Camisa retrô do Chelsea de 1982
Em
1982, o Chelsea estava longe de ser a potência que é hoje. Nunca deixou
de ser um clube tradicional, com títulos nacionais e até europeus no
currículo até então, mas naquele momento as conquistas faziam parte de
um passado distante e, na virada dos anos 1970 para a década de 1980, o
clube estava na segunda divisão inglesa, então chamada simplesmente de
English Division Two.
Mesmo
a memória de épocas de vacas magras é respeitada pelos clubes ingleses.
Percebi isso ao entrar na gigantesca loja do Chelsea em Stamford
Bridge, onde havia várias camisas antigas. Entre elas, essa, da foto, eu
trouxe para a minha coleção exatamente pelo fato de ser diferente e por
pertencer a uma época estranha do clube.
A
camisa foi usada pelo clube precisamente em 1982, quando o Chelsea
terminou na 12ª colocação da segundona. Em 1982/1983, a campanha também
não foi nada boa - o clube terminou em 18º lugar. A redenção só viria na
temporada seguinte, quando conquistou o acesso com um título e ficou
por duas vezes seguidas em 6º lugar na divisão de elite.
A
quantidade de camisas retrô na Inglaterra me impressiona. São diversas
opções, todas licenciadas pelos clubes e que homenageiam momentos
históricos mas que lembram épocas distintas também, como é o caso desse
exemplo do Chelsea. O material é confeccionado de acordo com o usado na
época, o que traz ainda mais autenticidade à camisa. O escudo, rodeado
por duas estrelas e com o famoso leão no centro segurando uma bengala,
também foi usado raríssimas vezes na história do clube.
Se alguém me perguntar se a camisa é esteticamente bonita, vou falar que não. Mas marca um período em que o Chelsea aprendeu muito e através do qual fortaleceu as bases para um presente melhor. Respeitar a história é fundamental. E isso os clubes ingleses sabem fazer muito bem. A camisa vale a pena.
Columbus Crew 2012/13
A MLS há algum tempo vem ganhando destaque no mundo da bola. Talvez
mais pela grana e a possibilidade de contratar estrelas do futebol
mundial (a maioria em fim de carreira) do que pela qualidade. Mas para
nós, colecionadores, o que chama atenção mesmo são os uniformes das
equipes da Liga.
As camisas abaixo, feitas
pela Adidas, são do Columbus Crew, do estado de Ohio. A gola polo e o
corte um pouco mais justo, dão um ar retrô à camisa, mas sem perder a
modernidade. A falta de patrocínio também ajuda bastante. Achei que a
camisa ficou bem "classuda", ótima combinação do amarelo com os detalhes
pretos.
Já a camisa reserva deixou um pouco a desejar. Não gostei desse corte na parte de cima da camisa. Ou deixaria a camisa toda branca, ou prolongaria as listras grossas até embaixo (gostei dessa opção!).
Curiosidades
O
Columbus Crew foi criado em 1994, na cidade de Columbus, estado de
Ohio. A equipe se denomina como a "que mais trabalha duro na América",
por isso a equipe de operários em seu escudo.
Camisa retrô do Manchester United da final da Copa dos Campeões de 1968
O
cuidado dos ingleses com seus símbolos e com a memória já foi
ressaltado muitas vezes, mas a cada dia que passa, mais exemplos
aparecem. Motivos mais do que justos para novos aplausos. Em minha
recente passagem pelo estádio Old Trafford, do Manchester United, me
deparei com uma camisa que parecia estranha à demais expostas no local.
Uma azul, de mangas longas, e com um escudo bem diferente do atual,
sobressaía às demais que formavam a grande seção de modelos retrô.
Azul não é bem uma novidade para o clube, que usou essa cor pela primeira vez entre 1902 e 1905, no uniforme reserva, mas com listras brancas verticais. A camisa totalmente azul apareceu em 1908, sempre como segunda opção, e só voltou a ser usada na década de 1940. Na final da FA Cup, a Copa da Inglaterra de 1948, um escudo especial foi adicionado à camisa (na época, o clube não utilizava escudos, fato que só foi acontecer em 1972, já com um bem semelhante ao atual.
O tal escudo estranho me intrigava e foi necessário uma rápida pesquisa, ainda em Manchester, para descobrir o que realmente era. Se tratava do brasão de armas da cidade, utilizada naquela decisão (vencida pelo Manchester United diante do Blackpool). O brasão ainda voltaria a ser usado em outras decisões da FA Cup, agregadas desta vez com o ano da partida (casos de 1957 e 1963), mas a camisa azul com o brasão só apareceria mais uma vez na camisa do United: nesse modelo que agora faz parte da minha coleção e que, acrescido das inicias "ECF"e de "Wembley 1968", registra a decisão e a conquista mais importante do clube até então: a Copa dos Campeões, a atual Champions League.
Foi a primeira conquista de um time inglês na história da competição. E, coincidentemente, em Wembley. A vitória sobre o Benfica de Eusébio por 4 a 1 na European Cup Final (ECF) marcou a geração de Bobby Charlton e George Best, colocou de vez o nome do Manchester United no mapa do futebol europeu e mundial. Um marco forte e devidamente respeitado nesta camisa única.
Azul não é bem uma novidade para o clube, que usou essa cor pela primeira vez entre 1902 e 1905, no uniforme reserva, mas com listras brancas verticais. A camisa totalmente azul apareceu em 1908, sempre como segunda opção, e só voltou a ser usada na década de 1940. Na final da FA Cup, a Copa da Inglaterra de 1948, um escudo especial foi adicionado à camisa (na época, o clube não utilizava escudos, fato que só foi acontecer em 1972, já com um bem semelhante ao atual.
O tal escudo estranho me intrigava e foi necessário uma rápida pesquisa, ainda em Manchester, para descobrir o que realmente era. Se tratava do brasão de armas da cidade, utilizada naquela decisão (vencida pelo Manchester United diante do Blackpool). O brasão ainda voltaria a ser usado em outras decisões da FA Cup, agregadas desta vez com o ano da partida (casos de 1957 e 1963), mas a camisa azul com o brasão só apareceria mais uma vez na camisa do United: nesse modelo que agora faz parte da minha coleção e que, acrescido das inicias "ECF"e de "Wembley 1968", registra a decisão e a conquista mais importante do clube até então: a Copa dos Campeões, a atual Champions League.
Foi a primeira conquista de um time inglês na história da competição. E, coincidentemente, em Wembley. A vitória sobre o Benfica de Eusébio por 4 a 1 na European Cup Final (ECF) marcou a geração de Bobby Charlton e George Best, colocou de vez o nome do Manchester United no mapa do futebol europeu e mundial. Um marco forte e devidamente respeitado nesta camisa única.
Bobby Charlton ergue de azul, em Wembley, a primeira Copa dos Campeões de um clube inglês
No
vídeo abaixo, as imagens, coloridas, daquela final, onde é possível ver
com mais detalhes a camisa e lances da partida, incluindo gols de
Charlton e Best. Os 4 a 1 foram conquistados na prorrogação, após um
empate em 1 a 1 no tempo normal.
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