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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mineirão completa 47 anos e ídolos do passado comentam momentos marcantes



 

Sylvio Coutinho/Secopa MG
Mineirão foi inaugurado em 1965 e será reaberto para o público em dezembro deste ano

Principal palco do futebol no estado, o Mineirão completa 47 anos nesta quarta-feira, dia 5 de setembro. Construído em 1965, o estádio foi inaugurado com uma partida entre Seleção Mineira e River Plate, da Argentina. O público da estreia foi de 73.201 e a abertura teve direito a fogos, música e exibição de paraquedistas. O combinado mineiro venceu por 1 a 0, com gol de Buglê.


Atualmente, o estádio passa por reformas para a Copa do Mundo de 2014, onde receberá jogos importantes, entre eles a semifinal do Mundial. A previsão é que o Mineirão esteja pronto no dia 21 de dezembro deste ano. Para relembrar momentos históricos do estádio, o Superesportes ouviu personagens que tiveram momentos marcantes no Gigante da Pampulha.

Leia os comentários dos ídolos do passado que desfilaram talento no Mineirão:

Pedro Gravata/Divulgacao
Marques


“Foi um dos estádios onde mais joguei durante a minha carreira. Joguei muitos clássicos, mas o gol do Mineiro’2010, no antigo Mineirão, foi especial. Aquilo ficou marcado na lembrança do torcedor. Meu último jogo no profissional, a despedida do Atlético e da minha carreira. Foi um dia de emoção. Coloquei a camisa na bandeira de escanteio e comemorei com a torcida”.

Pedro Gravata/Divulgacao
Sorín


“Foram vários momentos, mas tenho que falar em um parágrafo. Vivi muitas emoções, como o título naquela final incrível de 2002, com direito a um gol. A despedida fantástica que tive em 2009, que qualquer jogador de futebol tem a ilusão de se despedir com uma grande festa, com meu último time e meu primeiro time de coração, o Argentino Juniors. Também momentos curiosos, como o gol no Atlético no primeiro clássico, que foi importante para a minha relação com a torcida cruzeirense. E o gol que fiz contra o Brasil, pela Seleção Argentina, que foi comemorado pela torcida, fato que era impensável em um jogo no Brasil”.

Renato Weil/EM/D.A Press.
Luizinho


“O momento especial são todos os jogos, pela imponência do estádio. A torcida do Atlético gritando o nome da gente é especial. Teve um jogo contra o Villa Nova, onde driblei vários jogadores e toquei por cima do goleiro. Ficou marcado na memória”.

Beto Magalhaes/EM/D.A Press
Dirceu Lopes


“Eu tive muitos momentos marcantes. Foram partidas, título e fatos emocionantes. A abertura do Mineirão foi uma emoção indescritível. Uma multidão de pessoas na expectativa de assistir ao jogo. Eu dei o passe para o gol do Buglê, que foi o primeiro no estádio. Agora, a vitória do Cruzeiro sobre o Santos, por 6 a 2, no Mineirão, foi a partida mais importante da história do Cruzeiro. O time do Santos era uma Seleção Brasileira e aqueles jogadores eram nossos ídolos. O placar de 5 a 0 no primeiro tempo era algo inacreditável. Eu me lembro do silêncio nas arquibancadas, algo que transmitia a sensação de que todos dividiam com a gente aquele resultado. Foi inesquecível”.

Jair Amaral/Estado de Minas
Paulo Isidoro


“Minha carreira foi marcada por partidas importantes no Mineirão. Em 1978, um jogo entre Atlético e Guarani de Divinópolis foi especial para mim. O Cruzeiro vencia o Uberaba no Triângulo e ficaria com o título, pois a gente estava perdendo por 1 a 0. Mas, a partir dos 30 minutos do segundo tempo, nós viramos para cima do Bugre, por 3 a 1. Eu marquei dois gols e o Alves fez o terceiro. O Mineirão representa muito para mim. Eu queria ter os braços maiores para abraçá-lo e agradecer tudo que ele fez por mim”.


Palhinha


“Eu fui felizardo e tive alegrias no Mineirão. Tive a felicidade de jogar pelos três clubes da capital e ainda fui treinador dos três. Eu sou o quinto maior artilheiro do Mineirão e fiz gols importantes, além de conquistas. Eu me lembro de forma especial de dois gols que fiz no Atlético, quando comecei a minha carreira no Cruzeiro. Esse momento é especial para mim”.

Moises Silva/EM/D.A Press
Dadá Maravilha


“Eu tenho alguns momentos especiais, mas dois me marcaram muito: o primeiro foi minha estreia no Atlético contra a Rússia. Eles vinham embalados por um empate com o Brasil, no Maracanã, por 2 a 2. Na época, eles tinham um zagueiro com fama de ter parado o Pelé. E eu, então desconhecido, marquei dois gols, acabei com o jogo, e o Galo ganhou por 2 a 1. Depois do jogo entrevistaram ele, que falou o seguinte: ‘o Pelé tem como marcar, mas esse camisa 9 do Atlético só se for no tiro, ele corre demais’. A outra partida marcante foi Seleção Carioca e Seleção Mineira, onde nós ganhamos por 4 a 0, com quatro passes do Dirceu Lopes e quatro gols de Dadá. Todos os gols marcados no Mineirão marcaram a minha vida”.

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Jair Bala


"Eu vim para Minas Gerais por causa do Mineirão. Tinha proposta de outros clubes, mas quando cheguei em 1964, o estádio estava em construção e eu queria jogar nele. Meus momentos começaram com a Seleção Mineira, na inauguração, um ano após a minha chegada. Em 1971, o América foi campeão invicto e eu fui considerado o melhor jogador no campeonato. Lembro-me que fiz quatro gols de bicicleta nesse torneio, no Mineirão. Foi marcante na minha vida".

Divulgação/Cruzeiro
Zé Carlos


"Eu tive a felicidade de que, quando cheguei no Cruzeiro, em 1965, o Mineirão havia sido inaugurado havia dois meses. Eu disputei um campeonato de aspirantes pelo Cruzeiro e fomos campeões. A recordação é grande. Eu marquei o gol nº 2.000 no estádio, pelo Villa Nova. Pelo Cruzeiro, teve o jogo contra o Internacional, onde vencemos por 5 a 4. Eu tenho uma parcela nessa história do Mineirão. Posso dizer que contribuí na grandiosidade do estádio, pois ele faz parte do mundo. Fiz muitos jogos lá pelo Cruzeiro. Fico feliz que, logo, ele vai voltar rejuvenescido e em plena amplitude".

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