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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desde a contratação de Renato, Grêmio ganha 1,5 mil sócios por mês Tricolor duplicou faturamento da Grêmio Mania e quase quintuplicou lucro em jogos no Olímpico

A melhor campanha do segundo turno do Campeonato Brasileiro não é o único motivo que tem o futuro presidente do Grêmio, Paulo Odone, para manter o técnico Renato no comando da equipe em 2011. A contratação do herói do Mundial de 1983 gerou, a partir de agosto, 1,5 mil novos sócios por mês, faturamento dobrado na Grêmio Mania e lucro quase cinco vezes maior na arrecadação do Olímpico.

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A ascensão do time no Campeonato Brasileiro, da zona de rebaixamento à disputa pela vaga na Libertadores, rendeu 3 mil novos sócios e uma receita mensal de, aproximadamente, R$ 123 mil - totalizando 53 mil sócios e R$ 2,1 milhões por mês. A velocidade de adesões sob o comando de Renato no Brasileiro - 1,5 mil mensais -, remete à Libertadores de 2009, quando o Grêmio coletava 2 mil sócios a cada 30 dias.
— A entrada de sócios depende do momento do futebol — afirma o vice-presidente do conselho de administração do Grêmio, Marcos Herrmann. — E o momento é bom. Se mantivermos a média, teremos mais 18 mil sócios em um ano.


Na loja Grêmio Mania do Olímpico, os números também são expressivos. O faturamento, de R$ 600 mil em agosto, aumentou 35% em setembro, para R$ 810 mil. De setembro a outubro, a escalada foi ainda maior: 65%. Em outubro de 2009, o valor era de R$ 730 mil. No mesmo mês deste ano, as vendas atingiram R$ 1,37 milhão, quase o dobro.
Para o gerente-executivo de marketing do Grêmio, a avidez da torcida não se justifica somente pelo momento da equipe. Um sinal é o incremento de 300% nas vendas das camisas retrô alusivas ao Mundial de 1983, com o número 7, de Renato.
— Temos uma campanha de sócios baseada completamente na imagem do Renato. Só dependemos do ok da nova gestão — revela Keller.

Os dividendos proporcionados pelo técnico não param por aí. Eles lotam a arquibancada: desde a chegada de Renato, o Grêmio lucrou R$ 2,8 milhões com a bilheteria do Olímpico. A média é de R$ 280 mil por partida. Seu antecessor, Silas, registrou média quase cinco vezes menor: R$ 60 mil.

O lucro indireto
Nas contas dos ganhos com o técnico, dificilmente entrariam fatores indiretos, como a permanência na Série A do Brasileiro, a valorização do meia Douglas e a indicação de jogadores como Vilson, Paulão, Gilson e Gabriel, adequados à realidade financeira do clube e de atuações justificadas.
Só em cotas de televisionamento, o Grêmio evitou perder, ao permanecer na divisão principal do Brasileirão, R$ 23 milhões. O número se refere a um valor fixo de R$ 15 milhões, destinado também a clubes como Inter e Fluminense, e um variável de R$ 8 milhões, que depende da audiência do Pay Per View. Na série B, são R$ 22 milhões para divisão entre todos os participantes. O Corinthians, por exemplo, recebeu R$ 3 milhões em 2008.

Após breve temporada nos Emirados Árabes, defendendo o Al Wasl, Douglas retornou ao Brasil graças a um esforço financeiro de US$ 3,5 milhões, por 100% dos direitos econômicos. O Grêmio correu o risco de ver o atleta se desvalorizar, já que a torcida o criticava mais a cada partida. Com Renato, Douglas virou a referência técnica do meio-campo e chegou à Seleção Brasileira.
Por fim, a contratação de atletas como Vilson, Paulão, Gilson e Gabriel trouxe alívio à defesa e à lateral-direita. E aos cofres do Olímpico, com negócios de bom custo-benefício.

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