Ah, os anos 90! Musicalmente, talvez seja o meu favorito, com o
movimento Grunge emplacando nos Estados Unidos e Nirvana, Pearl Jam,
Alice in Chains e outros fazendo o maior sucesso pelo mundo todo. Aqui
no Brasil, os Mamonas começaram bem demais e os Raimundos fazia o nome
do rock nacional. Dentro das quatro linhas, talvez tenha sido umas das
melhores épocas também. A copa da França teve um nível técnico gigante,
com seleções realmente muito boas como a Holanda, os anfitriões, a
última fase da Dinamáquina e o próprio Brasil. Craques clássicos como
Stoichkov, Romário, Cantona e Batistuta. O último, na verdade, me marcou
mais do que provavelmente qualquer show do Faith NoMore. Argentino,
Batigol fez história na Fiorentina, clube de Florença - cidade da minha
família – e, com isso, a simpatia foi inevitavel.
Dono
de grande precisão no chute, Batistuta foi responsável por cerca de
40%dos gols da Fiorentina durante os 10 anos que jogou pela Viola. Fez
história também na Seleção Argentina, onde conquistou duas Copa América,
em 91 e 93, e uma Copa das Confederações, em 92. É dele a minha camisa
favorita de toda a coleção.
Mesmo
sendo da Seleção Argentina, a camisa de 1996 tem um apelo visual
incrível, começando por sua gola, clássica, com botões que dão um visual
retrô espetacular. Outro ponto de destaque são as mangas, com listras
em um formato diferente do usual. Elas são separadas por uma singular
linha preta, que destaca ainda mais a diferença entre as listras. Apesar
do escudo da AFA ser pequeno, o 9, colocado entre ele e a logo da
Adidas, deixa a camisa ainda mais mística.
Nas
costas, o gigante numeral é acompanhado pelo nome, BATISTUTA. O tamanho
deixa bem claro a importancia do atacante pra torcida. As vezes crio
coragem e a visto para sair pelas ruas. Acaba que muita gente vem
conversar comigo sobre ela, o contraste suave do azul anil com o branco
chama atenção. Ela foi um dos últimos modelos fabricadas pela Adidas que
não possuem as tradicionais três listras nas mangas. Outro ponto de
destaque são as pequenas linhas que sobem dentro das próprias listras
azuis da camisa. Foi um modo de marcar a camisa que a Adidas utilizou e
que acabou tendo um resultado muito bom.
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