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terça-feira, 17 de novembro de 2009

As maiores "entregadas" da história do Futebol



Argentina x Peru em 78: afinal, houve suborno?

Argentina e Brasil disputavam uma vaga na decisão do Mundial. A tabela marcou o jogo Brasil x Polônia para 16h45 (horário de Brasília). A Argentina só entraria em campo às 19h15, sabendo do resultado do adversário por um lugar na decisão. E do que precisaria fazer para avançar para a final.
A equipe treinada por Cláudio Coutinho superou os poloneses por 3 a 1 em Mendoza, com dois gols de Roberto Dinamite e um de Nelinho. Lato descontou. Com cinco gols de saldo e seis marcados na segunda fase da Copa, o Brasil chegaria à decisão mesmo que a Argentina superasse o time peruano por três gols de diferença.
Aos argentinos, era vencer por quatro gols ou se contentar em disputar o terceiro lugar. Em Rosário, com o Gigante de Arroyito lotado, os peruanos começaram bem. Na primeira grande chance do jogo, Muñante acertou a trave direita do gol de Fillol. Logo em seguida, Oblitas arrancou pela esquerda e perdeu excelente oportunidade. E colocou as mãos na cabeça, lamentando a oportunidade desperdiçada.
Mas as investidas do time visitante acabaram por aí. A Argentina foi para o intervalo vencendo por 2 a 0. Gols de Kempes e Tarantini. Metade do serviço está feito. Que não demorou muito para ser completado. Kempes ampliou logo no primeiro minuto da etapa final, e Luque fez 4 a 0 aos cinco. Houseman e Luque, novamente, completaram o surpreendente placar: 6 a 0.
O goleada eliminou o Brasil da final e gerou dúvidas eternas de que os peruanos teriam facilitado a vida da Argentina. 
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As desconfianças foram reforçadas no ano passado, trinta anos depois da partida, com a publicação do livro “Fomos campeões”, de Ricardo Gotta. O jornalista argentino garante que houve pressão e suborno dos peruanos. E destaca, nos gols argentinos, o comportamento de defensores peruanos, que não demonstraram, aparentemente, grande vontade de evitá-los.
No livro, o zagueiro Chumpitaz, capitão peruano e um dos mais experientes jogadores do time, coloca em dúvida a atuação do goleiro Quiroga, argentino de nascimento.
- Para mim, Quiroga poderia ter evitado pelo menos dois gols. Bastava ficar parado – disse o zagueiro ao escritor.
Um jogador peruano, não identificado, teria dito no vestiário logo após a derrota.
- Bando de m… Espero que ao menos eles repartam bem o dinheiro.
O livro relata contatos entre membros dos governos dos dois países. Além de uma estranha visita do presidente argentino, o general Rafael Videla, ao vestiário peruano horas antes da partida. E cita que o Peru recebeu uma doação de um grande carregamento de trigo argentino pouco depois do Mundial.
Outra suspeita é que jogadores da seleção da casa teriam atuado dopados. No documentário “Mundial 78: Verdade ou Mentira”, o peruano Velazquez assegura que o argentino Ortiz teria lhe feito a revelação do doping seis meses depois da partida. Posteriormente, Ortiz negou a afirmação.
O certo é que a Argentina chegou à decisão, na qual derrotou a Holanda por 3 a 1.
 
 

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