quarta-feira, 15 de junho de 2011
O craque disse e eu anotei - MARIO TRAVAGLINI
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O
telefone do Mario Travaglini já havia conseguido há algum tempo através
da Associação Craques de Sempre. Entrei em contato com ele e de
imediato marcamos o dia, local e horário da entrevista. Pra mim foi uma
satisfação entrevistá-lo, pois era a primeira vez que entrevistava um
técnico de futebol. Já havia entrevistado o Dino Sani, que também foi
treinador, mas marcou mais como jogador. Travaglini é extremamente
inteligente, tranqüilo nas suas respostas e grande conhecedor da sua
profissão, além de ter sido jogador de futebol, presidente do Sindicato
dos Treinadores e trabalhar ativamente na melhoria das classes que
representava. Confiram a matéria.
FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS: Você nasceu no bairro do Bom Retiro em 1932. Quando criança, quem eram os seus ídolos no futebol?
MARIO TRAVAGLINI:
Comecei a jogar futebol com 14 anos. Tinham grandes craques na época,
do Palmeiras, São Paulo e Corinthians. Eu observava eles jogando. Nesta
ocasião fui Campeão Paulista Infantil do time do Ypiranga em 1948, que
foi justamente o primeiro campeonato que disputei.
YPIRANGA anos 50 - Mario Travaglini é o terceiro em pé a partir da esquerda.
FTT: Parece que você foi descoberto pelo pai do Rubens Minelli, o Francisco Minelli.
TRAVAGLINI: Muitos
jogadores da várzea iam para os clubes. O bairro do Bom Retiro foi um
celeiro de jogadores e treinadores, como o próprio Rubens Minelli,sendo
que seu pai me levou para os Infantis, começando a minha carreira.
FTT: A sua estréia no time Profissional foi em 1953, numa partida contra o Corinthians. Qual é a sua recordação deste primeiro jogo?
TRAVAGLINI: Houve
uma surpresa, porque não estava preparado, sendo que nunca tinha
treinado pela equipe Profissional. Eu jogava nos Aspirantes, já morava
na Barra Funda e o jogo foi no Pacaembu. Chegando lá, o técnico dos Aspirantes disse que não iria jogar porque
o Sastre, que era o técnico dos Profissionais, queria colocar o
substituto para o Giancoli, que era o beque-central, pois houve um
problema de saúde com ele. O Sastre, que foi jogador do São Paulo, me
disse algumas palavras, dizendo que tinha que jogar o que sei, porque
havia me visto jogando. Aquilo foi o meu alicerce. Joguei bem contra o
Corinthians e de lá pra cá passei a ser Profissional, sendo depois
treinador.
FTT: Você atuava como zagueiro, enfrentando grandes ataques, como o do Corinthians, Portuguesa, São Paulo, Palmeiras e Santos.
TRAVAGLINI: Haviam grandes atacantes. Era muito difícil marcá-los.
FTT: Depois
foi para o Palmeiras, jogando em um grande time, com Jair Rosa Pinto,
Rodrigues, Waldemar Fiúme e, chegando, depois, o Mazzola.
TRAVAGLINI:
Fui contratado pelo Palmeiras em 1955. Lembro que jogavam o Laércio,
Manuelito, Mário, Valdemar Carabina (que já tinha jogado no Ypiranga),
Dema, Liminha, Humberto Tozzi, Nei, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Essa
foi a equipe que joguei. Tive uma contusão e fui emprestado para o
Nacional.
Em
pé a partir da esq. Laercio, Manoelito, Mario Travaglini, Ruarinho,
Gersio Passadore e Waldemar Fiume. Agachados: Renatinho, Liminha,
Humberto Tozzi, Jair Rosa pinto e Rodrigues Tatu.
FTT: Se não me engano, você jogou na Ponte Preta no final de carreira.
TRAVAGLINI: Joguei
três meses lá. Tinha um emprego na estrada de ferro Santos/Jundiaí,
porque em 1955 me formei em Economia. Acabei abandonando o futebol.
Passou um tempo e o Palmeiras foi me chamar pra trabalhar nas Divisões
de Base, pois o Rubens Minelli era o técnico e havia sido contratado por
outro clube, iniciando assim a minha carreira de treinador.
FTT: No seu início de carreira, era interino.
TRAVAGLINI: Comecei
em 1963. Fui Campeão Infantil, Juvenil e Aspirante. Era também
auxiliar. Naquela época, pra ser treinador, era mais tranquilo. Nessa
interinidade, dirigi o Palmeiras por dez vezes, ganhando o Campeonato
Paulista de 1966 e a Taça Brasil no ano seguinte. Fiquei praticamente
até 1971, quando começou a minha carreira como supervisor, que hoje é o
gestor. Fomos dando sentido à
esta gerência e quando havia a saída de um treinador, eu o substituía.
Acabei indo para o Rio de Janeiro, que já é uma outra história.
FTT: O time do Palmeiras de 1966/67 era a Academia que havia sido deixada pelo Filpo Nuñes.
TRAVAGLINI: Pude ver as duas Academias, pois em 1971 o Oswaldo Brandão estava chegando, quando fui Vice-Campeão Paulista contra o São Paulo.
FTT:
Você comentou que a partir da década de 70 foi para o futebol carioca,
que não conhecia tão bem como o paulista e passou a ser treinador do
Vasco da Gama.
TRAVAGLINI:
Comecei no Fluminense, que precisava de um treinador pra resolver
alguns problemas, porque havia uma eleição e tive um contrato de risco,
pois se a oposição vencesse, eu estaria fora. Decidimos o título de 1972
contra o Flamengo, pois tínhamos vencido a Taça Guanabara e eles foram
campeões. Fui muito bem tratado lá e aceitei o contrato de risco. As
portas se abriram pra mim, indo depois para o Vasco em 1973.
A final do campeonato Brasileiro de 1974 vencida pelo Vasco por 2x1 com Mario Travaglini de tecnico.
FTT: No Vasco você viu o surgimento do talento do Roberto Dinamite.
TRAVAGLINI:
Exatamente. No Vasco fiquei mais tempo, praticamente uns três anos,
sendo Campeão Brasileiro em 1974, indo depois para o Sport de Recife.
FTT: Uma grande final contra um time fabuloso que era o Cruzeiro.
TRAVAGLINI:
É bom ressaltarmos as dificuldades da época, com 50 clubes, dois turnos
e tinha o quadrangular com Santos, Internacional e Cruzeiro. Tínhamos
jogado dois turnos com ida e volta, chegando em primeiro. Talvez se
fosse em pontos corridos, teríamos sido campeões. No jogo anterior da
final, houve um problema com o Vasco, sendo o juiz muito criticado e o
jogo era pra ser em Minas Gerais. O regulamento dizia que qualquer
problema em campo, o mando de jogo saía invertido para o adversário,
sendo transferido no Maracanã. Até hoje se comenta sobre este título,
que o Vasco foi favorecido, algumas jogadas na partida, mas muitos se
esquecem que chegamos em primeiro lugar com 50 clubes e não 20, como é
hoje, ou seja, um campeonato muito difícil.
FTT:
Na década de 70 havia uma grande seleção na Europa, que era a Holanda
de 1974. Dizem que você teve uma influência do futebol holandês,
adaptando ao estilo dos craques do nosso país.
TRAVAGLINI: Eu
tenho que fazer uma justiça, porque quando eu já estava no Palmeiras da
primeira Academia, o treinador era o falecido Filpo Nuñes, que era
muito polêmico, mas uma pessoa maravilhosa, que Deus o tenha e
conhecedor profundo de futebol. Na Academia que foi começada por ele,
dizia duas coisas, que deveria ser dado um só toque na bola, o que faz
hoje o Barcelona, do qual não dá três toques, mas no máximo dois. Essa
questão da Holanda foi importante, pois os jogadores não tinham posição
fixa, a movimentação, tornando-se também uma Academia. Quando fui para o
Rio de Janeiro, não se falava na época de 3-5-2, 4-3-3 e 4-2-4. Eu
parti para 4-4-2, pra haver mais movimentação, pois este sistema permite
que todos os jogadores se movimentem. Após a época de Pelé, o volante
se tornou, me desculpe a expressão, um
brucutu, porque ele dava o primeiro combate e o zagueiro entrava
depois. Eu lembro do Carlos Alberto Pintinho, que trabalhei com ele
quando fui Bicampeão Carioca pelo Fluminense em 1976, tratava-se de um
volante que se movimentava dentro deste nível.
FTT:
Você falou do Carlos Alberto Pintinho, que jogou naquele timaço do
Fluminense, sendo talvez o melhor time que você dirigiu, conseguindo ser
Bicampeão Carioca em 1976.
TRAVAGLINI: Antes
eu havia sido técnico do Sport de Recife. Lá eu ganhei o título do
primeiro turno, sendo que houve um problema, porque é difícil ganhar
dois turnos. Eu pedi pra sair. Tinha até um diretor, o Roberto Massa,
que era tio do piloto Felipe Massa, querendo que eu retornasse à São
Paulo. O pessoal do Fluminense me telefonou, pedindo que eu voltasse ao
Rio de Janeiro, em vez de ir pra São Paulo. O presidente era o Francisco
Horta.
FTT: O time do Fluminense nem precisava de tantos esquemas táticos.
TRAVAGLINI:
Eu fui premiado com times como esse, Palmeiras e Vasco, pois sempre
tive grandes jogadores. O Fluminense tinha na defesa Renato, Carlos
Alberto Torres, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto. O meio era formado por
Carlos Alberto Pintinho, Paulo Cesar Caju, Rivellio e Dirceu. E na
frente nada mais que Gil e Doval. Era o 4-4-2. O time era uma máquina.
No Palmeiras jogavam Valdir, Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar
Carabina, Zequinha, Dudu, Ademir da Guia, Julinho, Servílio, Tupã e
Rinaldo. Já quando comecei, tive grandes jogadores e me adaptei fácil. O
Vasco embora não fosse tão técnico, era um time de muita garra, com
Andrada, Fidélis, Miguel (que depois foi para o Fluminense), Moisés,
Alfinete, Alcir, Lê, Zanata, Jorge Carvoeiro e tinha o Luiz Carlos como
quarto homem pelo meio. Na frente havia o Dé. Com o tempo, fui ver uma
decisão de Juniores entre Flamengo e Vasco, sendo que eu já acompanhava o
Roberto Dinamite, pois gostava de ver os jogadores mais novos. No
Flamengo jogava o Zico. Vendo o Roberto jogando, quis trazê-lo para os
Profissionais. Nessa época tinha o Tostão. Eu lancei o Dinamite ele foi
muito bem, sendo que ainda jogaria mais dois anos como Junior. Acabou se
tornando titular e foi um grande jogador. Era bem garoto (tinha 18
anos), tendo mais tempo pra jogar nas Divisões de Base. Jogador que
buscava a bola e ia pra frente, com o Tostão orientando-o muito, foi
longe demais e hoje é o presidente do Vasco da Gama.
FTT: E
o título paulista de 1982? Vocês tinham certeza que ganhariam? Vejo
entrevista do Zenon e Wladimir, falando que poderiam jogar tantas vezes
com o São Paulo e sempre ganhariam pelo o que o time vinha jogando.
TRAVAGLINI: O time estava bem armado dentro daquela filosofia que te falei. Tratava-se de um carrossel, porque era
difícil marcar o Corinthians. Ajudei a mudar a equipe, pois o time é
conhecido por sua raça, vontade e luta, mas a parte técnica tem que
prevalecer. O time se movimentava e com toque de bola. Há pouco tempo
encontrei com torcedores amigos, falando que eu era o único técnico do
Corinthians que fazia eles irem ao jogo sabendo que a equipe não iria
perder. Da mesma forma que a Academia forte do Palmeiras, o Corinthians
também acabou sendo uma academia, dentro de uma democracia, mas com
deveres e direitos.
FTT: Em
1983 você sai do Corinthians pra ser treinador do São Paulo,
coincidentemente disputando uma final contra o seu ex-clube, que foi
Bicampeão Paulista em cima de um time muito bom.
TRAVAGLINI: Saí
do Corinthians amigavelmente, sem ninguém falar mal de alguém. O São
Paulo já tinha me convidado anteriormente, quando eu estava no Rio de
Janeiro, já tinha acabado de assinar contrato com o Vasco, ou seja, um
clube que sempre quis o meu trabalho. Perdemos para o Corinthians, um
time muito bom. Fui até elogiado na época. Depois voltei para o
Palmeiras e pro Corinthians, do qual cheguei a ser supervisor em 1993.
WWW.FUTEBOLRETRO.NETMauricio Sabará e Maro Travaglini
FTT: Teve também uma passagem pelo Vitória da Bahia.
TRAVAGLINI: Ganhei o primeiro turno no Sport. Fiz também um grande trabalho no Vitória, sendo Vice-Campeão contra o Bahia.
FTT: Além da gerência do Corinthians, você também foi presidente do Sindicato dos Treinadores.
TRAVAGLINI:
Quando saí do Corinthians, eu parei um pouco. As coisas começaram a
mudar com a Lei Pelé. Fiz dois mandatos no Sindicato dos Treinadores do
Estado de São Paulo, conseguindo fazer algumas coisas, de nos
libertarmos do Conselho de Educação Física (com todo o respeito que
tenho por ele), pois achava que a lei 8650 que regulamentava a profissão
de treinador. que ele deveria ter o diploma de Educação Física, só que o
texto era bem claro, dizendo “ser treinador de futebol
preferencialmente deverá ter o diploma ou aquele que tenha trabalhado no
mínimo 6 meses no clube”. A lei era bem clara, dizendo
“preferencialmente” e não “obrigatoriamente”. O conselho batalhou muito e
conseguiu tirar essa parte deles, porque eu fui feliz, entrei com o
juiz federal, com o Conselho de Educação Física, tentando apaziguar.
Quando eu jogava, fazia parte do Sindicato dos Jogadores, batalhando pra
regulamentar, sendo inclusive diretor, conseguindo depois quando já era
treinador do Vasco, tendo uma festa em São Paulo. Fui um dos fundadores
do Sindicato dos Treinadores, batalhei a favor desta classe, dando
condições à eles de gerir uma profissão, regulamentando-a. Também fui
presidente do Centro Acadêmico Leão XIII por ser formado em Economia
pela Universidade Católica de São Paulo, do qual aprendi muito na parte
política. Todas as categorias que estive eu lutei pela classe. Estou
muito feliz, ainda assisto futebol e procuro ajudar. Essa é a minha
história.
|
REPORTAGEM: Maurício Sabará Markiewicz.
FOTOS: Estela Mendes Ribeiro.
Encontros eternizados - PIAZZA, DOUGLAS & FABINHO
O Cruzeiro fez a alguns anos atrás uma homenagem a seu grande capitão Wilson Piazza. A camisa usada na segunda partida da final da Taça Brasil de 66 contra o Santos foi relançada. Para a festa a diretoria convidou outros dois grandes volantes vitoriosos : Douglas criado no proprio clube e que alem de diversos titulos estaduais venceu o bicampeonato da Supercopa e Fabinho campeão da Copa do Brasil em 96 e da Libertadores em 97 . Tres gerações de volantes reunidas.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
O Craque disse e eu anotei - CECI
O
Ceci é um velho conhecido do meu amigo Mário Américo Netto, que tive a
oportunidade de entrevistar para o Blog. Ele que fez o intercâmbio.
Trata-se (junto com Djalma Santos) do único representante da grande
Portuguesa de Desportos da década de 50. Tivemos uma conversa natural,
em que ele se lembrava de muitos fatos da Portuguesa e dos outros clubes
que atuou, como o Villa Nova e o Cruzeiro, falando com extrema
naturalidade. Uma pessoa que guardei um carinho especial, juntamente com
as suas simpáticas filhas (Elza e Cida). Confiram a matéria.
FUTEBOL
DE TODOS OS TEMPOS: Você começou a jogar no Villa Nova da cidade de
Nova Lima, em Minas Gerais, onde nasceu. Este time, na década de 30, era
muito bom, pois tinha jogadores como Zezé Procópio, Perácio e Canhoto.
Como jogava essa equipe?
CECI:
O Zezé Procópio jogava muito, ficava jogando sozinho nos treinos para
adquirir mais domínio de bola. Já o Perácio chutava bem forte, em
qualquer posição do campo. E o Canhoto também era excelente, cabeceava
muito bem. Havia também o Prão e o Alfredo Bernardino que foi jogar no
Vasco. O meu padrinho foi o grande zagueiro Chico Preto, que veio do
América Mineiro, jogando depois no Villa Nova e Campeão Paulista pelo
Corinthians em 1941.
Villa Nova em 1943. |
FTT: Em Nova Lima você também jogou no Retiro. Qual dos dois times tinha mais torcida?
CECI:
Joguei também no Retiro. O time acabou porque não conseguia ganhar do
Villa Nova ou subir. Mas o Villa tinha mais torcida. Na época que
comecei a jogar sofri muito pressão do meu pai pra parar, porque jogador
de futebol era considerado vagabundo, diferente de hoje que os pais até
gostam quando os filhos vão jogar em um grande clube.
FTT: No Villa Nova jogou como atacante de 1941 a 1947. Quais eram os grandes adversários da época? Foi artilheiro no Villa?
CECI:
Jogava como meia-direita. Os grandes adversários eram mesmo o Atlético,
Cruzeiro e América. Joguei no estádio de Lourdes, Barro Preto e
Alameda. Marquei bastante gols pelo Villa Nova. Joguei muito contra o
Kafunga e Niginho. Eram craques de bola. Outro que gostava bastante foi o
Guará, mas não cheguei a enfrentá-lo.
CECI VAI PARA O CRUZEIRO
FTT: A
partir de 1947 você é contratado pelo Cruzeiro na mais cara transação
do futebol mineiro. Por sinal você era um jogador bem polivalente, pois
jogou como centro-médio, meia-direita e centroavante, jogando bem em
todas as funções. Qual é a sua recordação de jogadores como o Paulo
Florêncio, Guerino Isoni, Geraldo II, Abelardo (que foi entrevistado
pelo Bruno em Belo Horizonte) e Sabu?
CECI:
No Cruzeiro jogava também como meia-direita, depois o time começou a
precisar de jogadores na defesa, passei a jogar como volante e me
adaptei bem à função. O Paulo Florêncio veio do Siderúrgica, foi jogador
da Seleção Brasileira e jogava demais, como os outros que você citou.
Jogadores do Cruzeiro preparados para uma viagem nos anos 40.
FTT: E os jogos contra o Atlético?
CECI: Eram
bem disputados, mas sem as brigas que tem hoje. Eles tinham um time
muito bom, com o Murilo que foi um dos melhores zagueiros que vi jogar.
Tinha também o Lucas Miranda, Carlyle, Nívio, Zé do Monte e Lauro. Eram
todos excelentes jogadores.Ceci, Adelino e Didico no Cruzeiro. Ceci pegou tempos dificeis entre o tricampeonato de 43/44/45 até voltar a vencer em 56.
Cruzeiro final dos anos 40 - Em pé a partir da esq.Ceci, Adelino, Vicente, Oldack, Geraldo II e Duque . Agachados : Helvecio, Guerino, Nonô, Paulo Florencio e Sabu
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FTT: Você jogou na Seleção Mineira. Eram jogos difíceis contra os Paulistas e os Cariocas?
CECI: Eram bem complicados. Os gaúchos e baianos também davam muito trabalho.
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