(...) Correu, inclusive, o boato que na concentração de Macolin eles teriam ingerido tubos de pasta de dentes para alegar diarréia no dia da partida. Puskas não pôde jogar pois foi covardemente atingido no tornozelo pelo alemão Liebrich, nas oitavas-de-final, quando a Hungria venceu por 8 a 3. Mancando e poupando-se, Puskas só voltou para disputar a final, que a Alemanha Ocidental venceu por 3 a 2 e conquistou seu primeiro título mundial. A arbitragem do inglês William Ling foi considerada suspeita, pois anulou um gol legítimo de Puskas, no segundo tempo. Em meio à chamada ‘Guerra Fria’, comentou-se na época que a Hungria, país ‘satélite’ da antiga União Soviética, não poderia jamais ser campeã do mundo, pois premiaria o comunismo, vigente em vários países do Leste Europeu.
Ao final de Hungria x Brasil, houve um tumulto generalizado nos vestiários, um ao lado do outro. O Brasil teve Nílton Santos e Humberto expulsos, enquanto a Hungria teve somente Boszik. Daí vem o apelido de ‘A Batalha de Berna’ Dessa verdadeira guerra campal, pelo Brasil restam quatro vivos: Djalma Santos, Pinheiro, Nílton Santos e Índio. Pela Hungria, só sobraram três, Grosics, Buzansky e Toth II. Ambas as seleções tiveram suicidas: Castilho, pelo Brasil, e Kocsis, pela Hungria.
(fonte/texto: blog do roberto porto)
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