O ex-jogador Wilsinho, da mesma forma que Basílio, Badeco e Ataliba, trabalha na Associação Cooperesportes Craques de Sempre WWW.FUTEBOLRETRO.NET
Como os outros três ex-jogadores que entrevistei, também aceitou
realizar a entrevista, onde nos passou todo o seu conhecimento e uma
franqueza muito grande. Confiram a matéria.
MAURÍCIO SABARÁ: Wilsinho, conte o seu começo no futebol. Você parece que foi revelado na própria Portuguesa.
WILSINHO: Na
realidade fui pra Portuguesa com 18 anos, saindo diretamente da Várzea,
não tive aquele trabalho Infantil e Juvenil. Ou você vai pra roça ou
vai pro mato, ou seja, vai para o Profissional ou para a carreira.
Graças à Deus tive a oportunidade de ir pra Portuguesa e acabei passando
no teste do Peneira, fiquei, demorei tanto pra chegar em um clube, mas
em compensação subi mais rápido que se imaginava, porque joguei meia
dúzia de partidas em uma equipe Juvenil e um dia chegou o treinador João
Avelino, a quem devo grande parte da minha carreira por ter me dado
esta oportunidade, sendo que hoje ele já partiu deste mundo, assim como
tantos outros treinadores que trabalhei e outros jogadores, fizeram
parte da minha trajetória deste inicio. A vida é assim, uma renovação,
quando chegam os novos, os mais velhos tem que ir embora. Foi uma
carreira meteórica, mas acho que pelo tempo que fiquei, com passagens
boas pela Portuguesa, Juventus e Corinthians. Não tenho o que reclamar
da minha carreira. Talvez hoje, financeiramente, sim, pois antigamente
não tinha o que tem hoje, mas tínhamos mais amor pela camisa dos nossos
clubes, não jogávamos três ou quatro meses, mas cinco anos. Eu fiquei
oito anos na Portuguesa. É uma carreira que você fica direto no clube.
Wilsinho mostra um de seus albuns contendo um pouco da sua historia. Só na Portuguesa foram 8 anos.
EDUARDO VERDASCA: Você veio da Várzea, em um tempo que revelava grandes jogadores.
WILSINHO: Justamente, pra nós que jogávamos nesta época, a Várzea era
uma grande escola. Sair de um time de Várzea para um Profissional
mostra o quanto ela era boa. Além de mim, outros atletas fizeram esta
mesma trajetória. Hoje falamos que tem muito clube no futebol que joga
Campeonato Paulista, Brasileirão na Série B, e não tem um time com a
mesma qualidade de um das Várzeas de antigamente. Surgi, na realidade,
de um campeonato semelhante, a Copa Kaiser, que era patrocinado por uma
marca de cigarro. Foi daí que acabei indo direto pra Portuguesa.
MAURÍCIO SABARÁ: Quando você começou na Portuguesa no final dos anos 60, quem eram os jogadores que você atuou junto naquela época?
WILSINHO:
Quando eu cheguei, a Portuguesa estava fazendo uma renovação no seu
Quadro Profissional, cheguei a treinar um pouco com o Ivair, que acabou
indo para o Corinthians. Tinha o Zé Maria que também foi embora. Havia o
Edu Bala que foi para o Palmeiras junto com o Leivinha. Cheguei a
treinar com o Coutinho já em final de carreira. Teve o Lorico, que foi
um grande jogador e pessoa, que me ajudou muito no inicio. Tinha também o
Ratinho. A Portuguesa sempre na época tinha 15 ou 20 jogadores que, pelo menos a metade, eram trazidos da Categoria de Base.Portuguesa 1973 - Em pé estão: Pescuma, Zecão, Badeco, Isidoro, Calegari e Cardoso;
agachados estão Xaxá, Enéas, Cabinho, Basílio e Wilsinho
MAURÍCIO SABARÁ: Era um celeiro de craques.
WILSINHO:
Justamente, só que não conseguia segurar estes jogadores, pois
valorizavam muito e ela acabava cedendo. A Portuguesa era assim, fonte
alimentadora do Palmeiras, Corinthians e São Paulo, sendo também que
muitos jogadores acabavam indo pra Portugal, Bélgica e Equador.
MAURÍCIO SABARÁ:
Depois destes jogadores citados, você fez parte de uma grande equipe da
Portuguesa, jogando junto com Xaxá, Ratinho, Badeco, Basílio e do
grande Enéas. O que você tem a dizer sobre este grande time, além do
Enéas?
WILSINHO:
Era um time que praticamente a metade dele vieram das Equipes de Base.
Havia um goleiro chamado Carioca. Veio Arenghi, subiu Isidoro,
Cardosinho, Enéas, eu, Fabinho que infelizmente faleceu, tinha Tadeu,
Válter, Roberto Bacurú que acabou indo pra Feitosa de Belém do Pará,
morando hoje lá. Difícil você ter um time Base, quando não ganhamos nada lá, porque sempre tiravam um jogador, desmontavam e colocavam outro. Neste época de 70, subiram 9 jogadores. Hoje, pelo que tenho visto, somente o Santos está conseguindo fazer o que a Portuguesa fazia antigamente.
Portuguesa 1975 - Em pé estão: Mendes, Zecão, Badeco, Calegari, Santos e Cardoso
MAURÍCIO SABARÁ: Qual
é a lembrança que você tem deste famoso título de 73 decidido com o
Santos? Mesmo sendo dividido, acredito que tenha sido uma conquista
inesquecível pra você como pra os demais jogadores e torcedores da
Portuguesa.
WILSINHO:
Se comenta muito sobre a divisão deste título, mas ele tem um aspecto
saudosista muito bom, porque foi em uma época e transição, tanto do
time, diretoria e treinador, porque tinha saído o Cilinho, chegando o
Oto Glória. Ele fez uma transformação e ajustou alguns jogadores. Pra
mim foi o grande treinador que trabalhei, sendo que quando ele chegou na
Portuguesa, eu estava indo embora para o América de São José do Rio
Preto e naquela semana ficou aqueles ajustes, fez alguns coletivos e
acabei treinando em uma equipe de baixo e veio conversar comigo,
perguntando o que está acontecendo comigo. Eu falei que havia um
desacerto e vou ser emprestado. Ele disse pra
eu não fazer nada, que iria falar com o presidente, o Oswaldo Teixeira
Duarte, talvez um dos maiores presidentes que a Portuguesa já teve,
sendo que os outros não conheci. O Oto Glória falou pra ele que
precisava de mim como jogador, tinha um esquema na cabeça e que eu
encaixava bem e acabei fazendo um contrato de três meses de risco.
Acabei não indo pro América, a transação já quase pronta foi cancelada.
Wilsinho x Zé Maria - Um grande duelo na partida entre Portuguesa e Corinthians no campeonato paulista.
MAURÍCIO SABARÁ:
Você era um ponta-esquerda veloz, driblador e ia até a linha de fundo,
como era comum nos pontas do passado. Quem eram os grandes
pontas-esquerdas da época?
WILSINHO:
Eu acho que todo o grande clube tinha um ponta. Mas o meu grande ídolo,
concorrente e amigo era o Edu, do Santos. Ele era fantástico, tinha uma
admiração muito grande por ele. No Palmeiras tinha o Nei, o Corinthians
teve o Eduardo que faleceu e Aladim, e o São Paulo tinha o Paraná. Sem
contar os do Rio, Minas, do Sul e do Norte. Eram jogadores muito bons.
Quem estava jogando não se machucava de jeito nenhum, pois sabia que se
isso acontecesse, tinham reservas bons, às vezes até superiores ao
titular. Hoje não vemos isso.
MAURÍCIO SABARÁ: Além dos pontas-esquerdas, haviam também os laterais-direitos. Fale sobre os que te marcavam.
MAURÍCIO SABARÁ: Em 73 foi campeão junto com o Basílio, Badeco e Enéas. Copa de 74 estava chegando. Parece que você foi convocado.
WILSINHO:
Fui relacionado. Aquela Seleção de 74 lembrou um pouco a bagunça de 66.
A Portuguesa foi jogar no Rio de Janeiro contra o Fluminense e
Flamengo, ganhando os dois. Fomos, o Enéas e eu, à um programa de
televisão e na ocasião o João Saldanha disse que deveríamos ser
convocados. Pelo menos estaríamos entre os 22. Acabamos indo pra São
Paulo. Na época da convocação, fui relacionado entre os jogadores. Só
que na hora de convocar, o Zagallo preferiu o Dirceu, pois achava que
ele era mais versátil, estilo de jogo igual ao dele, como ponta e meia
que ele gostava e adotava. Fiquei de fora na relação dos que poderiam
ser chamados caso machucasse alguém. O Enéas foi convocado e durante os
treinos foi cortado. Não adiantava você ser um bom jogador, pois a
Portuguesa não tem força na Federação Paulista e na CBF. Os jogadores
ficavam em segundo plano. A Portuguesa sempre teve grandes jogadores,
até hoje tem, não como antigamente, isto é um fato que deixou aquela
pequena mágoa que você tem da carreira, mesmo porque nem tudo é um mar
de rosas e acontecem algumas decepções.
MAURÍCIO SABARÁ:
1974 se foi. Estamos em 75. E a Portuguesa mais uma vez está decidindo
um título. Ela nos anos 70 era sempre forte e um time de chegada. O que
aconteceu em 75, que vocês desta vez não chegaram?
WILSINHO:
O mesmo que aconteceu em 73, nos pênaltis. Eu hoje até brinco, na época
não, que o título de 73 foi importante porque todo mundo fala que
saímos correndo do campo, o Oto escondeu todo mundo, mas na realidade
sabia que se eu acertasse a trave ia dar aquela confusão e acabou
dividindo. Em 75 a mesma coisa e eu era o capitão da equipe nas vezes
que o Badeco não jogava. O Dicá bateu e outro que não me lembro que
acabou errando contra o São Paulo. Fui bater o pênalti também e errei.
Eu sempre falo nas entrevistas que dou que quando cheguei em casa, desta
vez não acertei na trave, a bola sumiu, meu pai brincando se acharam a
bola, pelo jeito ela deve ter caído fora do estádio! Risos ...
Mas
a Portuguesa chegou. Em 74 deixamos de ir pra final porque perdemos um
jogo importante em Bauru, contra o Noroeste, coincidência do destino
foram os dois jogadores que a Portuguesa dispensou, o Rodrigues
ponta-esquerda e o Lorico, que foram os grandes jogadores daquele dia,
estávamos numa tarde ruim, tudo de errado aconteceu naquele dia e o
Corinthians acabou indo pra final contra o Palmeiras. Na verdade era a
Portuguesa que ia pra esta final.
MAURÍCIO SABARÁ: Em 76 você foi para o Juventus.
WILSINHO:
Em 76 eu tive mais um ano na Portuguesa. Era um rebelde sem causa com
26 anos. Porque eu via todo mundo todo ano, vai reforçar e comprar, saía
um e outro, sendo que eu continuava na ponta-esquerda. Aí fiquei meio
rebelde, fiz algumas trapalhadas e me desinteressei um pouco. Hoje, com a
idade que tenho, reconheço estas coisas e acabei tendo um
desentendimento com o presidente e fui embora para o Juventus junto com
alguns jogadores, na troca com o Tatá que hoje é auxiliar técnico do
Muricy e chegou outro goleiro. Foi uma troca de jogadores, como fez o
Fluminense com o Corinthians.
Juventus 1977: João Carlos, Carlos, Bracalli, Polaco, Tião e Deodoro. Agachados: Xaxá, Elói, Tatá, Serginho e Wilsinho
EDUARDO VERDASCA:
Voltando na parte de decisões por pênaltis, muita gente lembra da
decisão, como se continuasse o Santos venceria. Mas quando lembramos do
tempo normal, houveram algumas injustiças que poderiam ter levado a
Portuguesa ao título sem a decisão por pênaltis. Ninguém se lembra disso.
WILSINHO:
Correto! Houve algumas chances dos dois lados. O Santos também teve
bola na trave com Pelé. Nós também tivemos bola na trave. Houve um lance
do Basílio que acabou não sendo feliz na finalização, sendo que a mesma
sorte que teve no Corinthians não aconteceu na Portuguesa em 73. E
tivemos o principal, que foi o gol do Cabinho anulado. Todo mundo fala
que não lembra e lamentavelmente talvez não tivesse sido visto. A
televisão naquela época não era tão moderna como hoje, acho que não
existe imagem daquele jogo, mesmo porque ninguém consegue passar o jogo
inteiro, sempre passa os lances dos pênaltis, mas nós tivemos um gol
legítimo anulado pelo Sr. Armando Marques. A Portuguesa teria vencido
normalmente.
EDUARDO VERDASCA: Era uma época que a Portuguesa tinha uma torcida muito grande. Tivemos um Morumbi com muitos torcedores.
WILSINHO:
Eu tenho registrado em torno de 118 e 120 mil pagantes. Na época
evidente que o Santos tinha mais com o Pelé. Mas a Portuguesa tinha a
sua torcida que comparecia e sou contra a mudança de nome do time, pois
desde que você tenha time, a torcida comparece. Eu acho que o nome não
importa, pois quando você ganha e tem um bom time, jogávamos com
estádios cheios no Canindé, Pacaembu e Morumbi. Muita gente na final foi
torcer pra Portuguesa, mesmo quem não torcia pro time, mas dá pra ver
na época que ela sempre teve bons times.
Corinthians 1979 : em pé estão Ze Maria, Mauro, Solitinho, Djalma, Caçapava e Wladimir
Agachados: Vaguinho, Socrates, Geraldão, Wagner Basilio e Wilsinho
Eduardo Verdasca, Wilsinho e Mauricio Sabará . Uma tabelinha muito bem feita.
MAURÍCIO SABARÁ:
Depois de encerrar a carreira você trabalhou como técnico de futebol
Masculino e também Feminino. Como foi esta experiência esta experiência
com as mulheres no futebol, além também do masculino?
WILSINHO:
Quando assumi o Masculino Infantil, foi depois do Juvenil que já havia
um treinador. Fiquei no Infantil, que nunca eu havia trabalhado. Seria o
início de uma carreira. Só que entrei de manhã e fui demitido à tarde,
porque eu tinha aquela idéia revolucionária, pois você tem que ter as
coisas pra realizar um bom trabalho. Eu cheguei na Portuguesa e não
tinha bola, chuteira e camisa. Com podia trabalhar, com quase 90
jogadores, podendo usar somente usar 22? Posso trabalhar no mínimo com
30. Não vai dar. Eles acabaram não gostando que pedi para o roupeiro
colocar as coisas velhas dentro de um saco, não dei o treino e joguei
tudo fora. Chamaram-me à tarde e disseram que não dava pra eu continuar
como treinador, dizendo que joguei tudo fora. Eu respondi que só limpei.
Depois entendi, porque a Portuguesa teve uma fase ruim com uma má
administração, não deixando nada pra Lusa. Ela estava errado de baixo
pra cima e de cima pra baixo. Não tinha nada na Base e nem no time
principal. Eu achava que você tem que dar condições de a pessoa
desenvolver o que sabe, com uma chuteira, bola em condição, portanto não
concordava com aquilo. Acabei voltando e montei uma bela Equipe
Infantil, saindo alguns jogadores que estão rodando por aí. Quanto ao
Feminino, muitas jogadoras da Seleção Brasileira passaram comigo.
MAURÍCIO SABARÁ:
Uma bela passagem pela Portuguesa. Também uma boa passagem pelo
Juventus, jogando com Ataliba e outros jogadores de destaque. Chega 1979
e você é contratado pelo Sport Club Corinthians Paulista. Na época
havia um ponta-esquerda muito bom que era o Romeu Cambalhota. Fale desta
sua passagem pelo Corinthians, do título de 79 e como foi esta disputa
sadia de posição com o Romeu?
WILSINHO:
Quando saí da Portuguesa para o Juventus, este time formou uma grande
equipe. Sempre do grande time da Portuguesa e do Juventus. O Corinthians
acabou montando também um super time, com Zé Maria, Amaral, Wladimir,
Caçapava, Basílio, Biro-Biro, Sócrates, Palhinha, Geraldão, Vaguinho,
Romeu e eu. Qualquer um que o treinador colocasse, estava tranqüilo,
pois tinha grandes jogadores. Eu fui para o Corinthians com 29 anos e
super experiente. O pessoal falava que quando chegava aos 30 era hora de
parar. Acabei jogando 3 anos e tive a felicidade de ser campeão em 79, o
ano que cheguei. O Corinthians conquistou em 77, no ano seguinte foi o
Santos em e79 ganhou novamente o Corinthians, sendo que teve uma
paralisação no final do ano, houve briga do Matheus com a Federação e
com o Palmeiras. O campeonato parou em Dezembro, voltando em Janeiro,
eliminamos o Palmeiras e acabamos indo pra final decidindo novamente com
a Ponte, com o Corinthians sendo campeão em 79. Joguei ainda em 80/81,
quando voltei pra equipe do Juventus, jogando por mais 2 anos e
encerrando a carreira.
EDUARDO VERDASCA:
Estávamos falando dos últimos anos, que a Portuguesa não teve mais
aquela fase dos anos 70, houve um grande esquadrão nos anos 50 e de uns
anos pra cá as coisas não andam tão bem. A impressão que se dá é que a
Portuguesa não se enxerga como um time grande.
WILSINHO:
Teve uma época que a Portuguesa foi considerada como o quinto clube de
São Paulo. Ela perdeu o seu espaço, não houve grandes investimentos nas
Categorias de Base, teve um momento que ela foi crescendo e se
solidificando como um clube grande. Sempre ficou naquele bloco. Ela
abandonou a Categoria de Base. Se fizermos um retrospecto, depois da
década de 70, podemos lembrar de Zé Roberto, que foi embora. A
Portuguesa tem um ou outro jogador. Um time que revelou Ivair, Leivinha,
Basílio, Enéas, eu, Edu e Zé Maria, você vê que eram vários. Hoje eu
vejo o Santos fazendo este trabalho e o São Paulo resolveu ver que a
solução é a Categoria de Base. Evidente que você tem que mesclar os
jogadores jovens com os mais experientes, pois você tem que ter uma Base
forte pra ser o alicerce dos que vem de baixo. E hoje a Portuguesa tem
comprado jogadores que não vamos criticar. Cada época tem sua época. Eu
respeito estas passagens. O jogador tenta fazer o papel dele. Talvez não
seja o ideal, mas o clube é o responsável por aquele que ele forma e
compra. Vejo muita gente despreparada trabalhar nas Categorias de Base,
como professor de Matemática. Uma vez falei com o diretor do
Corinthians. Na CBF tem muito militar. Na arbitragem tem o Coronel
Marinho. Tem coronel na Portuguesa e Desembargador no Corinthians. Falei
para este Desembargador, que quem é de segurança tem que cuidar disso, o
militar precisa dar segurança ao povo e não se meter com jogador. Já
imaginou se me dão um revólver? Faria bobagem. E quando eles vão para o
futebol, também fazem bobagem. Eu não aceito interferência como
treinador, de pessoas que não são do meio e falam. Pra discutir contigo
tem que ter conhecimento na escalação do time e isso prejudica muito.
Sabemos das mutretas no futebol, empresário que passa pra frente
jogador, diretor que ganha comprando bonde. Quem paga é o clube e a
torcida. Tudo passa, mas o clube fica.WWW.FUTEBOLRETRO.NET
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