brasil1970

sábado, 6 de novembro de 2010

Palmeirenses encontram, por acaso, relíquia da Copa Rio de


1951

sex, 25/12/09
por gm marcelo |

Bola_1951Em 2009, o futebol do Palmeiras não conseguiu acrescentar uma taça à rica sala de troféus do clube. Mas o local ganhou este ano uma peça importante na história alviverde: a bola do jogo que deu ao clube a sua conquista mais significativa, na opinião de grande parte dos palmeirenses: a Copa de 1951, ganha após o empate por 2 a 2 com o Juventus (Itália), em 22 de julho, no Maracanã. Título reivindicado pelo clube como de campeão mundial.
Hoje, a bola repousa ao lado da Copa Rio no salão de troféus da sede do clube, no Palestra Itália. Mas ela esteve durante muito tempo esquecida em um depósito no local. E foi encontrada por acaso.
Quem a descobriu, meio sem querer, foi o zelador da sala, junto de outras três antigas (uma de vôlei, outra de futebol de salão e uma terceira de futebol).
- Tem umas bolas aqui no depósito embaixo do (troféu Ramon de) Carranza. Que fim dou nelas? – indagou.
Ainda bem que ele perguntou antes de tomar uma atitude.
A marrom, de capotão, com alguns carimbos, chamou a atenção de alguns sócios do clube, interessados pela história da agremiação.
A marca (Superball), o carimbo da CBD, o nome do presidente palmeirense na época (Mario Frugiuele) e uma dedicatória parcialmente ilegível da Rádio Mauá, uma emissora do Rio, despertaram a possibilidade: será que foi a ‘redonda’ da final da Copa Rio?
A desconfiança virou praticamente uma certeza com uma perícia. Os especilistas verificaram que a inscrição da rádio era uma saudação ao Palmeiras “pela conquista do Campeonato Mundial de 51″.
Após a investigação, o pesquisador José Ezequiel, um dos responsáveis pela descoberta, encontrou uma foto que mostrava o juiz da partida contra o Juventus, Gabriel Tordjan, entregando a bola do apito final ao presidente palmeirense.
A bola ficou durante anos ficou na casa de Mario Frugiuele, até ser entregue ao clube por familiares do dirigente.
Não se sabe como ela foi parar em um depósito. Mas hoje, tem o local de destaque merecido.

Relíquias do esporte

sex, 15/05/09
por gm marcelo |


Um dos objetivos do blog Memória Esporte Clube é ajudar na preservação de itens que tenham relevância para o esporte nacional. E com este post inauguramos a seção “Relíquias do esporte”, em que vamos mostrar preciosidades que estão em poder de alguns felizardos. Quem inaugura a seção é o jornalista Leonardo Murgel, proprietário de uma camisa da seleção brasileira usada por Rivellino na Copa de 70. No depoimento abaixo, Leonardo conta como conseguiu essa lembrança do melhor time de todos os tempos, na opinião de muitos especialistas. E se você tem um item interessante, envie um e-mail para a gente www.camisasdefutebolretro.com, contando detalhes da sua raridade. Ela poderá ser destacada no blog.




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A minha relíquia, que na verdade não era minha, mas virou há uns 15 anos, vai completar 39 anos no próximo mês. Ela foi trazida pela minha avó e pelo meu avô para o meu pai, quando os dois foram para o México assistir à Copa do Mundo de 1970. O meu tesouro é uma camisa, número 11, usada por ninguém menos que Roberto Rivellino durante um dos seis jogos vencidos pelo Brasil naquela brilhante e estupenda trajetória em terras mexicanas.
Meus avós conseguiram entrar na concentração da seleção brasileira em Guadalajara, pois o cunhado da minha avó era diplomata e conhecia o embaixador do Brasil no México. Não só entraram, como pegaram a assinatura de todos os jogadores em uma bandeira do Fluminense, mas como a caneta era esferográfica, com o tempo a tinta saiu. Pediram uma camisa do Pelé, mas, obviamente, não conseguiram. Ganharam a do Rivellino, que entregaram ao meu pai assim que voltaram ao Brasil.
Pouco antes da Copa do Mundo de 1994, nos EUA, meu pai me deu a camisa. Tinha apenas 11 anos, mas logo consegui ter noção do que esta camisa amarelo ouro, com golas e mangas verde bandeira significava, significou e significa.
Isso já bastaria para ser uma relíquia de valor inestimável. Mas não é só isso. Como diz o hino, “Sou tricolor de coração…”, portanto pensem: a minha jóia foi usada pelo maior time de futebol de todos os tempos, a seleção símbolo do futebol-arte e ainda por cima por aquele que foi o maior craque que já jogou pelo Tricolor – sim, apenas Tricolor. Afinal, como dizia o eterno Nelson Rodrigues: “O Fluminense é o único time tricolor do mundo. O resto são só times de três cores” – e ídolo do maior meia esquerda da história do esporte bretão – Maradona. O que mais eu poderia querer como relíquia?
A camisa tem uma assinatura dedicada a mim. Na semana seguinte à final da Copa de 1994, por coincidência contra a mesma Itália da qual a seleção de 70 havia ganho 24 anos antes, minha mãe viu o Rivellino em um posto de gasolina em São Paulo, na região do Brooklin. Ela me ligou de um orelhão – naquela época ainda não existia celular – mandou eu pegar a camisa do craque, que por um acaso eu estava vestindo, foi voando para casa, me buscou e fomos até o posto. O Rivellino continuava lá e ficou mais do que surpreso quando bateu os olhos na camisa. “Não acredito!!!”, exclamou. Viu a etiqueta, e disse: “Caramba! Eu usei essa camisa na Copa de 70?” Eu, completamente estupefato, apenas balancei a cabeça positivamente. A minha mãe falou: “Tem até o ‘negocinho’ embaixo do braço” e ele deu risada. Depois ficamos cerca de dez minutos conversando, explicando a história da camisa. Ele foi super atencioso, nos tratou muito bem e desde então ela costuma ser a minha camisa da sorte para jogos do Brasil. Tudo bem que não funciona sempre. Mas isso é uma outra história e nesses 15 anos que está comigo, ela está com saldo positivo”.

www.camisasdefutebolretro.com 

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