Barcelona x Real Madrid em 1957.
O espanhol Luis Suarez é considerado por muitos
o maior jogador espanhol de todos os tempos. Foi
o vencedor do premio dado pela revista francesa
Balon D'or ao melhor jogador do mundo em 1960.
Já Di Stefano venceu no ano anterior 1959 e 57.
Luis Suarez em 122 partidas pelo Barcelona fez 61
gols numa media de 1 gol a cada duas partidas.
Já o craque argentino Di Stefano fez 486 jogos e
507 gols, uma marca impressionante.
Travaram grandes clássicos entre 1954 a 61.
terça-feira, 6 de julho de 2010
O Craque disse e eu anotei - BADECO
No dia primeiro de julho tinha uma entrevista agendada com o Basílio, que é presidente da Associação Cooperesportes Craques de Sempre. Coincidentemente o ex-jogador Badeco também trabalha lá e aproveitei para realizar mais uma entrevista. Confiram a matéria.
FTT: O que você achou da Portuguesa depois da carreira? Houveram times que você tenha gostado?
BADECO: A Portuguesa teve um time bom, vice-campeão brasileiro em 96. Época do Rodrigo, Capitão e Leandro. Realmente era um time excepcional. A Portuguesa tinha uma coisa gozada, pois quando tinha volantes da raça negra, desde a época do Brandãozinho, o time sempre teve bons momentos. Foi grande time de futebol, pois teve Ceci, Hermínio, Julinho Botelho, e Djalma Santos. Todos grandes baluartes do futebol.
FTT: E o Denner?
BADECO: O Denner era excepcional, foi uma pena. O Basílio uma vez levou ele pra jogar no Operário da Vila Maria. Estava no meio-de-campo o Biro-Biro e eu. Nesta época estava com uma idade mais avançada, pois sou uns dez anos mais velho que o Biro-Biro. O Basílio me disse que tem um garoto que jogava muito. E ele jogou no time contrário. Ele me deu um balanço que eu nem tinha condições de ir atrás, pois a idade não permitia. Era um fora-de-série, pena que a vida o levou. Era veloz, buscava sempre o gol e fazia jogadas diferentes.
FTT: O que você achou da Seleção de 2010?
BADECO: Temos possibilidades de levar, pois já levamos a Copa das Confederações. Criticam muito o Dunga, mas não apresentam fatos. Se formos ouvir os jornalistas, cada um tem a sua Seleção. Acho que o Dunga percebeu isso e montou o time dele, embora talvez não gostamos de alguns jogadores. Nenhuma Seleção foram todos que o público gostou. O time joga como ele quer e busca o resultado que ele quer.
REPORTAGEM: Maurício Sabará Markiewicz - FOTOS: Estela Mendes Ribeiro
Badeco gentilmente concedeu uma entrevista contando
um pouco da sua brilhante historia.
FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS: O que você tem a falar sobre a sua passagem pela Portuguesa de Desportos?
BADECO: Foi um momento único na minha carreira de jogador de futebol. Eu vinha do América do Rio e no começo fui criticado no futebol paulista. Depois fui me adaptando, até porque eu sou catarinense e tenho que me adaptar ao que é o futebol. Fomos campeões paulistas divididos com o Santos e, em 75, fui vice em outra disputa de pênaltis com o São Paulo. Só o fato de ter um título junto com o Pelé já é muito bom.
FTT: Esta final de 73 foi muito polêmica. Teve aquele erro nas contagens do juiz Armando Marques. É um título que você, como grande jogador da Portuguesa que foi, guarda com muita recordação?
BADECO: Guardo porque ficou na história. Fatos que acontecem, que você está presente naquele momento, fui feliz, mesmo sabendo que foi dividido, mas é um título, tanto que as duas forças se igualavam, mesmo o Santos tendo alguns talentos individuais melhores, tínhamos também um time coeso, bom, certinho, saía na hora certa, ficamos invictos no segundo turno ganhando do Santos por 1 a 0. Neste time tinha o Enéas, Basílio, Wilsinho, Xaxá e o Cabinho que foi jogar no México. A nossa equipe era muito boa.
Time campeão em 73:
Em pé: Pescuma, Zecão, Badeco, Isidoro, Calegari e Cardoso;
agachados estão Xaxá, Enéas, Cabinho, Basílio e Wilsinho
FTT: Fale sobre o vice-campeonato paulista de 1975.
BADECO: Existem muitas facetas no futebol. O São Paulo foi muito inteligente naquele momento, pois neste jogo que vencíamos por 1 a 0, o Muricy foi expulso e tínhamos perdido pra eles na quinta. Fomos para a prorrogação, sendo que o São Paulo alegava outro jogo, que poderia colocar outro jogador, ficando aqueles quinze minutos naquele discussão, consequentemente você esfria o corpo e para retornar demora pra você esquentar o seu corpo. Esta eu considero a grande jogada do São Paulo, porque naquele momento estávamos melhores.
Em pé: Mendes, Zecão, Badeco, Calegari, Santos e Cardoso
Agachados: Antonio Carlos, Enéas, Tatá, Dicá e Wilsinho
FTT: Sua carreira está muito ligada à Portuguesa. O seu início foi no futebol catarinense?BADECO: Sou de Joinvile. Comecei no América desta cidade. Meu pai também foi jogador. Tive grandes momentos lá. Depois fui para o Corinthians, onde fiquei somente onze meses. Nem dava muito pra jogar, pois na minha posição de volante jogavam o Dino Sani e o Nair. O grupo era muito bom, com o Rivellino, Flávio, Ney, Jair Marinho, Maciel, Ditão, Clovis, Silva, Bataglia e o Gilson Porto. Era um time fenomenal. Mas o Palmeiras e o Santos eram superiores,
levando o Corinthians a ficar muito tempo atrás de um título. Eu fui trocado pelo falecido Eduardo para o América do Rio. O técnico do América era o Evaristo de Macedo e como já tinham jogado em Joinvile, ele lembrou-se de mim e indicou a minha contratação.
FTT: Como foi a sua passagem pelo América do Rio?
BADECO: Foi uma passagem boa. Joguei cinco anos lá. Atuei com o Edu, Tadeu Ricci, Alex, Paulo Cesar, Jeremias e Almir Pernambuquinho. Era um excelente time que joguei. Os quatro primeiros no Rio iam para as finais e nós desbancamos o Botafogo de Gérson e Jairzinho. Ficamos em terceiro lugar e o Fluminense em quarto. Houve aquela manobra e colocaram o Botafogo. E no nosso primeiro jogo os enfrentamos. Nós ficamos chateados, pois tínhamos vencido eles. Dificilmente ganhávamos deles e perdemos por 1 a 0. O América tinha um bom time, mas não tinha força. Eram sempre campeões o Flamengo, Fluminense ou Vasco.
America RJ 1968
Em pé: Rosan, Alex, Badeco, Aldeci, Leon e Djair
Em pé: Rosan, Alex, Badeco, Aldeci, Leon e Djair
Agachados: Bataglia, Almir, Edu, Tadeu e Gilson Porto.
FTT: Achei interessante você citar a Portuguesa e o América, que eram grandes times, vendo que hoje não tem mas esta força.
BADECO: O meu filho até brincou comigo, dizendo sobre estes times (exceto o Corinthians). O América de Joinvile nem existe mais. A Portuguesa passa por aqueles momentos, subindo e descendo. O América do Rio melhorou um pouco com o Romário. A equipe do Juventude está na terceira divisão. É triste você ver o time que jogou estar nesta situação. Queiram ou não, as pessoas te associam àquele clube.
FTT: Badeco, você chegou a jogar pela Seleção Brasileira?
BADECO: Não joguei. Eu tive a felicidade de estar na despedida do Eusébio e jogar com grandes jogadores, como Gordon Banks, George Best, Neeskens e Bob Charlton. Eu quebrei o braço em Recife e perdi a chance de ir pra Seleção Brasileira em 74, pois estava em grande fase. São coisas da vida e temos que aceitar os desígnios de Deus.
Quanta fera reunida numa mesma partida
FTT: Você fez parte de uma geração maravilhosa, jogando com grandes jogadores. Houve algum que era mais complicado para enfrentar?
BADECO: Houve uma pessoa que me perguntou quem eu havia marcado. Marquei Pedro Rocha, Ademir da Guia, Rivellino (e olha que ainda não falei do Pelé! Risos...), Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Silva! Acho que fui um bom jogador (risos...), pois marquei todos esses caras! Portanto esta é a análise que eu faço. Mas teve um jogador que tive dificuldades em marcar, que era o Jorge Mendonça. Jogava muito no canto do campo, não era um jogador centrado, te puxava para o lado do campo, me dando trabalho, já que eu era volante.
FTT: Houve algum médio-volante que tenha te inspirado ou aquele que você admirou?
BADECO: Tiveram bastante. Via muitos jogarem. Vi Zequinha e Chinesinho, uma dupla fantástica que acompanhei quando tinha dezesseis anos. Gostei de ver jogar Lorico e Paiva. Eu vim substituir o Lorico na Portuguesa. Admirava muito o Dino Sani e o Nair. Tinham muitos grandes volantes. Cito também o Clodoaldo e o Chicão. As pessoas perguntam se tenho saudades e como seria se eu jogasse agora. Cada um tem a sua época. Meu pai dizia que nós não jogávamos nada comparando à época dele.
FTT: Quais foram os outros times que você atuou após a sua brilhante fase da Portuguesa?BADECO: Fui para o Comercial de Campo Grande e Juventude de Caxias do Sul. Este último não estive em grande fase, por causa do tendão de Aquiles, mas guardo grandes recordações pela assistência que me deram, mas lamentando a atual fase do time. Poderia até iniciado a carreira de treinador lá, mas não o fiz por ter feito um concurso para a Polícia Federal. Fui delegado e me aposentei. O futebol não efêmero. Uma hora você para e se pergunta o que vai fazer, portanto tem que se fazer alguma coisa para não ter problemas no futuro.
BADECO: Houve uma pessoa que me perguntou quem eu havia marcado. Marquei Pedro Rocha, Ademir da Guia, Rivellino (e olha que ainda não falei do Pelé! Risos...), Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Silva! Acho que fui um bom jogador (risos...), pois marquei todos esses caras! Portanto esta é a análise que eu faço. Mas teve um jogador que tive dificuldades em marcar, que era o Jorge Mendonça. Jogava muito no canto do campo, não era um jogador centrado, te puxava para o lado do campo, me dando trabalho, já que eu era volante.
FTT: Houve algum médio-volante que tenha te inspirado ou aquele que você admirou?
BADECO: Tiveram bastante. Via muitos jogarem. Vi Zequinha e Chinesinho, uma dupla fantástica que acompanhei quando tinha dezesseis anos. Gostei de ver jogar Lorico e Paiva. Eu vim substituir o Lorico na Portuguesa. Admirava muito o Dino Sani e o Nair. Tinham muitos grandes volantes. Cito também o Clodoaldo e o Chicão. As pessoas perguntam se tenho saudades e como seria se eu jogasse agora. Cada um tem a sua época. Meu pai dizia que nós não jogávamos nada comparando à época dele.
FTT: Quais foram os outros times que você atuou após a sua brilhante fase da Portuguesa?BADECO: Fui para o Comercial de Campo Grande e Juventude de Caxias do Sul. Este último não estive em grande fase, por causa do tendão de Aquiles, mas guardo grandes recordações pela assistência que me deram, mas lamentando a atual fase do time. Poderia até iniciado a carreira de treinador lá, mas não o fiz por ter feito um concurso para a Polícia Federal. Fui delegado e me aposentei. O futebol não efêmero. Uma hora você para e se pergunta o que vai fazer, portanto tem que se fazer alguma coisa para não ter problemas no futuro.
Mauricio Sabará e Badeco - Boa tabelinha
FTT: O que você achou da Portuguesa depois da carreira? Houveram times que você tenha gostado?
BADECO: A Portuguesa teve um time bom, vice-campeão brasileiro em 96. Época do Rodrigo, Capitão e Leandro. Realmente era um time excepcional. A Portuguesa tinha uma coisa gozada, pois quando tinha volantes da raça negra, desde a época do Brandãozinho, o time sempre teve bons momentos. Foi grande time de futebol, pois teve Ceci, Hermínio, Julinho Botelho, e Djalma Santos. Todos grandes baluartes do futebol.
FTT: E o Denner?
BADECO: O Denner era excepcional, foi uma pena. O Basílio uma vez levou ele pra jogar no Operário da Vila Maria. Estava no meio-de-campo o Biro-Biro e eu. Nesta época estava com uma idade mais avançada, pois sou uns dez anos mais velho que o Biro-Biro. O Basílio me disse que tem um garoto que jogava muito. E ele jogou no time contrário. Ele me deu um balanço que eu nem tinha condições de ir atrás, pois a idade não permitia. Era um fora-de-série, pena que a vida o levou. Era veloz, buscava sempre o gol e fazia jogadas diferentes.
FTT: O que você achou da Seleção de 2010?
BADECO: Temos possibilidades de levar, pois já levamos a Copa das Confederações. Criticam muito o Dunga, mas não apresentam fatos. Se formos ouvir os jornalistas, cada um tem a sua Seleção. Acho que o Dunga percebeu isso e montou o time dele, embora talvez não gostamos de alguns jogadores. Nenhuma Seleção foram todos que o público gostou. O time joga como ele quer e busca o resultado que ele quer.
REPORTAGEM: Maurício Sabará Markiewicz - FOTOS: Estela Mendes Ribeiro
quarta-feira, 30 de junho de 2010
IUGOSLAVIA - Os brasileiros do leste europeu
Hoje, quando acompanho o sucesso das seleções que faziam parte da ex-Iugoslávia, fico me perguntando: “Como seria, então, uma única seleção formada com craques da Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia?” Essa seleção existiu, e como Iugoslávia recebeu o apelido de “brasileiros do leste europeu”. Falar de Iugoslávia, sem citar história política, é praticamente impossível. Por isso, um pouco de sua história . A primeira união entre os eslavos do sul aconteceu após a Primeira Guerra Mundial, quando foi fundado o Reino de Sérvios, Croatas e Eslovenos. Depois o Rei Alexandre I mudaria o nome para Reino da Iugoslávia. Anos se passaram, e com a Segunda Guerra, italianos e alemães invadiram a Iugoslávia, impondo o regime nazista e perseguindo várias etnias da região. Então, o primeiro ministro Tito formou um bravo exército socialista, que heroicamente resistiu à invasão. Em 1953, Tito fundou a República Socialista Federativa da Iugoslávia, formada por seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia. Para resumir o sistema político-étnico da Iugoslávia de Tito, usava-se a seguinte frase: “Seis repúblicas, cinco etnias, quatro línguas, três religiões, dois alfabetos e um Partido”.Com a morte de Tito, em 1980, começaria a surgir um forte sentimento de nacionalismo entre os grupos étnicos que compunham a Iugoslávia. Ao mesmo tempo em que o regime comunista se enfraquecia consideravelmente, culminando com o fim da URSS e também com a queda do muro do Berlim, na Iugoslávia ocorria os já esperados movimentos separatistas entre os eslavos do Sul. Croácia, Eslovênia e Macedônia declarariam independência em 1991. A Bósnia-Herzegovina tentaria tomar o mesmo caminho, mas o presidente iugoslavo Milosevic se recusava a aceitar. Por isso, ocorreria uma guerra civil sangrenta, após a Bósnia-Herzegovina conseguir sua independência em 1992. Nesse caos, sobraria da Iugoslávia, apenas as repúblicas de Sérvia e Montenegro. No ano de 2003, foi fundada a União de Sérvia e Montenegro, e em Junho de 2006, Montenegro e Sérvia, enfim, separaram-se e tornaram-se países independentes. A região de Kosovo, até hoje, tenta se separar da Sérvia.
IUGOLAVIA 1X1 BRASIL - Copa do Mundo 1954
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IUGOLAVIA 1X1 BRASIL - Copa do Mundo 1954
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