu vim substituir o Lorico na Portuguesa. Admirava muito o Dino Sani e o Nair. Tinham muitos grandes volantes. Cito também o Clodoaldo e o Chicão. As pessoas perguntam se tenho saudades e como seria se eu jogasse agora. Cada um tem a sua época. Meu pai dizia que nós não jogávamos nada comparando à época dele.
FTT: Quais foram os outros times que você atuou após a sua brilhante fase da Portuguesa?BADECO: Fui para o Comercial de Campo Grande e Juventude de Caxias do Sul. Este último não estive em grande fase, por causa do tendão de Aquiles, mas guardo grandes recordações pela assistência que me deram, mas lamentando a atual fase do time. Poderia até iniciado a carreira de treinador lá, mas não o fiz por ter feito um concurso para a Polícia Federal. Fui delegado e me aposentei. O futebol não efêmero. Uma hora você para e se pergunta o que vai fazer, portanto tem que se fazer alguma coisa para não ter problemas no futuro.
Mauricio Sabará e Badeco - Boa tabelinha
FTT: O que você achou da Portuguesa depois da carreira? Houveram times que você tenha gostado?
BADECO: A Portuguesa teve um time bom, vice-campeão brasileiro em 96. Época do Rodrigo, Capitão e Leandro. Realmente era um time excepcional. A Portuguesa tinha uma coisa gozada, pois quando tinha volantes da raça negra, desde a época do Brandãozinho, o time sempre teve bons momentos. Foi grande time de futebol, pois teve Ceci, Hermínio, Julinho Botelho, e Djalma Santos. Todos grandes baluartes do futebol.
FTT: E o Denner?
BADECO: O Denner era excepcional, foi uma pena. O Basílio uma vez levou ele pra jogar no Operário da Vila Maria. Estava no meio-de-campo o Biro-Biro e eu. Nesta época estava com uma idade mais avançada, pois sou uns dez anos mais velho que o Biro-Biro. O Basílio me disse que tem um garoto que jogava muito. E ele jogou no time contrário. Ele me deu um balanço que eu nem tinha condições de ir atrás, pois a idade não permitia. Era um fora-de-série, pena que a vida o levou. Era veloz, buscava sempre o gol e fazia jogadas diferentes.
FTT: O que você achou da Seleção de 2010?
BADECO: Temos possibilidades de levar, pois já levamos a Copa das Confederações. Criticam muito o Dunga, mas não apresentam fatos. Se formos ouvir os jornalistas, cada um tem a sua Seleção. Acho que o Dunga percebeu isso e montou o time dele, embora talvez não gostamos de alguns jogadores. Nenhuma Seleção foram todos que o público gostou. O time joga como ele quer e busca o resultado que ele quer.