brasil1970

quinta-feira, 24 de março de 2011

A.A. Ponte Preta


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Em pé: Albano, Bruninho, Andu, Lindóia, Pitico e Carlinhos Magalhães
Agachados: Noca, Baltazar, Paulinho, Friaça e Cido.

Friaça
Nome: Albino Friaça Cardoso
Posição: atacante
Nascimento: 20/10/1924
Local: Porciúncula (RJ)

Clubes
1943 a 1949 - Vasco da Gama
1949 a 1950 - São Paulo
1950 - Ponte Preta
1951 a 1952 - Vasco da Gama
1953 - Ponte Preta
1953 a 1954 - Vasco da Gama
1957 a 1958 - Guarani

Seleção brasileira
Total: 13 jogos, 8 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 1 gol
Em Copas do Mundo: 4 jogos, 2 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 1 gol

Contra seleções nacionais: 12 jogos, 7 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 1 gol

Contra clubes e combinados: 1 jogo, 1 vitória

Títulos
1945 - Campeonato Carioca - Vasco da Gama
1946 - Torneio Relâmpago - Vasco da Gama
1946 - Torneio Municipal - Vasco da Gama
1947 - Torneio Municipal - Vasco da Gama
1947 - Campeonato Carioca - Vasco da Gama
1947 - Copa Rio Branco - Seleção Brasileira
1948 - Campeonato Sul-Americano de Clubes - Vasco da Gama
1949 - Campeonato Paulista - São Paulo FC
1950 - Copa Rio Branco - Seleção Brasileira
1950 - Taça Oswaldo Cruz - Seleção Brasileira
1952 - Campeonato Pan-Americano - Seleção Brasileira

Artilharia
Campeonato Paulista: 1949 / 24 gols (São Paulo)


A.A. Ponte Preta

Em pé: Fia, Alcides, Rodrigues, Gaspar, Belém e Couto
Agachados: Damião, Gaiola, Cacique, Bruno e Armandinho
Crédito: http://www.diarioweb.com.br/

Uma das formações do esquadrão da equipe ponte-pretana em 1948.

Alcides Alves era um zagueiro-direito (lateral no futebol de hoje) que não deixava o ponta-esquerda adversário andar em campo. Por mais veloz e driblador que era o oponente, ele conseguia neutralizá-lo, com muita garra e determinação. Ficou famoso no Interior nas décadas de 1940 e 1950 e foi intitulado “espeto dos pontas-esquerdas”, tamanha eficiência e regularidade que mantinha nas partidas. Nascido no dia 3 de março de 1926, na Fazenda Recreio, em Colina, Alcides mudou-se bem pequeno para Guararapes, na região de Araçatuba. Seus pais, José e Verônica, foram um dos primeiros moradores da cidade, na época, um vilarejo. Começou a sentir prazer em jogar futebol na infância. Em 1939, ele mostrava seu talento no time do grupo escolar de Guararapes. Depois defendeu o juvenil da cidade e a equipe amadora da Associação Atlética Guararapense. Apesar das qualidades indiscutíveis, Alcides nunca pensou em seguir carreira no futebol. Seu sonho era se tornar dentista. Na juventude foi estudar no Colégio Diocesano de Lins, onde começou a paquerar sua futura esposa, Sophia Safadi, normalista do Colégio Maria Auxiliadora. Destacou-se no time de futebol da escola e recebeu convite para ingressar no Colégio Ateneu Paulista de Campinas.

Foi tricampeão do Campeonato Aberto Estudantil, entre 1943 e 1945. No primeiro ano, o Ateneu faturou o título invicto e na final, no Pastinho, antigo campo do Guarani, derrotou a Escola Técnica da Academia de Comércio São Luiz por 2 a 0, gols de Piolim (contra) e Paulo César. O Ateneu jogou com Luiz Carlos; Murilo e Alcides; Roberto, Valdir e Angelino; Lineu, Medea, Paulo César, Paulo Maia e Antônio. O São Luiz formou com Elcir; Stefanini e Casamassa; José (Nonzinho), Alfi e Aldo; Meireles, Raimundo (Careca), Batibugli, Lourenço (Piolim) e Augusto. O árbitro foi Luiz Alves Camargo e a renda somou Cr$ 254,00. No ano seguinte, na decisão, o Ateneu ganhou de 1 a 0 da Escola Bento Quirino. “Ele jogava e tomava conta do time e em troca tinha bolsa de estudos”, informa dona Sophia. Em razão das boas apresentações recebeu convite para defender Guarani e Ponte Preta. Disputou dois amistosos pelo Bugre, na vitória de 3 a 1 sobre o Mirassol, no dia 29 de julho de 1945, e no empate de 4 a 4 com o Uchoa, dois dias depois. Não se ambientou no Guarani e resolveu ir para a Ponte, assinando o seu primeiro contrato profissional no dia 1º de setembro de 1945.

Permaneceu na Macaca até 1950. Neste período, atuou no primeiro amistoso internacional da equipe, no empate de 1 a 1 com o Libertad, do Paraguai, e foi bicampeão do Amador promovido pela Liga Campineira de Futebol (1947/1948). Defendeu a Ponte em nove derbys contra o Bugre, com três vitórias e seis derrotas. O primeiro em 18 de agosto de 1946, com triunfo bugrino por 3 a 0, e o último em 9 de outubro de 1949, que terminou 1 a 0 para o Guarani. Com ele em campo, a Macaca ficou em 3º no Campeonato do Interior de 1947 e em 7º no Paulista da Primeira Divisão de 1948. Alcides participou do jogo inaugural do estádio Majestoso (atual Moisés Lucarelli), na derrota de 3 a 0 para o XV de Piracicaba, no dia 12 de setembro de 1948, no primeiro campeonato com a Lei de Acesso em vigor no futebol paulista. Sempre atuando com aplicação e entusiasmo, Alcides é lembrado até hoje na Ponte. Tanto que no livro “Luta, Obstinação e Vitória”, de José Bertazzoli, publicado em 2000, ano do centenário do clube, o nome dele foi incluído entre as principais revelações da equipe, junto com Dicá, Oscar, Juninho Fonseca, Ailton Lira, Wanderley Paiva, os goleiros Carlos, Waldir Peres e Moacir e outros craques.

Em 1950, o técnico Zezé Procópio o levou para o Botafogo. Sisudo dentro da cancha, fazia de cada partida um penhor de honra. Defendeu o clube de Ribeirão Preto com raro brilho, chegando a figurar na lista de reforços do Corinthians. Conciliava o futebol com o curso de odontologia. Disputou a Primeira Divisão (atual A-2) de 1950 a 1953. Nas horas de folga ia com os amigos ao Pinguim, tradicional bar da cidade. “Ele tomava vitamina, enquanto seus colegas se embebedavam com chope”, recorda dona Sophia. Não demorou para ser apelidado de “Vitamina”. Alcides jogou no Botafogo até março de 1954, quando concluiu a universidade. No dia 29 de julho daquele ano casou-se com Sophia, na Catedral de Rio Preto. Mudaram-se para Andradina, onde, além de trabalhar como dentista, ele jogou no time amador da cidade, foi presidente da Comissão Central de Esportes (CCE) e eleito vereador em 1959.


A.A. Ponte Preta

Crédito: http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/

"PONTE PRETA: A EMOÇÃO DO FUTEBOL

Rogério Verzignasse
Nos três anos que precederam a fundação da Ponte Preta, a cidade de Campinas era varrida pelos ventos da modernidade. E modernidade, no final dos anos de 1800, era aquela máquina esquisita - encantadora e ao mesmo tempo apavorante - que chamavam de cinematógrafo. Um jato de luz jogado na parede de uma sala escura mostrava imagens fotográficas que se moviam. Era de arrepiar. Invenção que levava campineiros às pencas ao Teatro São Carlos.

E a cidade, naqueles idos, respirava cultura. Naqueles três anos, nasceram na cidade duas novas bandas, a Carlos Gomes e a Azarias Dias de Melo. Por aqui faziam temporadas grandes companhias teatrais - como a Cunha Sales, a Fauré Nicolai e a Lírica Verdini, que apresentavam-se para a seleta platéia formada por barões do café, mulheres dos barões de café e filhos dos barões de café. Campinas era aristocracia pura. Pelo menos dentro do teatro São Carlos.

Modernidade, naquela virada de século, também era a luz elétrica que brotava de um dínamo de 20 ampéres, de corrente contínua, que iluminava a refinada Casa Livro Azul, na rua Barão de Jaguara. É, luz elétrica... A maior parte das casas campineiras - mesmo as mais sofisticadas - viviam de velas e lamparinas

A arquitetura da cidade também mudava. Em 1898 - naquele mesmo ano do cinematógrafo e da luz elétrica - os engenheiros Edmundo Kerug, Antonio Raffin e Tito Martins Ferreira decidiram colocar abaixo o prédio da velha Cadeia Pública. Ele ficava no Centro, exatamente onde hoje está o monumento-túmulo de Carlos Gomes. E os nossos ladrões de galinha - que eram os marginais ousados daquela cidade inocente – foram transferidos para a nova cadeia, no bairro Botafogo.

No ano seguinte, os trens já circulavam pelo ramal da Funilense, trazendo para o Mercado as sacas de gräos que eram colhidos lá pelas bandas do Funil (hoje Cosmópolis). As locomotivas eram o prenúncio do que estava por vir: as máquinas substituiriam as mãos.

Os meninos da AboliçãoPois nem todo campineiro andava preocupado com as óperas do teatro. Para um grupo de garotos de calças curtas, a maior trasnformação daquela virada de século era mesmo um esporte estranho que havia aportado na Capital pelas mãos de Charles Miller. Os meninos sabiam: seis anos antes daquele 1900, Miller - um filho de inglêses formado com toda pompa na Banis Court School de Southampton - já organizava na Várzea do Carmo, na rua do Gasômetro, as primeiras partidas do foot-ball association.

Em 1900, o futebol já era mania entre os paulistanos e já era praticado pelos associados de clubes como o São Paulo Athetic, o Internacional e o Germanya. No interior, só o Savoya, de Sorocaba, difundia a modalidade.

Em Campinas, aqueles meninos de calças curtas reuniram-se no começo da rua Abolição, num descampado onde anos depois seria erguida a Escola Senai. Diz a lenda - a romântica lenda - que a assembléia aconteceu sob a sombra de duas paineiras, no dia 11 de agosto de 1900. Ali decidiram fundar um clube de futebol.

Faziam parte daquele grupo os garotos Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeão), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva, que seria proclamado o primeiro presidente da Associação Atlética Ponte Preta.

Fonte: http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/


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