brasil1970

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Clássicos do interior

Pegando carona no interesse dos amigos Holden e Tulio, criei este tópico para contar a história de alguns clássicos do interior paulista. Sendo do Vale do Paraíba, aproveito para contar um pouco da história da invasão capira do Vale na capital em 1979... Em 1979, Taubaté e São José, chegaram a decisão da antiga Divisão Intermediária do futebol paulista. Duas cidades vizinhas, rivalidade à flor da pele, tanto que por motivo de invasão de torcedores no jogo anterior, a partida decisiva foi transferida pela FPF (Federação Paulista de Futebol) do estádio Martins Pereira (em São José dos Campos) para o Parque Antárctica em São Paulo. O jogo era dramático para as duas equipes, quem ganhasse garantia o acesso, um empate mataria os dois times, pois no quadrangular, o Santo André enfrentava a eliminada Esportiva de Guaratinguetá no mesmo dia e horário no Pacaembu e dependia deste empate para vencer e subir. O São José era considerado pela imprensa esportiva da época, favorito. Dirigido pelo ex-palmeirense Filpo Nuñes, tinha jogadores conhecidos, como o ex-corinthiano Darcy, o meia Tatá e o artilheiro do interior Tião Marino. O Taubaté contava com um elenco forte, um grupo de jogadores menos conhecidos, mas muito unido. Entre os heróis taubateanos, um muito conhecido na ocasião (principalmente pelos torcedores mineiros) era o zagueiro Buzuca que ficou conhecido após o Rei Reinaldo dizer que depois de enfrentá-lo, nem medo da morte tinha mais... Antônio Carlos, Toninho Taino, Amaury e China (que é de BH) eram os feras do Taubaté. Continuação... As duas cidades (separadas por 40 KM) viveram dias de muita ansiedade e pararam na noite de 11 de novembro. Só de Taubaté foram mais de cem ônibus, além de carros e de taubateanos residentes na capital. a também fanática torcida do São José não ficou atrás e também invadiu a capital. O Vale do Paraiba invadiu São Paulo. Na matéria da revista Placar registra mais de oito mil torcedores do Taubaté, o publico foi de 17 mil torcedores. Em campo, quando a bola rolou o Burro da Central (apelido do Taubaté) abriu o placar logo nos minutos iniciais com um gol de Amaury. Antes dos dez minutos, a Águia do Vale (apelido do São José) teve a chance de empatar através de um pênalti não convertido por Darcy. O jogo foi tenso com duas expulsões (Banha do Taubaté e Nenê do São José) ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, o São José ainda perdeu seu artilheiro Tião Marino (também expulso), mas teve forças para buscar o empate. Em seguida, o Taubaté conseguiu o gol da vitória com um gol super suado do artilheiro Antônio Carlos. Eis o vídeo deste momento épico do futebol do Vale do Paraíba. http://www.youtube.com/watch?v=tbgJH1IrGRA O Come-Fogo O clássico entre Comercial e Botafogo, as duas equipes de futebol profissional de Ribeirão Preto/SP, é disputado oficialmente desde 19 de dezembro de 1954, quando ocorreu um empate em 1 x 1 no antigo estádio Luís Pereira, onde hoje funciona o Poliesportivo do Botafogo. Os gols da partida, válida pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão, foram marcados por Américo (B) e Mairiporã (C). Antes disso, na fase amadora, foram disputadas 19 partidas, com supremacia do Comercial (12 vitórias contra 3 do Botafogo e 4 empates). Na fase profissional a hitória continua sendo contada, dia após dia. A expressão Come-Fogo surgiu em novembro de 1954, quando o cronista esportivo Lúcio Mendes escreveu um artigo sobre a possibilidade de confronto entre as duas equipes: "Imaginem um clássico entre o Botafogo e o Comercial, dentro do torneio de acesso. Um autêntico Come-Fogo! Sim, um clássico do nosso futebol principal, no futuro, na segunda divisão do futebol profissional bandeirante será qualquer coisa de grandioso". Alguns vídeos deste grande clássico do interior paulista http://www.youtube.com/watch?v=s_tBxr-obYo&feature=related

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