brasil1970

quarta-feira, 3 de março de 2010

Encontros Eternizados - BARBOSA e CASTILHO



BARBOSA do Vasco e CASTILHO do Fluminense em partida do inicio dos anos 50.
BARBOSA
Considerado o melhor goleiro do Vasco em todos os tempos. Era seguro, elástico, dotado de excelente senso de colocação. Arrojado, jamais temeu mergulhar nos pés dos adversários. Também conseguia agarrar vários pênaltis. Foi sem dúvida o maior goleiro de seu tempo e um dos melhores de toda a história do futebol brasileiro.
A respeito de Barbosa, assim escreveu o cronista Armando Nogueira:
"Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 1950, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera."
CASTILHO tornou-se uma legenda no Fluminense e sinônimo da alma tricolor. CASTILHO entrou para a história do Fluminense como um goleiro maravilhoso e que realizava verdadeiros milagres. Possuía muita técnica e coragem, o que é fundamental para os goleiros. CASTILHO era chamado de “Leiteria” pelos rivais, por sua incrível sorte. Mas, eles esqueciam-se de que, não era sorte, era a sua extremada técnica que fazia com que os adversários encontrem dificuldades em vazá-lo
Amor ao tricolor
Foi um exemplo de estoicismo. Tendo contundido seu dedo mínimo esquerdo pela quinta vez, o médico disse que deveria passar por dois meses de tratamento, entretanto, ele resolveu amputar o dedo. Duas semanas depois da amputação, ele já havia voltado a jogar pelo Fluminense.
Durante sua carreira, jogou 696 jogos pelo Fluminense, um recorde absoluto neste clube. Lá sofreu 777 gols e jogou 255 partidas sem sofrê-los.

Esquadrão Inesquecivel - GUARANI 1978



A formação da equipeSem dinheiro para contratações, a diretoria bugrina resolveu inovar. Trouxe Carlos Alberto Silva, um jovem treinador, que fizera um bom trabalho na Caldense (MG), para lançar novos talentos. Observando os juniores do clube, promoveu Tadeu, Odair, Gersinho e um garoto de 17 anos chamado de "Careca", que se tornaria um dos maiores atacantes do futebol brasileiro e que terminaria a competição como artilheiro do clube, ao lado de Zenon (que havia sido contratado do Avaí/SC), com 13 gols cada.Com as pratas da casa, o bugre demorou a mostrar um futebol competitivo no início. Na primeira fase foi o 5° colocado da chave D, da qual participaram 12 equipes e classificavam as 06 primeiras para a fase seguinte. Na 2ª fase ficou em 4°, em nove participantes e que classificava seis clubes. A partir da 3ª fase é que o futebol dos comandados de Carlos Alberto Silva começou a aparecer. Foram 11 vitorias seguidas até o jogo final.

Helio Maffia preparador fisico do Guarani na época conta que foi a vitória frente ao Internacional por 3 a 0 no Beira Rio, na primeira rodada da terceira fase que mostrou a real força daquele time.
Após este jogo, foram 12 jogos, apenas 1 empate e11 vitórias consecutivas.
Nas semifinais, vitórias contra o Vasco da Gama, em Campinas e no Maracanã, por 2 a 0 e 2 a 1.





O Guarani utilizou 24 jogadores durante a V Copa Brasil (denominação do campeonato brasileiro na época). O meia Renato foi o que mais jogou - atuou em 31 jogos, fazendo 10 gols. O zagueiro Édson chegou a atuar em 30 jogos, sem marcar gols, seguido pelo lateral direito Mauro (29 jogos e 2 gols), Neneca (goleiro, 28 jogos), Zé Carlos (volante, 28 jogos, nenhum gol marcado) e Capitão (atacante, 28 jogos, 06 gols). Participaram ainda da conquista Careca, Miranda, Zenon, Gomes, Macedo, Bozó, Manguinha, Gersinho, Silveira, Alexandre, Adriano, Cuca, João Carlos, Odair, Antônio Carlos, Tadeu, Claudinho e o goleiro João


Revista Placar com o titulo do Brasileiro - Ao lado Renato Morungaba

As finais

Na primeira partida da final, o goleiro Leão da equipe do Palmeiras, irritado com as provocações de Careca, deu-lhe uma cabeçada dentro da área aos 25 minutos do 2° tempo. Pênalti marcado e expulsão de Leão. Como o Palmeiras já havia feito as duas substitições permitidas na época, Escurinho (ponta-de-lança) foi improvisado no gol. O resultado não foi desastroso, ele só sofreu o gol de penalti convertido por Zenon. Na segunda partida, o bugre não pôde contar com o talento de Zenon que estava cumprindo suspensão automática. Em seu lugar entrava o esforçado Manguinha, tecnicamente inferior ao titular, porém muito eficiente na marcação. Outro grande em campo foi o ponta-esquerda Bozó que perseguia Jorge Mendonça por todos os lados do campo. O volante Zé Carlos foi um técnico dentro das quatro linhas durante toda a campanha consagradora e um "gladiador" na final, suando a camisa e dividindo todas as bolas. Mas a estrela de Careca brilhou mais uma vez. Foi dos pés dele que saiu o gol do título - aos 36 minutos do primeiro tempo Bozó é lançado na esquerda e chuta. O goleiro Gilmar rebate e a bola sobra para Careca concluir. É o gol do titulo.




Final

1ª partida

PALMEIRAS 0 x 1 GUARANI

Data: 10/Agosto/1978

Local: Estádio do Morumbi (São Paulo)

Gol: Zenon aos 30 do 2° tempo

Árbitro: Arnaldo César Coelho

Renda: Cr$ ----

Público: + de 100.000

PALMEIRAS: Leão; Rosemiro, Alfredo, Marinho (Zé Mário) e Pedrinho; Jair Gonçalves, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Sílvio (Escurinho), Toninho e Nei. Téc.: Jorge Vieira.

GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Zenon e Renato; Capitão, Careca e Bozó (Adriano). Téc.: Carlos Alberto Silva


2ª Partida

GUARANI 1 x 0 PALMEIRAS

Data: 13/Agosto/1978

Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas)

Gol: Careca aos 36 do 1° tempo

Árbitro: José Roberto Wright (RJ)

Renda: Cr$ 1.706.280,00 Público: 27.086

GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Tec.: Carlos Alberto Silva

PALMEIRAS: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Silvio

segunda-feira, 1 de março de 2010

Craque da Semana - " PEPE "



PELÉ, PEPE e COUTINHO - Um dos maiores ataques que o mundo já viu


Filho de imigrantes espanhóis, Jose Macia, o PEPE, nasceu em 25 de fevereiro de 1935 na cidade de Santos - SP, onde fez brilhante carreira como jogador de futebol.
Seu pai, José Pepe, mais conhecido por Espanhol, era dono da mercearia Central, lá em São Vicente. Ele era contra sua carreira de jogador de futebol, já que naquela época a profissão era considerada como reduto de malandros. Mesmo assim, Pepe não desistiu e conseguiu provar que tinha habilidade (e muita) com a bola.
Dono de um chute fortíssimo de canhota que acabou lhe rendendo o apelido de "Canhão da Vila", Pepe decidiu muitas partidas para o Santos nas décadas de 50 e 60, participando em todas as campanhas que levaram o Santos FC a conquistar grandes títulos.


Ele nasceu em Santos em 1935, ano em que o Alvinegro conquistou seu primeiro título paulista, o mais importante da época. Aos 20 anos marcou o gol que deu ao clube o seu segundo título estadual, na vitória de 2 a 1 sobre o Taubaté, na Vila Belmiro.
Em todos os seus 15 anos de carreira só vestiu três camisas: a do Santos e as das Seleções Paulista e Brasileira. Jogou no Alvinegro de 1954 a 1969, ganhou dezenas de títulos e em 750 partidas marcou 405 gols – alguns deles decisivos para conquistas memoráveis, como os dois na vitória, de virada, sobre o Milan, que tornou o Santos o primeiro bicampeão mundial de clubes. No Santos FC, jogando na posição de ponta-esquerda, Pepe se tornou o segundo maior artilheiro da história do time. Ele diz ser "o maior artilheiro humano da história do Santos - porque Pelé não é humano".



Vestiu a camisa da seleção brasileira entre os anos de 1956 a 1963 e marcou 22 gols.Foi convocado para as Copas de 58 e 62, mas nunca conseguiu jogar; na primeira se contundiu e na segunda ficou na reserva de Zagallo. Quando pequeno, era torcedor do Espanha, clube que originou o Jabaquara, de Santos. CLUBES - Como jogador, jogou apenas no Santos de 1954 a 1969. Estreou no Santos em uma época difícil. Era o ano de 1955 e o clube não conquistava um título há 20 ano e o Peixe disputaria naquele ano a final do Campeonato Paulista. A equipe tinha nomes como Formiga, Zito, Alfredinho e Pagão. Em uma final emocionante contra o Taubaté, estava tudo igual, 1 a 1. Aos 23 minutos do segundo tempo, Pepe cobrou falta e mostrou o seu chute potente com o qual faria história no futebol, marcando o gol que tirou o Santos do jejum de títulos. Depois da conquista, Pepe se firmou como titular da equipe e nunca mais saiu. Foram 18 anos no clube, mais de 400 gols e a participação em todos os grandes títulos do Santos. E mais: Pepe nunca foi expulso em toda sua carreira, tanto no Santos quanto na seleção brasileira, onde fez 40 jogos e 21 gols. Foram dez títulos paulistas (1955, 56, 58, 60, 61, 62, 64, 65, 67, 68), quatro torneios Rio-São Paulo (1959, 63, 64, 66), cinco Taças Brasil (anos de 1961, 62, 63, 64, 65), duas Taças Libertadores (1962 e 63), dois mundiais interclubes (1962 e 63) e duas Copas do Mundo (1958 e 62).
Quando abandonou a carreira, sem jamais ter sido expulso de campo - o que lhe valeu o Prêmio Belfort Duarte - tornou-se técnico do Santos e levou a equipe ao título paulista de 1973.
Lenda viva do futebol, Pepe, o eterno "Canhão da Vila" é um jogador que orgulharia qualquer equipe do mundo.

Revista do Dia - ESPORTE ILUSTRADO



Revista publicada em 7 de Abril de 1949.
Na capa JAIR ROSA PINTO pouco antes de uma partida da seleção Brasileira no Sulamericano. Detalhe para a camisa que na época ainda era branca e não amarela como hoje em dia.

Encontros eternizados - PUSKAS e EVARISTO

O Honved, lendario time hungaro dos anos 50, realizou em 1957 uma excusão ao Brasil.
A Hungria estava sendo invadida pela União Soviética naquele ano de 1956, em que o campeão nacional , o Honved fazia uma excursão por diversos países do mundo, mas houve o pedido, por telegrama, dos invasores da pátria para que toda a delegação do Honved retornasse à Hungria.
Coisa que não aconteceu porque houve por parte de seus diretores a ordem de desobedecer e continuar a excursão.
Por medo e não querendo encrenca, alguns países não aceitaram a entrada do clube hungaro. Entre eles, Itália, França e Inglaterra.

Então o Honved veio ao Brasil.
A temporada húngara começou contra o Flamengo com derrota . Tomaram uma goleada de 6x 4, e os gols foram marcados por Evaristo(2) Henrique, Paulinho, Dida e Duca. Para o Honved marcaram Puskas (2) Szusza e Budai.

Em seguida, ganharam de 4 x 2 do Botafogo e de 6 x 4 do Flamengo, dessa vez no Pacaembu. Mais uma vez o resultado foi de 6 x 4, mas desta vez para o Honved, que deu um show de bola e encheu os olhos da torcida paulista.
Em 10 minutos de jogo o campeão hungaro já vencia de goleada, e no tempo final liquidou o jogo de uma vez, chegando a estar vencendo por 6 x 1. Puskas marcou 4 dos seis gols do Honved e os outros dois por Budai e Sandos. Dida (2) Moacir e Henrique marcaram para o Flamengo. Os times foram os mesmos do primeiro jogo e o arbitro novamente foi Mário Vianna, elogiado por todos.


A última partida no Brasil foi a negra contra o Flamengo, vencida por eles por 4 x 3



PUSKAS e EVARISTO DE MACEDO um encontro de craques eternizado para a historia antes da partida entre o Honved e Flamengo no Maracanã em 1957.

Esquadrão Inesquecivel - PORTUGUESA 1952



O time da Portuguesa de Desportos no inicio dos anos 50 encantou a todos os amantes do futebol. O auge deste time foi a conquista dos torneios Rio-SP em 1952 e 55 alem de 3 vitoriosas excursões a Europa sem perder um jogo sequer.

O time era composto por craques como o goleiro Cabeção , o excepcional lateral Djalma Santos, Nena um grande zagueiro da seleção brasileira, Brandãozinho que tambem foi a Copa de 54, Ipojucan ,o centro avante nininho, alem do fabuloso ponta direita Julinho Botelho.




DJALMA SANTOS, BRANDÃOZINHO E ZINHO

Um time que no torneio rio SP de 1952 fez 29 gols.


Campeã do Torneio Rio SP 1952
Campanha


Portuguesa 2 x 4 Fluminense Data: 3/2/1952 Local: São Paulo

Portuguesa 3 x 2 Palmeiras Data: 10/2/1952 Local: São Paulo

Flamengo 0 x 2 Portuguesa Data: 16/2/1952 Local: Rio de Janeiro

Portuguesa 5 x 1 Santos Data: 5/3/1952 Local: São Paulo

Portuguesa 3 x 2 Corinthians Data: 9/3/1952 Local: São Paulo


Portuguesa 5 x 1 Bangu Data: 15/3/1952 (sábado) Hora: n/d Local: Pacaembu

Árbitro: Mr. AldridgePúblico: n/d Renda: Cr$ 184.365,00Gols: No 1º tempo: Moacir Bueno e Nininho (Por). No 2º tempo: Nininho (Por), Julinho (Por), Mirim (contra) e Pinga
(Por).
Portuguesa: Muca, Nena, Noronha, Djalma Santos, Brandãozinho, Ceci, Julinho Botelho, Renato, Nininho, Pinga I e Simão. Técnico: Jim Lopes.
Bangu: Oswaldo Topete (Arizona), Djalma, Torbis, Alaíne (Barbatana), Pinguela, Mirim, Menezes, Moacir Bueno, Zizinho, Décio Esteves (Vermelho), Nívio. Técnico: Ondino Vieira.


Portuguesa 2 x 3 São Paulo Data: 19/3/1952 Local: São Paulo

Portuguesa 2 x 1 Botafogo Data: 22/3/1952 Local: São Paulo

Vasco da Gama 1 x 1 Portuguesa Data: 29/3/1952 Local: Rio de Janeiro



Torneio Rio SP 1952
Vasco e Portuguesa realizaram duas partidas, para decidir que seria o campeão. 1º jogo -Portuguesa 4 a 2 (São Paulo) e 2º jogo - 2 x 2(Rio)O time: Muca (Lindolfo) Nena, (Hermínio) e Noronha. Djalma Santos, (Carlos) (Manduco) Brandãozinho e Ceci. Julinho, (Leopoldo) Renato, Nininho, (Bota) Pinga e Simão.

VASCO 2 x 2 PORTUGUESAData: 19/06/1952
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Sidney Jones (Inglaterra)
Renda: Cr$ 593.644,20 Público estimado: 40.000 pagantes


Vasco da Gama: Ernani; Belini (Augusto) e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca, Ademir, Ipojucan e Jansen (Dejair). Técnico: Gentil Cardoso

Portuguesa de Desportos: Muca (Lindolfo); Nena e Noronha; D. Santos, Brandãozinho e Cecy; Julinho, Renato (Leopoldo), Nininho, Pinga e Simões. Técnico: Jim Lopes


Gols: Ademir aos 5', Pinga aos 9' e 15' e Maneca no 2º tempo Expulsão: Friaça.
A Portuguesa teve o ataque mais positivo de todo o campeonato marcando 29 gols






NENA ao centro ao lado de Alfeu seu ex companheiro de Inter.

NENA
Em 1951, Nena transferiu-se para a Portuguesa, onde formou o maior "trio final" da história do clube, ao lado do goleiro Muca e do gaúcho Noronha (ex-Grêmio).
Como membro de um dos maiores esquadrões que a Portuguesa já teve, Nena participou das excursões vitoriosas pelo exterior que resultaram nas conquistas das Fitas azuis de 1951 e 1953. Sagrou-se ainda campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1952.

Este fantastico time da Portuguesa venceu não apenas o Rio- SP mas tambem o Torneio San Izidro . A Portuguesa também ganhou a Fita Azul por 3 vezes, por ter feito três expedições fora do País invictas nos anos de
1951, 1953 e 1954. Foi um periodo de ouro para os torcedores da Lusa que cuminou com o bicameponato do Rio SP em 1955 mas esta já é historia de um outro esquadrão inesquecivel.

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